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Bitcoin: o que é, como comprar e como guardar de forma segura

Aqui, compilo todos os posts que iniciei semana passada sobre Bitcoin, os quais fui escrevendo conforme tinha tempo, com todas as informações reunidas em um único lugar. Adicionei alguns comentários ao fim do texto junto com o perfil de seus respectivos autores. Falo aqui sobre Bitcoin, cujo símbolo é BTC. Nas corretoras você verá também Bitcoin Cash (BCH ou BCH-X) e Bitcoin Satoshi Vision (BSV). Me refiro aqui BTC e BTC apenas.
Esse post não é um conselho de investimentos. Tem apenas finalidade informativa. Sempre pesquise bem antes de investir seu dinheiro e não acredite em opiniões e pessoas aleatórias na internet. Convido as pessoas do sub que também entendem do assunto a complementacorrigir algum equívoco.
Quando for minha opinião sendo dada, informarei de forma explícita. De resto, tudo é baseado em fatos.
1. O que é Bitcoin?
É uma rede de pagamentos/transferência de valor, como a Visa ou MasterCard, e também é uma moeda, o próprio Bitcoin. Na rede da Visa ou MC você paga com dólar ou euro ou real etc., na rede do Bitcoin você paga com Bitcoin. Foi criada em 2008 por Satoshi Nakamoto, que ninguém sabe se é uma pessoa só ou um grupo de pessoas, pois logo sumiu do mapa.
2. Qual o objetivo do Bitcoin?
Criar um sistema de pagamentos descentralizado que permita que as pessoas troquem valopoder de compra diretamente entre si, sem a necessidade de um intermediário (bancos etc.). Além disso, foi pensada com a ideia de guardar poder de compra ao longo do tempo pois, diferentemente das moedas fiduciárias (dólar, euro, real etc.), o Bitcoin é deflacionário. Só existem 21 milhões (atualmente, \~18,6 milhões em circulação - ver mais abaixo no item 5 pra saber como BTC entra em circulação). Algumas pessoas se referem a BTC como "ouro digital", pois é um recurso escasso por "natureza".
3. Posso adquirir frações de uma Bitcoin?
Sim. Você pode adquirir até 0,00000001 de uma Bitcoin. Algumas corretoras, no entanto, pedem aporte mínimo de ~100 reais.
4. Preciso declarar Bitcoins no Brasil?
Sim. A resolução normativa 1888, da RFB, discorre sobre declaração de Bitcoin e outros criptoativos.
5. Qual a diferença entre a rede de pagamentos do Bitcoin e a da Visa ou MasterCard, por exemplo?
A rede do BTC é descentralizada, significando que não existe uma entidade que controle tudo. Essa rede é gerida por um software que você roda no computador e ajuda a validar as transações. Existem aproximadamente (no dia de hoje) 11.000 validadores de transações. Além disso, as transferências são feitas de pessoa para pessoa diretamente, sem a necessidade de um intermediário, como um banco.
6. Como funciona o Bitcoin?
Você instala o software ou aplicativo de celular e cria sua carteira, que é como se fosse seu "número de conta" na rede Bitcoin, que é chamada de blockchain. Você pode criar tantas carteiras quanto quiser. Uma pessoa que também tenha uma carteira pode então te enviar Bitcoins no seu endereço. Quando ela envia pra você esse valor, a transação passa pelos validadores de transações (computadores rodando o software) e, depois de certo tempo (de 30 s a 10 min geralmente), o saldo aparece na sua carteira.
7. Se a rede é descentralizada, o que os validadores de transação ganham com isso?
Para cada transação, uma pequena taxa (geralmente menos de 0,1% do valor total, mas depende do quão "congestionada" a rede esteja) é cobrada pelo próprio algoritmo do Bitcoin. Essa taxa vai para os validadores, na forma de Bitcoin na carteira deles. Além disso, um novo pacote de transações é validado a cada 10 minutos. Esse pacote, chamado de bloco (daí o nome blockchain), contém todas as transações realizadas nos últimos 10 minutos. O algoritmo pede então para cada validador tentar resolver um problema matemático. Quem resolver primeiro (quem tiver um computador mais rápido), além das taxas de transações, ganha uma recompensa do algoritmo e adiciona esse bloco na rede. Começou com 50 Bitcoins (isso mesmo) e atualmente essa recompensa é de 6,25 Bitcoins, diminuindo pela metade a cada 4 anos. É assim, com essa recompensa, que "novas" BTC são postas em circulação. No ritmo atual, as 21 milhões estarão em circulação no ano de 2140.
8. Como adquirir Bitcoins?
Hoje em dia, só se adquire se alguém transferir para você ou comprando em corretoras de criptomoedas. Você compra da mesma forma que estivesse comprando dólar ou euro.
9. De onde vem o valor do Bitcoin? (minha opinião)
Especulação e eu não posso ser mais claro quanto a isso. Você quer dizer que é ruim? Não, quero dizer que é especulação. Acredito que BTC é um ativo extremamente especulativo mas que, a longo prazo, tem se mostrado um investimento que dá retornos consideráveis, de acordo com os dados.
Perceba que coloquei o gráfico com o histórico de preços. Nesse aspecto, minha opinião é irrelevante, sua opinião também é irrelevante. Esse histórico de preços é um fato e nada do que achemos, se é especulação ou não, vai mudá-lo.
A rede descentralizada e as transações p2p possuem um valor imenso, mas a ideia de BTC como moeda de troca, que é a ideia original, teria mais validade e utilidade se não precisássemos converter para USD ou BRL ou EUR, o que não é o caso. Enquanto nossas contas forem pagas em fiat, precisaremos converter BTC para fiat caso queiramos usá-lo para pagamentos.
10. O preço vai subir ou cair?
Ninguém sabe, mas há algumas previsões. É importante, mais uma vez, lembrar do caráter especulativo do preço. Quem investe hoje confia e tem, até certo ponto, esperança de que o preço vai subir.
Acabamos de atingir uma alta histórica. No último mês, o retorno BTC/BRL foi de ~43% (sim, quarenta e três por cento). Nos últimos três meses, 122%. No último ano, 350% (trezentos e cinquenta por cento). Mais uma vez, minha opinião aqui é irrelevante. São dados e fatos, e nada do que eu ache, se é especulação ou não, vai mudar isso.
Então é um jogo de sempre ganhar? Obviamente, não. Quem comprou em janeiro de 2018, na última alta histórica, perdeu até 80% do investimento inicial caso tenha vendido em antes de novembro de 2020. Há vários casos de pessoas que perderam todas as suas economias nesses crashs. Imagine você perdendo todas as suas economias e investimentos. Não seria legal. Como todo investimento, BTC requer muito cuidado.
11. BTC pode ser utilizada para evasão de divisas, lavagem e outras infrações da lei? (minha opinião)
Sim, obviamente.
"Se não existisse o Bitcoin, seria mais difícil evadir divisas" é uma sentença corriqueira. Quando as pessoas vêm com o argumento de que BTC é apenas utilizada para práticas ilícitas, no entanto, eu costumo perguntar como tais práticas eram realizadas antes do BTC surgir. Bitcoin não criou a lavagem de dinheiro nem a evasão de divisas, tampouco foi criada com esse propósito. O problema não é a tecnologia, é o criminoso.
Se temos que culpar BTC por "facilitar a evasão de divisas", deveríamos também culpar o provedor de internet, por providenciar o pacote de dados utilizado para que o infrator cometesse o delito? Deveríamos, também, culpar a Microsoft por ter criado o Windows instalado no computador utilizado para cometer o crime, assim facilitando a prática? Pegue a sentença inicial e substitua a palavra "Bitcoin" por "Internet": "Se não existisse internet, seria mais difícil evadir divisas".
Repito: o problema não é a tecnologia, é o criminoso.
12. A demanda por BTC tem aumentado?
Sim. PayPal agora permite aos usuários fazerem transações com Bitcoin, por exemplo. Outros fundos, como a MicroStrategy e GrayScale investiram bilhões de dólares em Bitcoin esse ano. Atualmente, Bitcoin tem sido comprada em um ritmo 3x maior do que novas Bitcoins tem sido "criadas" (veja meu post anterior sobre "criação" de Bitcoins).
13. Onde comprar no Brasil?
A forma mais prática é por corretoras. Você baixa o app da corretora e em segundos está com sua conta ativa. Os limites de compra, venda e saque dependem de cada corretora, e para cada operação há geralmente uma taxa. Corretoras brasileiras que estão no mercado são a Mercado Bitcoin, a FoxBit e a NovaDAX.
Essas corretoras que mencionei são as mais confiáveis. A Mercado Bitcoin está no mercado desde 2012. Veja no Reclame Aqui cada uma delas e escolha uma que seja melhor pra você.
Também é possível comprar de outras corretoras que não operam com sede no Brasil, como a Binance. No entanto, por não ter sede no Brasil, caso haja algum problema, como hackeamento da sua conta ou perda de fundos, você não está amparado legalmente para "lutar contra" a corretora, já que ela está em outro país e, portanto, fora da jurisdição brasileira. Assim, se for negociar, recomendo usar exchanges no Brasil.
Há algumas plataformas p2p (comprar direto de pessoa pra pessoa, que é a ideia original do BTC), mas eu as desconheço e nunca utilizei-as, por isso não vou listar aqui.
14. Como guardar meus fundos?
Há três formas, basicamente:
a. Deixando na corretora
A corretora cria uma carteira para você. É mais prático e, até certo ponto, pode ser seguro, mas daí a corretora funciona como seu banco e isso vai de encontro à ideia original do Satoshi, que é você ser seu próprio banco. Deixando seus ativos na corretora você não é o dono deles, você apenas tem acesso. É da mesma forma que deixar dinheiro no banco: você tem acesso e pode ser considerado dono de facto, mas a posse está com o banco. Assim, é o banco que decide como, se e quando os fundos podem ser movidos ou utilizados, podendo inclusive bloquear seu acesso em qualquer momento e por qualquer razão que o banco, e não você, ache plausível. Há casos de pessoas que tentaram acessar seus fundos em corretoras e não conseguem ou são bloqueadas da plataforma, especialmente quando o preço tem movimentos drásticos.
b. Criando sua própria carteira online (ou hot wallet, no linguajar da comunidade)
Você baixa um aplicativo no celular ou computador e cria sua própria carteira. O site Bitcoin.org indica quais as melhores e mais confiáveis carteiras. O processo é simples, não se engane: você baixa, configura e em poucos minutos já tem seu número de carteira e pode receber valores em Bitcoin. Nesse cenário, você compra da corretora e depois transfere para essa carteira que você gerou. A desvantagem é que, como a carteira está no seu smartphone ou computador (e, portanto, online), pode haver algum ataque hacker para roubar seus fundos, mas isso depende do quão seguro vocês esteja.
c. Guardando num pendrive específico, chamado de hardware wallet (ou cold wallet), e deixando os fundos offline
Nessa modalidade, você compra o pendrive, cria sua conta com o assistente de instalação e transfere os fundos da corretora para a conta criada. A vantagem é que os fundos estarão offline, portanto mais seguros.É a opção mais segura e indicada para quem tem um grande investimento. Aqui, mais do que qualquer outra opção, você realmente se torna seu banco. A "desvantagem" é que a responsabilidade é maior e é um processo um pouco mais trabalhoso do que os itens a. e b.
Os pendrives mais usados são os da Trezor, Ledger e ColdCard. A Trezor e a ColdCard possuem código aberto, enquanto que a Ledger possui código fechado. Todas são igualmente seguras, mas, se tivesse de escolher, ficaria com a ColdCard, apesar de ser a mais difícil de utilizar. A Ledger ainda vem com um aplicativo de celular que você usa para verificar o preço dos ativos em tempo real e contém o histórico de todas as transações.
A Ledger recentemente foi alvo de um ataque hacker que liberou dados pessoais da sua base de clientes (pessoas que compraram sua hardware wallet), como nome, endereço, telefone e afins. Apesar de ser gravíssimo, isso não afetou e nem afeta a segurança dos fundos guardados na sua Ledger.
15. Como segurar meus fundos?
a. Se deixar na corretora (o que eu não recomendo), ative a autenticação de dois fatores (2FA), palavra-passe e todo e qualquer sistema de proteção que a corretora oferece. Ative a 2FA também no email utilizado para criar a conta na corretora e escolha uma senha que você não usa em nenhum outro lugar. Desconfie de emails recebidos sem sua solicitação. É frequente receber emails como "sua conta na corretora X foi hackeada" ou "seus fundos foram bloqueados", e o email realmente parece ser da corretora. Nenhuma corretora nunca vai pedir sua senha nem nada do tipo. Isso é extremamente importante. Após escolher sua corretora, verifique a política de segurança e privacidade deles e tenha bastante cautela.O problema de deixar na corretora é que, se ela for hackeada (a corretora em si, e não sua conta em específico), não tem muito o que você possa fazer. O caso mais famoso é o da Mt. Gox, que perdeu 740.000 (setecentos e quarenta mil) Bitcoins em 2012-2013 e até hoje seus clientes lutam para tentar recuperar parte dos fundos.
b. Se criar uma hot wallet, você receberá, no momento da criação da conta, 24 palavras-chave. Essas palavras devem ser guardadas como se fossem seu bem mais precioso, 100% offline. Não tire foto com celular, não guarde em email, não guarde em bloco de notas ou arquivo de texto, enfim, 100% offline. Escreva num papel e não tire foto, não mande áudio, nada, absolutamente nada, em forma digital. Essas 24 palavras fazem parte de um conjunto de 2048 palavras utilizadas no algoritmo de criptografia que todas as carteiras utilizam, sejam elas cold ou hot, e, portanto, possuem todas as chaves de acesso aos seus fundos. Quem tem essas palavras, tem acesso a seus fundos e pode fazer o que quiser.
Estamos claros com relação às 24 palavras? Bom. Além delas, você poderá criar um PIN, que é uma senha numérica de 4-8 dígitos para ter acesso ao aplicativo, como se fosse a senha que você usa no seu banco. É o seu PIN que você vai usar quando quiser fazer transações e ter acesso imediato a seus fundos.
Perdi meu celular, e agora? Perdi acesso aos meus fundos?
Não. Você instala o app da carteira em outro celular e/ou computador e usa as 24 palavras para restaurar sua conta. Elas só devem ser utilizadas nesse cenário de recuperação e só devem ser entradas no aplicativo diretamente. Percebeu como essas palavras são importantes? Cuide bem delas.
Você pode receber emails solicitando essas palavras e afins, mas apenas ignore-os. É incrível a quantidade de gente que cai nesse tipo de golpe. Sério.
c. Se for usar uma cold wallet/pendrive, o processo é o mesmo que no item b. Você receberá as 24 palavras, as quais só devem ser entradas diretamente no pendrive em um cenário de recuperação de conta, e escolherá um PIN. No pendrive, todas as suas chaves estão offline, então qualquer transação que você queira realizar necessita que você conecte o pendrive no computador ou celular, abra o app da carteira (que vem com o pendrive) e aprove as transações direto no pendrive (que vem com um visotela e alguns botões). É a opção mais trabalhosa, mas é a mais segura. Obviamente, nunca deixe as 24 palavras escritas junto com seu pendrive.
Com o hack da Ledger, várias pessoas que compraram um pendrive desses têm recebido emails de golpes, dizendo que os fundos estão comprometidos e solicitando para entrar as 24 palavras em um link contido no email, e têm caído nesse golpe (só pesquisar no Google).
Eu não posso ser mais categórico quanto a essas 24 palavras: não guarde-as em formato digital e não entre-as em nenhum outro lugar que não o device/aplicativo original, apenas num cenário de recuperação de contas.
16. Conclusão
BTC é o ativo que mais deu retorno dem 2020. Coincidentemente, também é o ativo que mais deu retorno ao longo da história humana. Comprar Bitcoins é fácil no Brasil, por meio de corretoras, e você tem várias opções sobre como guardar e proteger seus fundos. Existem várias outras criptomoedas, mas BTC foi a primeira e é a que detém mais de 70% da capitalização de mercado de todas as cripto existentes (no momento em que escrevo). O market cap é de mais de 500 bilhões de dólares e já superou Visa e JPMorgan.
A curto prazo, é um ativo volátil. A longo prazo, tem mostrado um retorno que nenhum outro ativo, incluindo ouro, proporcionou. Grandes instituições estão comprando a um ritmo desenfreado, e algumas previsões indicam que, no futuro, pode chegar a mais de 100k USD por Bitcoin (ver item 10).
Como todo investimento, só invista o que você pode perder. As pessoas que fazem trade geralmente saem perdendo. BTC é um ativo que é para ser adquirido e mantido por 5-10 anos. Por fim, esta série foi introdutória. Vou ficar postando notícias relevantes sobre BTC e afins já que agora estou no sub, e estou à disposição para dúvidas e afins.
Um abraço a todos e um Feliz Ano Novo adiantado!
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Comentários interessantes dos posts anteriores:
FallRB: "Eu discordo do primeiro ponto apesar de realmente ser opinião de cada um, eu não vejo diferença de onde vem o valor do bitcoin ou qualquer outra moeda ou metais preciosos como ouro. Vem da confiança: confiança que o sistema do bitcoin vai continuar funcionando e vai ser aceito no futuro pra que seja possível usar o bitcoin comprado hoje.
Muito semelhante ao ouro por ser descentralizado mas divergindo nas formas de uso e aceitação, e assim no que é preciso ter confiança pra agregar o valor. Já as moedas centrais que são emitidas em cada país requerem confiança no governo que as emitem.
Eu acho estranho chamar bitcoin de ativo especulativo e não todas as moedas usadas no mundo. Vc "especula" com bitcoin da mesma forma que vc especula com todos os reais que possui, acreditando que vão poder ser aceitos no futuro e não vão perder seu valor por completo"
guitcastro: "Pessoal perde a parte mais importante da bitcoin, é uma moeda que não é controlada por governo ou ninguém. Não é possível imprimir dinheiro. Imagina uma moeda sem inflação? Venezuela e Argentina aumentaram consideravelmente o uso de bitcoin diante do cenário econômico lá. Não vai demorar muito para o mesmo acontecer no Brasil..."
arretadodapeste: "Também não dá pra mandar email pro [[email protected]](mailto:[email protected]) quando hackeiam sua conta e levam todo seu dinheiro. Descentralização envolve riscos enormes também, não é apenas vantagem. Além disso, não ter um agente de controle significa que o uso irregular também não é controlado. A quantidade de baleias manipulando o mercado (vide tether) é muito maior que qualquer bolsa de valores."
alexa_ivy: "Acho legal ressaltar que, para coisas mais técnicas de criptomoedas no geral, a Binance tem a plataforma da Binance Academy, tem vários conteúdos desde o básico até o avançado. Quem sabe inglês tem mais conteúdo ainda. Lá tem de tudo, desde segurança até coisas de análise técnica de gráficos. Acho bem legal pra quem quer começar. Na Binance Research tem tipo uma ficha de cada cripto listado na plataforma, pra você saber mais dos projetos de forma um pouco menos técnica e sem ler os white papers"
Cuetzalcoatl: "Uma dica para quem ainda não tem dinheiro para investir em uma hardware wallet, mas quer a segurança de uma cold wallet, é criar uma paper wallet. Eu usei por muitos anos, mas a operação exige cuidados:
Separe um computador que não se conectará na internet. Pode ser um computador antigo, usado, comprado na OLX e formatado, ou qualquer computador desktop que você tinha na infância e não usa mais. (É POSSÍVEL USAR MEU PRINCIPAL? É. Mas não é tão seguro. Basta fazer as operações em modo avião e ter certeza que o computador está limpo)
1 - Baixe (sim, FAÇA O DOWNLOAD DA PÁGINA) https://www.bitaddress.org/
2 - tenha certeza que o computador está desconectado da internet e, de preferência, não se conectará mais a internet.
3 - gere as carteiras conforme indicações no próprio user interface. Se quiser adicionar uma senha (BIP39) melhor ainda. Essa opção está na aba “paper wallet” depois que você atingir entropia criptográfica - mexendo o mouse ou digitando aleatoriamente na caixa.
4 - imprima as carteiras usando uma impressora própria ou da família que você confia que ninguém terá acesso (paranoia, mas melhor que se descuidar)
5 - NUNCA guarde cópias PDF ou digitais. Apenas os papéis. tenha cuidado. Plastifique. Guarde-os em locais secos e seguros. Trate-os como trataria um valor substancial em dinheiro que guardarias em casa.
6 - para enviar bitcoins, basta usar o endereço ou o QR code público. Nunca mostre o QR code secreto para ninguém e não o movimente perto de câmeras (eu costumava numerar cada papel em ambos os lados e cortar ao meio, deixando a carteira pública em minha carteira de bolso, e a secreta em um cofre)
7 - para retirar bitcoins, o modo mais fácil (mas menos seguro do ponto de vista de uma pessoa paranoica) é usar um aplicativo que lê carteiras em QR code e permite “ler” chaves secretas/privadas. Eu costumava usar o app da Blockchain mesmo. Existe uma técnica avançada que eu usava uns anos atrás de assinar minha transação off-line e apenas transmitir o hash de transação, mas essa é uma solução avançada e requer mais estudo técnico. Posso ajudar se alguém quiser aprender.
8 - seje feliz"
submitted by reddito321 to investimentos [link] [comments]

Minha experiência com a Tradestation Global (corretora parceira da Interactive Brokers)

Introdução

Fala pessoal!
Inspirado no post do gonus_ sobre as diversas opções de corretora para investir no exterior resolvi relatar minha experiência com a Tradestation Global (TSG), que não foi mencionada.
Como vários já sabem, a melhor opção de ETFs para brasileiros são os de acumulação domiciliados na Irlanda (esse não é o objetivo do post, se alguém quiser entender melhor recomendo este vídeo do Otávio Paranhos). Entretanto, a maioria das corretoras no exterior operam apenas no mercado americano (e portanto só permitem investir em ETFs domiciliados nos EUA).
A exceção é a Interactive Brokers (IBKR), que opera globalmente. O problema é que ela cobra uma taxa mensal de manutenção de $10 (dez dólares) de usuários que tenham menos de $100k (cem mil dólares) investidos.
Incomodado com isso comecei a buscar uma outra alternativa de corretora e acabei encontrando aqui no sub, num comentário perdido em um post aleatório que nunca mais achei, uma menção à Tradestation Global.
Pesquisando melhor ela me pareceu a opção perfeita para investimentos de menos de $100k em ETFs irlandeses.
É uma corretora parceira da própria Interactive Brokers - na realidade é aberta uma conta em seu nome na Interactive Brokers UK (IBUK) - e todas negociações podem ser feitas pelas plataformas da própria IBKIBUK (Traderworkstation - TWS, IBKR Mobile). A cláusula 1.1 do contrato com a TSG explicita que eles são apenas uma "introdução" à plataforma da IBUK, que é quem abre a conta e faz todas as operações.
 

Comparação com a Interactive Brokers

O maior atrativo da TSG é que não há taxa mensal de manutenção de $10 como na IBKR. Assim, fica mais viável investir valores menores em ETFs irlandeses.
No entanto, ela tem algumas desvantagens:
 
 
Não sei se o Stock Yield Enhancement Program (aluguel de ações) está disponível. Suponho que sim, mas assim como na IBKR seria necessário possuir mais de $50k investidos.
As taxas mais altas não me parecem um problema para quem, como eu, vai seguir uma estratégia de pouquíssimas compras mensais para buy & hold de ETFs. Para quem pretende fazer day ou swing trade, por outro lado, pode inviabilizar a operação.
A ausência de compras fracionadas não me pareceu um grande problema para compra de ETFs, pois ao menos os que me interessaram no momento (EIMI e SWRD) têm um preço por ação inferior 40 USD. Além disso, pelo que sei vários ETFs tentam manter o preço por ação acessível através de splits.
Já o depósito inicial mínimo pode ser um tanto salgado, mas acredito ser possível para quem está realocando investimentos que possui aqui no Brasil (Poupança, CDB, Tesouro Direto, etc.) ou pode passar alguns meses guardando para acumular esse valor.
 
*Para os menores volumes no plano tiered da IBKR é cobrada, para ativos no mercado americano, corretagem de USD 0.0035 por ação, com um mínimo de USD 0.35 e máximo de 1% do valor da operação. Para ativos nos mercados europeus é cobrado 0.050% do valor da operação, com um mín. de USD 1.70 e máx. de USD 39.00 para ativos denominados em USD e mín. de EUR 1.25 e máx. de EUR 29.00 para ativos denominados em EUR.
Na TSG a taxa no mercado americano é de USD 0.007 por ação com mínimo de USD 1.5 e nos mercados europeus é de 0.12% sobre o valor da operação, com um mínimo de EUR 1.75 ou USD 2.50.
 

Abertura da conta

Para quem já tem conta na Interactive Brokers, em tese é possível conectá-la à TSG - quase que uma alteração do plano de tarifas. Entretanto, já vi gente que não conseguiu fazer por sua conta estar registrada na Interactive Brokers US, enquanto os clientes TSG têm a conta aberta na Interactive Brokers UK.
Para quem ainda não tem conta na Interactive Brokers, os requisitos para abertura da conta são bem explicados no FAQ, portanto vou acrescentar minha experiência pessoal.
Comecei o cadastro pelo site da TSG**, mas logo após a primeira etapa o procedimento é redirecionado para o site da IBUK. Assim, a partir desse momento dá para seguir os vários vídeos que tem por aí explicando como abrir uma conta na Interactive Brokers, pois o procedimento é praticamente o mesmo.
Uma dica é não se assustar se o site travar no meio do cadastro: aconteceu comigo e, depois de já ter criado login e senha, foi só retornar ao site da IBUK, fazer o login, e retomar de onde tinha parado.
Uma meia hora depois de ter terminado o cadastro recebi uma ligação de um alemão falando inglês que se identificou como funcionário da TSG e perguntou se eu tinha alguma dúvida sobre o procedimento e confirmou que produtos eu pretendia comprar. Respondi que pretendia investir nos "Irish domiciled ETFs" e que não tinha nenhuma dúvida. Não precisei de nenhum suporte, mas essa ligação me deixou uma impressão de disponibilidade caso necessitasse de ajuda.
Não lembro exatamente em que parte do procedimento de abertura fiz isso, mas em algum momento eles pedem que você instale o app IBKR Mobile no celular para fazer a autenticação em dois fatores (Two-Factor Authentication - 2FA). É relativamente simples e você recebe um SMS e depois cadastra um PIN no appdo celular. Depois disso, ao tentar logar no site ele envia uma notificação no app para você logar com a digital. Às vezes a confirmação com digital não funciona e então é mais chato o procedimento: (i) clicar no site em "Click here if you did not receive the message."; (ii) informar no app o PIN e a sequência numérica "Challenge" que aparece no site; e (iii) informar no site a sequência numérica "Response" gerada pelo app.
Depois disso, ao logar no site da IBUK eles informam que para continuar a abertura da conta é preciso enviar a documentação necessária e fazer a remessa do depósito inicial de $1.000.
 
**Há um campo "Offer Code" (indicação/código de desconto). Eu acabei encontrando num vídeo de um youtuber europeu o código 5077, que dá 10% de desconto nas taxas de corretagem por 3 meses (não é muito, mas melhor que nada kkkkk).
 

Documentação necessária

A documentação é enviada a um e-mail informado no site ([email protected] quando abri a minha conta).
O FAQ esclarece quanto aos vários tipos de documentos que eles aceitam.
Eu acabei enviando meu passaporte, CNH e comprovante de residência.
Acredito que o passaporte não teria sido necessário, mas como tinha em mãos resolvi enviar. É essencial que ao menos um dos documentos de identificação contenha o seu CPF (é o "Tax ID Number" que a TSG pede) - se nenhum tiver, acho que devem aceitar o comprovante oficial emitido no site da Receita.
Quanto ao comprovante de residência eles são bem tranquilos: segundo o FAQ aceitam utility bills (contas de água, luz, etc. recentes), deed ou outra prova de propriedade (matrícula de imóvel p. ex.), fatura de cartão de crédito vinculado a banco, etc. Eu acabei enviando a fatura do meu cartão de crédito do Itaú e aceitaram sem problemas.
 

Remessa do depósito mínimo inicial

No mesmo dia em que enviei os documentos já fiz o meu depósito inicial. Não sei se o depósito é um pré-requisito para que cheguem a analisar a documentação ou se seria possível enviar os documentos e fazer o depósito apenas após ter a confirmação de que está tudo ok. De qualquer jeito, no site informam que, caso por algum motivo não seja possível abrir a conta, eles devolvem o dinheiro remetido.
O procedimento de depósito é todo feito pelo site da IBUK, portanto dá para seguir os vários vídeos que explicam o procedimento de remessa para conta na Interactive Brokers.
De qualquer jeito vou tentar resumir aqui.
Primeiro, é preciso avisar no site da IBUK que você irá fazer uma depósito (menu "Deposit" ou "Fund your account"). Depois de selecionar "Wire/SEPA", é necessário informar o valor depósito e o banco remetente (eu coloquei "Remessa Online" e deu tudo certo).
Com o aviso de depósito, a IBUK informa os dados para remessa (titular, conta bancária, endereço, códigos, etc.), sendo que um dos mais importantes é o seu número de usuário (campo "Payment Reference/For Further Credit to" - por exemplo "U1234567 / Joãozinho da Silva"), que serve para indicar à corretora quem é o favorecido pelo depósito.
A partir daí é só fazer a remessa para a conta informada (lembrando de colocar o "Payment Reference/For Further Credit to" conforme informado pela IBUK) através do serviço de câmbio que preferir.
Eu acabei usando a Remessa Online, que no geral tem as menores taxas***. O único alerta que faço é para não selecionar como corretora a Interactive Brokers que já está cadastrada por padrão no site da Remessa Online. Os dados bancários dessa opção padrão são os da Interactive Brokers americana (IBKR), enquanto clientes que chegam pela TSG, até onde sei, têm sua conta aberta na Interactive Brokers UK (IBUK), que possui dados bancários diferentes. Sempre confira e use os dados bancários informados no site da IBUK quando você criar o aviso de depósito. EDIT: Um amigo abriu conta pela TSG e os dados para depósito foram os da conta americana da IBKR. No fim, acho que a conta para depósito vai depender da base currency/moeda de depósito. Eu fiz em EUR por algumas questões pessoais específicas e minha conta para depósito foi a europeia da IBUK, mas acredito que a maioria fará em USD e, portanto, vai ser orientado a transferir para a conta bancária americana da IBKR.
Feito o aviso de depósito no site da IBUK e programada a remessa no Remessa Online, é só fazer o TED no valor informado para a conta do banco parceiro da Remessa Online que em um dia útil a IBUK deve receber a remessa e confirmar o depósito.
 
*** Como era minha primeira remessa usei um código de um amigo que me deu 50% de desconto na taxa cobrada. O meu código para quem quiser esses 50% de desconto na primeira remessa é JG1012 (a cada uso eu ganho 5% de desconto na taxa cobrada por um ano, limitado a 50%) - se informar código for contra as regras do sub peço desculpas aos mods e posso editar sem problemas 😜
 

Tempo entre início do cadastro e primeiras operações

Iniciei meu cadastro numa terça-feira e na quinta-feira já comprei meus primeiros ETFs irlandeses.
Comecei meu cadastro no site da TSG ao meio-dia de uma terça-feira. No mesmo dia de tarde já havia finalizado essa parte, recebido a ligação, enviado os documentos, programado o depósito e feito o TED para a Remessa Online.
Assim, no dia seguinte (quarta-feira) antes do meio-dia a IBUK confirmou a abertura da minha conta. Com isso recebi um e-mail da Tradestation me passando um login e senha deles (diferentes do login e senha cadastrados no site da IBUK), mas não usei esses dados para nada - acredito que serviriam para usar o homebroker da Tradestation, que também é disponibilizado aos clientes TSG/IBUK.
Ainda na quarta tomei um susto pois não estava conseguindo usar meu login e senha (cadastrados no site da IBUK) para acessar o homebrokers deles (Traderworkstation - TWS) ou as funções de negociação no IBKR Mobile. No entanto, encontrei numa página de suporte (não lembro agora o link) a informação de que, após a confirmação da abertura de uma nova conta, esta só é habilitada para negociação no dia seguinte.
Com um pouco de paciência, aguardei até o dia seguinte (quinta-feira) e então pude fazer o login no IBKR Mobile (nem cheguei a testar o TWS, mas creio que também funcionaria) e operar sem problemas.
 

Homebroker

Não vou entrar em detalhes sobre as alternativas para operar, apenas mencionar que estão disponíveis todas plataformas da IBKR: Traderworkstation (TWS), IBKR Mobile e WebTrader (Legacy).
Também é possível usar a TradeStation Global Platform, mas não cheguei a testá-la.
Como uso pouco e apenas para comprar ETFs, não senti necessidade de usar qualquer plataforma além do IBKR Mobile, que funcionou perfeitamente.
 

Saques

Ainda não realizei nenhum saque, então não tenho como comentar sobre o procedimento.
Quanto a taxas para saques, ao que me parece é aplicada a tabela da IBUK: um saque gratuito por mês e os saques subsequentes (Wire) são sujeitos a taxa de 10 USD ou 8 EUR.
 
 
Bom pessoal acho que não esqueci de nada e foi essa minha experiência. Se tiverem mais alguma dúvida vou fazer o possível para esclarecer.
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ETFs aqui ou fora? Alguns dados e conclusões

Ano novo, investimentos novos.

Mas onde? Eu venho me fazendo essa pergunta há algumas semanas, e hoje decidi pensar um pouco mais sobre onde domiciliar parte dos meus fundos.
Um pouco de background: eu moro no Brasil e recebo em reais. Sou também cidadão português e tenho conta de banco na Europa, mas pago impostos somente no Brasil e não tenho planos de me mudar para Europa. Desde 2016 venho investindo em tesouro direto, PIBB11 e IVVB11 (ETFs que seguem a Bovespa e o S&P 500 respectivamente) através da Vérios. Eu inclusive acho que a Vérios tem um ótimo serviço que eu sempre recomendo para quem quer começar a investir. Porém mais recentemente eu comecei controlar meu patrimônio de forma um pouco mais ativa.
Por razões que não vêm ao caso, eu decidi abrir uma conta na TD Ameritrade e investir diretamente no mercado americano. Segui o ótimo post do u/VicPietro e abri minha conta sem nenhum problema.

Nada é mais certo neste mundo

Um dos ativos que eu decidi comprar nos EUA foi SPY, o maior ETF do mundo, que segue o S&P 500. O SPY é um ótimo ETF que segue fielmente o índice S&P 500 com custo bem baixo. Porém, uma das desvantagens de investir em ativos que geram dividendos diretamente nos EUA é o withholding tax. O withholding tax é um imposto que é cobrado de investidores estrangeiros que recebem dividendos de empresas americanas.
Para nós, meros mortais brasileiro(a)s, é uma graninha: 30% do dividendo. Apesar do dividendo ser um valor bem pequeno em relação à quanto dinheiro é investido, com o tempo isso tem um grande efeito. Olhem esta figura com comparações entre S&P 500 (preto) e S&P 500 Total Return (cinza). Em 10 anos o S&P 500 teve um rendimento de ~180%. Esse rendimento exclui dividendos, já que considera somente o preço do ativo. Se você reinvestir dividendos automaticamente (e.g. programa DRIP), o seu rendimento seria de ~246%. Ou seja, quanto mais você taxa o dividendo, mais longe você fica desses 246%. Fazendo uma conta porca, o retorno do ativo foi ~5.8% ao ano. O retorno do ativo + dividendo foi ~9% ao ano. Fazendo uma ponderação do dividendo com juros compostos, um imposto de 30% daria algo próximo de um retorno de 220%.
De novo: em 10 anos "imposto" de 100% nos dividendos: 180%. Imposto de 30% nos dividendos: 220%. Imposto de 0% nos dividendos: 246%. Mas e se existisse alguma magia negra para diminuir esse imposto de 30% para 15% somente? Nesse caso o retorno seria de 234% em 10 anos.

Acordo aqui, acordo acolá

Essa magia negra existe, e se chama: fundos domiciliados em países com acordo fiscal com os EUA. Hã? Quando um fundo compra ativos americanos, o tipo de imposto que o próprio fundo paga depende de onde ele é domiciliado. Para empresas americanas e fundos americanos, a taxa é de 0%. Existem países, notavelmente a Irlanda, cuja taxa é 15%. Até aqui fundos na irlanda estão perdendo. Mas agora vem a magia: o país onde o fundo está domiciliado também cobra um imposto. Nos EUA esse imposto é de 30% para não-residentes (non-resident alien, NRA). Já a Irlanda não cobra esse imposto nem para residentes nem para não residentes. O efeito final é que para um NRA o imposto sobre dividendos nos EUA é de 30%, e na Irlanda, 15%. Esse fato tem feito a Irlanda a capital dos ETFs na Europa. Ou seja, para um não-residente, a Irlanda é um ótimo lugar para se investir em ETFs.
Voltemos ao gráfico. Logo abaixo do S&P 500 Total Return (SPTR, linha cinza) tem uma linha roxa, representando o Invesco S&P 500 UCITS ETF Acc (ticker SPXS na London Stock Exchange, cotado em USD). É um ETF que acumula os dividendos da S&P 500. Ele não chega no SPTR, mas chega quase, com uma rentabilidade de ~232%. É quase a minha conta porca de 234%, um pouco menos pois eu utilizei juros compostos contínuos, sendo que deveria ter sido mensal ou trimestral (frequência da distribuição dos dividendos). Repetindo: em 10 anos você estaria deixando na mesa uns 10-15% de rentabilidade investindo de forma não eficiente do ponto de vista de dividendos.
E o Brasil? Bom, o Brasil não tem nenhum acordo fiscal desse tipo com os EUA. Assim, o nosso bom e (não tão) velho IVVB11 também sofre com o tio Sam comedor de dividendos.

Opções mundo afora

Vamos olhar outro gráfico. Nesse gráfico eu botei alguns ETFs acumuladores (por tamanho):
Qual o melhor? É difícil fazer comparações pois os sites de ETFs não têm muita informação sobre o IVVB11. O melhor que achei até agora foi o do TrackInsight. Porém, acho que o IVVB11 tem a pior performance. Perdeu uns 5% em 5 anos comparado ao mais rentável, o que é consistente com a análise acima (~10% em 10 anos). Além disso, tem a menor capitalização e volume (que aumenta o spread) e tem a maior taxa de todos 0,23%! Então eu pessoalmente acho difícil considerar ele como uma boa opção.
O gráfico também mostra que a melhor rentabilidade veio respectivamente dos fundos da Xtrackers e Invesco. Mas o Xtrackers tem taxas altas em comparação com os outros (0,15% vs 0,05% da Invesco e 0,07% da iShares). Aí acho que vai de cada um.

Considerações finais

Meu intuito hoje foi compartilhar um pouco sobre como analisar ETFs dependendo do domicílio fiscal do investidor e do fundo. Eu não quero convencer ninguém que investir diretamente no exterior é melhor. Isso vai depender de muitas outras variáveis que eu não levei em consideração, e também da praticidade e conveniência para cada investidor. É uma decisão feita individualmente, e espero ter contribuído para vocês terem maiores informações sobre o assunto.

Adendo

Você não levou em consideração o spread cambial, como isso afetaria os investimentos?
Isso é verdade, mas fica difícil fazer esse tipo de análise sem os dados. O spread cambial para o investidor pequeno é basicamente o de mandar e receber dinheiro via Remessa Online ou TransferWise. Eu imagino que são taxas bem mais altas comparadas quando comparadas ao spread cambial de grandes fundos (que já estão imbutidas nos gráficos e existem não só para BRL mas para fundos comercializados em EUR, GBP, etc.). E o investidor pequeno também faz aportes com menos frequência, o que negativamente afeta o seu "dollar cost averaging". Para valer a pena, o spread cambial deve ser inferior a ~5% em 5 anos, que é de quanto o IVVB11 perde para os fundos domiciliados no exterior. Isso é uma estimativa bem "a grosso modo", para ter uma análise melhor teríamos que fazer umas simulações de investimento.
E BDRs?
No Brasil, até onde eu saiba, existe um BDR que segue o S&P 500 através do iShares Core S&P 500 ETF (ticker IVV), o BIVB39. A situação tributária é a mesma do IVVB11, mas com um volume 100x menor, devido a que foi listado somente em 30 de novembro de 2020.
E os impostos?
Ganho capital (vender ação que valorizou) no exterior tem uma isenção de R$ 35,000.00. Isso quer dizer que se durante um mês seu ganho capital foi abaixo disso, não precisa colher tributo. Acima disso, é 15% em cima do ganho capital na menor alíquota (até R$ 5 milhões).
Tá beleza, quero fazer esse esquema aí, como compro ação na Europa?
Você precisa de um corretor que opere em bolsas européias. Eu consegui abrir uma conta na Interactive Brokers como cidadão brasileiro e residente no Brasil, e enviar dinheiro do Brasil sem nenhum problema.
submitted by caks to investimentos [link] [comments]

Minha experiência com Monetus, Warren, Easynvest e BTG.

Pessoal, tenho muitas contas em banco (Nubank, BB, Woop, Neon, Inter..) e corretoras (Monetus, Warren, Easynvest, BTG, XP, Clear..). Resolvi compilar e centralizar o que penso sobre essas quatro corretoras para facilitar a vida de vocês caso tenham dúvidas ou pensem em abrir conta ou recomendar para alguém.

Corretoras

Monetus

É minha opção #1 e recomendo para todos os amigos que querem investir em algo "simples", deixar dinheiro em um fundo, tirar da poupança, etc.

Coisas boas

Coisas ruins

EasyInvest

Sempre vejo vocês falando para "nunca confiar em corretora que tenta gamificar investimentos", porém minha experiência foi melhor que eu esperava.

Coisas boas

Coisas ruins

Warren

É legal? É. Dá pra confiar? Dá. Porém eles NÃO TÊM TRANSPARÊNCIA NENHUMAAAAAA. Porém, repito, SÃO BONS. É minha opção #2!

Coisas boas

Coisas ruins

BTG

Recomendado para pessoas com problema de ansiedade.

Coisas boas

Coisas ruins

Edit: Alguém perguntou da Vérios. Eles me bloquearam no Facebook porque eu comentei que outra corretora estava mais interessante que eles. Acho que eles nem têm app. O investimento inicial é 12 mil (em vez de 100 reais nas outras), e 25 mil se você quiser ações. Eles usam toda a infraestrutura da Rico, então funcionam mais como "um sistema de recomendação" que funciona em cima da Rico. Já que né, ela tem 500 opções e é difícil entender. É legal que mesmo eles não tendo app, aparece tudo no app da Rico. Mas não tenho conta ainda.
E por favor, ninguém pergunte sobre Banco Inter. Dá pra fazer um post desse tamanho só com os problemas do Banco Inter. Não recomendo pra ninguém.
submitted by bernaferrari to investimentos [link] [comments]

Como investir | Keep it simple, Stupid!

Olá,
Se chegaste até aqui é porque estás preocupado com as tuas finanças, por isso, parabéns!
De facto, é uma preocupação fundamentada, uma vez que, de acordo com Relatório sobre a Sustentabilidade Financeira da Segurança Social publicado em Outubro de 2018 como anexo do Orçamento de Estado de 2019, a Segurança Social como a conhecemos hoje esgotar-se-á no final da segunda metade da década de 2040.

O FEFSS (Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social), a ser utilizado perante saldos negativos do sistema previdencial a partir do final da segunda metade da década de 2020, teria com a atual projeção, um esgotamento no final da segunda metade da década de 2040, representando uma melhoria face à projeção do relatório de sustentabilidade anexo ao Relatório do OE de 2017, em cinco anos.

Assim, se, tal como eu, estás a iniciar a tua vida adulta, provavelmente será responsável pelo teu próprio sustento durante a idade da reforma. Como tal, temos de arranjar uma forma de garantir que o nosso dinheiro rende, para garantir esse conforto futuro.
A melhor forma que conheço para o fazer é através de investimentos, algo que começa agora a ser falado no nosso país, mas sobre o qual a generalidade das pessoas ainda sabe muito pouco.

Ao contrário de subs de outros países relacionadas com finanças pessoais onde existem vários tópicos Guide, em Portugal, tal não acontece.
Para colmatar essa lacuna, decidi escrever este post que espero ajudar aqueles que buscam conselhos financeiros e que se deparam com esta comunidade pela primeira vez.
Infelizmente (ou felizmente) não venho de famílias abastadas. Como tal, há cerca de 2/3 anos quando comecei a ganhar alguma autonomia financeira coincidente com a minha entrada no mercado de trabalho, comecei a pensar como é viria a fazer face às minhas despesas - casa, carro, alimentação, etc.
Desta reflexão resultaram muitas horas de leitura e lições que agora partilho aqui convosco:

Lição 1: ninguém cuidará melhor do vosso dinheiro do que vocês.
Começo por partilhar convosco que uma das coisas que mais me irrita na indústria financeira - e no qual tenho a minha quota-parte de culpa, dado que é a minha área de formação - é da necessidade de complicar. Alguém que esteja de fora, ficará intimidado pela complexidade de palavras que usamos como asset alocation, derivatives, bonds, stocks, optimal portfolio allocation, options, warrants e futuros. Como se isso não bastasse, não educamos os jovens em finanças - em muitos casos temos dificuldade em poupar e noutros tantos em perceber como investir.
Claro que toda esta iliteracia financeira é um paraíso para portfolio managers e outros agentes dispostos a investir o vosso dinheiro por vocês. Porquê, perguntam vocês?
Existem três formas através das quais um porfolio manager consegue fazer dinheiro para a empresa:
  1. Comissões sobre produtos;
  2. Assets Under Management;
  3. Aconselhamento 1-on-1.

Em primeiro lugar, parte do salário de um portfolio manager, é variável. Por outras palavras, está dependente do lucro que trouxer para a empresa. Como tal, não é de admirar que vos sugerirão aqueles produtos que lhes dêem maior retorno, independentemente do retorno que vos trouxerem para vocês. Como tal, aqueles produtos que vos tentarão enfiar pela garganta abaixo são precisamente aqueles que vão de acordo com os objectivos deles (maximizar lucro) e não necessariamente os vossos (maximizar o retorno).
Para além disso, existe também o modelo AUM (Assets Under Management) que na práctica é 1-2% que vos cobrados pelo valor de activos na vossa carteiro. A título de exemplo, suponham que eu tenho 100.000€ investidos na institução A cuja taxa AUM é de 2%. Todos os anos terei de pagar 2.000€ à instituição financeira que faz a gestão dos meus activos, independentemente de ter, ou não lucro. Imaginem que num dado ano tive 6% de retorno, a inflação foi de 3% e a AUM é de 2%. Resta-me 1% de um retorno que deveria ter sido 3%. De repente, um ano que até teria sido bastante positivo transformou-se num mísero 1%. (Parece-vos justo? Nem a mim...)
Por último, alguns advisors estão ainda disponíveis para vos aconselha por uma módica quantia de X, sendo X um valor absolutamente ridículo para o qual não existe qualquer justificação lógica. Como se tal não bastasse, muitas vezes esse aconselhamento não se traduz em qualquer valor acrescentado para nós. Com sorte, vai de encontro ao ponto 1 e comem-nos por parvos duas vezes: no aconselhamento que roçou o medíocre e na venda de um produto com comissões altíssimas e retornos pelas ruas da amargura.

Dito isto, aqui fica a primeira lição: ninguém cuidará melhor do vosso dinheiro do que vocês!

No entanto, identificar um problema sem o tentar resolver soa-me um pouco hipócrita. Por isso, deixem-me introduzir-vos à segunda lição: é mais fácil do que parece.

Dado que, como já partilhei convosco acima, a minha formação base é finanças, comecei a pensar "como é que se investe?". Esta questão levou-me a ler vários livros sobre investimento e apercebi-me que, ao contrário do que todos os profissionais da área faziam parecer crer, investir, era bastante simples.
Tão simples, de facto, que alguém com zero experiência como investidor conseguirá obter um retorno melhor do que 80% dos ditos portfolio managers utilizando apenas as ferramentas que partilharei convosco neste thread.

O quê?! 80%?! Mas investir não é difícil?!
Não.

O quê?! Melhores retornos que portfolio managers que vivem, respiram e comem informação financeira?
Sim.

Afinal eu não preciso de pagar fees ao meu banco para investir por mim?!
Não.

Contudo, antes de partilhar convosco quais são essas ferramentas há três questões que são imperativas que saibam responder:

  1. Em que fase da vossa vida é que estão? Acumulação ou Preservação de riqueza?;
  2. Que níveis de risco é que estão disponíveis a aceitar?;
  3. O vosso horizonte temporal a nível de investimentos é longo ou curto prazo?.

Certamente repararam que as três questões estão intrinsecamente ligadas e que existe um tema comum a todas elas, risco. Pelo que gostava de começar por abordá-lo em primeiro lugar.
Ao contrário do que vos possam dizer ou vocês próprios possam pensar, não existe nenhum investimento 100% seguro.
Experimentem colocar o vosso dinheiro debaixo do colchão durante 20 anos e depois contem-me como os 20k€ que com tanto esforço, suor e lágrimas amealharam valem agora apenas 5k€ em bens e/ou serviços. Ou talvez vocês seja pessoas conservadoras e decidam comprar títulos do tesouro, mas nesse caso apresentar-vos-ei a minha inflação ou então são completamente o oposto e decidem que acções is the way to go, caso em que opto por vos dar a conhecer a minha outra amiga, deflação.
Estes exemplos não servem para vos desincentivar de investir. Queria apenas de uma forma, mais ou menos, lúdica demonstrar-vos que, qualquer que seja a nossa opção, nunca estamos 100% seguros. Consequentemente, a única opção que nos resta é fazer as escolhas que julgamos serem as mais correctas com a informação que temos disponível de momento - e atenção que não fazer escolha é, em si, uma escolha.
Dito isto, existem apenas outras três ferramentas que necessitam para construir o vosso portfolio:
(já repararam que eu gosto de manter as coisas simples?)

  1. Acções
E se invés de apostarmos numa única equipa e rezássemos para que essa equipa vencesse, pudéssemos apostar que uma qualquer equipa entre todas as que estão na competição poderia ganhar? As nossas odds seriam bem melhores, verdade?
É isso que constitui um index fund - um cabaz de acções de várias empresas. Regra geral, cada index fund tem um benchmark que segue o que acaba por definir as ações nas quais esse index fund invest. Tudo o que precisam de saber são três siglas muito simples, IWDA:NA, VUSA e VWRL.

Quais as diferenças?
Dentro dos fundos cotados (aka ETFs), existem duas sub-classes no que toca à distribuição dos dividendos consoante o fundo reeinvista autmaticamente os dividendos ou caso os distribua aos investidores, chamados accumulation ou distribution, respectivamente*.*
Isto é relevante principalmente para efeitos fiscais. No que toca a investimentos desta natureza, existem dois momentos nos quais estás sujeito a imposto.
Na altura de receberes os dividendos e no momento da venda propriamente dito.
Aquando da distribuição dos dividendos, o teu broker transferirá para a conta bancária associada o valor dos dividendos retirados os 28% de imposto. No momento da venda, analisar-se-á qual a mais ou menos valia que há a realizar. Isto é, se vendeste o investimento a um preço superior ao que compraste, o valor de imposto a pagar será de 28% sobre essa diferença. Se o valor de venda for inferior ao valor de compra, não terás qualquer imposto a pagar.
Logo, salvo raras excepções, é aconselhável que se invista num ETF que seja cumulativo (IWDA:NA). Desta forma, tiraremos proveito da capitalização composta dos juros ao mesmo tempo que adiamos o pagamento de impostos desnecessários.

  1. Obrigações
As obrigações proporcionam uma viagem ao longo do percurso de investidor um pouco mais suave. Pessoalmente, dada a minha idade, não creio que tenha muito interesse para mim. No entanto, para investidores mais conservadores, BND e AGGG-fund?switchLocale=y&siteEntryPassthrough=true) são as única sigla que precisam de conhecer neste sub-universo.

  1. Dinheiro
Um fundo de emergência é algo que devemos sempre ter. Ninguém sabe o que acontecerá no dia de amanhã e enquanto investidores de longo-prazo não queremos ter de liquidar os nossos activos devido a uma emergência. Por isso, três a seis meses de despesas fixas é um bom objectivo para se ter em dinheiro numa conta a ordem ou conta poupança que possa ser movimentada sem incorrer em custos.

Lição 2: Todos os portfolio managers acreditam que conseguem bater o mercado. Por sua vez, nós, investidores, acreditamos que conseguimos escolher aqueles que o fazem. Estamos todos enganados.

Imaginem uma sala cheia de crânios financeiros, vestidos nos seus fatos com tecidos italianos. Estes profissionais contam com anos de experiência nos mercados de capitais, para não falar das décadas passadas a estudar em grandes Business Schools.
Para além disso, têm à sua disposição inúmeras ferramentas da Bloomberg, Reuters e outros grandes players que lhes permitem ter acesso a toda a informação, constantemente actualizada, a qualquer instante.
Apesar de trabalharem noite e dia, estes guerreiros também descansam para um ocasional café, cigarro e almoço de negócios. Nesses raros e curtos momentos, encontram-se com outros analistas, experts, insiders das empresas nas quais investem e outra panóplia de gente importante.
Ao conviverem tão próximos com a realidade na qual investem, de certeza que eles sabem o que andam a fazer, certo?
Ahhhhh...think again.
Está comprovado impericamente (clicar irá fazer o download de um pdf) que os vários fundos de investimento não são capazes de dar rendibilidade superior ao seus investidores, quando comparado com o mercado.
Num horizonte temporal de 5 anos, 84,15% dos fundos de investimento tiveram uma performance pior do que o S&P500.
Logo, para terem um retorno superior ao mercado, vocês teriam de escolher o melhor fundo de investimentos possível, de um conjunto de 10! Como se isso não bastasse - e supondo que escolhiam o fundo vencedor -, ser-vos-ia cobra entre 1 a 2% em comissões. Não é muito? Para ilustrar a diferença que isto pode fazer, sigam o meu raciocínio:

Suponham que investiram 10.000€ há 30 anos num dado activo. A rentabilidade média desse mesmo activo foi de 7%, já tida a inflação em conta. Se tivessem investido vocês mesmos esse valor num index fund, teriam aproximadamente 66.000€. Por sua vez, se tivessem escolhido o fundo vencedor teriam apenas 43.000€. Uma diferença de 23.000€ tendo por base apenas 2%. Funny, right?

(aqui estou a supor que o fundo vencedor vos proporcionava apenas a mesma rentabilidade dada pelo mercado, mas dado que assumi, de 10 fundos de investimento, vocês escolhiam o único cuja rentabilidade não era pior que a do mercado, parece-me justo para balançar o cenário)

Este exemplo introduz-nos à próxima lição.

Lição 3: Controlem o que conseguem controlar

Esta conversa é toda muito bonita, mas o que raio é essa coisa da Vanguard e porque é que todos os EFTs que sugeres são geridos por eles? Afinal, também és um vendedor?!

Bom ponto, tens estado atento!
Um mercado de capitais é um sítio feio, se não soubermos gerir as emoções provavelmente perderemos muito dinheiro - mais sobre isto numa edição futura do post. A verdade é que os nossos investimentos irão desvalorizar e valorizar várias vezes ao longo do tempo. Como tal, uns anos serão positivos e outros nem tanto. Isto para dizer algo que ninguém gosta de ouvir: não podemos controlar o retorno que o mercado nos dá. Felizmente, há algo que nos cabe a nós controlar: o custo do nosso investimento.
Uma vez que o lucro do nosso investimento será nada mais do que retorno - custo, minimizando o custo estamos a optimizar esta equação.
É aqui que entra a Vanguard, fundada por um grande senhor, John Bogle, em 1975.
O que a torna tão especial é que, no momento da sua fundação, John Bogle estruturou-a de forma a que fosse customer-owned e cujo objetivo fosse o breakeven (i.e., não é suposto ter lucro, mas sim apenas ser capaz de fazer face às suas despesas).
Para compreenderem a diferença, uma empresa de investimento pode ter duas formas:

  1. É uma empresa privada. Funciona da mesma forma que um negócio familiar e o objectivo é gerar valor para os donos - a Fidelity Investments é um exemplo;
  2. É uma empresa cotada em bolsa, detida por accionistas.

Em qualquer um destes casos, o objectivo da empresa é gerar lucro. Apenas deste modo serão capazes de pagar as suas despesas e remunerar os seus donos, sejam eles privados ou accionistas. Não é difícil perceber que quanto maior for o lucro, maior será a fatia dada a cada um destes agentes. Logo, há todo um incentivo para a maximizar tanto quanto possível. E imaginem de quem virá essa fatia...nós, investidores, claro!
Por outras palavras, quando investimos com uma destas empresas, estamos a pagar pelo investimento financeiro propriamente dito e mais alguns pózinhos para os seus donos/accionistas.
Logo, é claro que há aqui um conflito de interesses - o mesmo se passa com portfolio managers, mas isso fica para uma outra versão do post. O dono de uma empresa de investimento quer que os fees sejam tão altos quanto possível. Eu, enquanto investidor, quero pagar o mínimo.
Ainda que este modelo de negócio seja perfeitamente digno. Nós, investidores, temos uma solução melhor! Acontece que John Bogle quando fundou a Vanguard, fê-lo de modo a que a mesma fosse detida pelos fundos que esta opera. Ora, uma vez que são os investidores que detêm os fundos, na práctica, os investidores detêm a própria Vanguard.
Logo, qualquer lucro que a empresa tivesse entraria directamente para a nossa carteira. No entanto, dado que este circulo Investidor - Vnaguard Mutual Funds - Vanguard - Investidor seria um pouco non-sense, a Vanguard opera no breakeven, cobrando os custos mínimos para garantir a sua operação.

No que é isto se traduz, na práctica? No facto de que o expense ratio (ou seja, a taxa de encargos correntes) média dos fundos da Vanguard seja 0.2% contra 1,20% da indústria. Pode não parecer muito, mas considerando este valor sobre vários anos e sobre um capital considerável, dá uns bons mlhares de euros poupados no final de uma vida de investidor.

Lição 4: Fazer para crer
Dito isto, como é que se compra essas coisas estranhas, ETFs? Para o fazer, precisam de uma correctora ou broker. Cada correctora practica o seu próprio preço. Por isso, é importante compararem-nos antes de abrirem conta numa delas. Deixo-vos aqui e aqui e aqui imagens de tabelas comparativas das várias correctoras a operar em Portugal (obrigado, Bárbara Barroso). Para além dos custos de aquisição de títulos, algumas delas cobram ainda custos de manuntenção e/ou outros.
Muitas destas correctoras permitem criar contas demo. Caso estejam indecisos. criem uma e experimentem a plataforma de negociação.
Feito este passo, é uma questão de acederem à dita plataforma, procurar os títulos indicados acima e adquiri-los.


Frequently Asked Questions

Os mercados estão em máximos históricos. Por isso, uma recessão está para breve. Será que devo esperar que a dita recessão chegue e que os mercados acalmem?
Ninguém sabe ao certo quando - e sequer se - estaremos perante uma recessão. A pesquisa feita em torno dos retornos históricos demonstra que se tiveres X€ para investir, a melhor solução é colocá-los de uma só vez no mercado.

Mas ainda ontem ouvi o Miguel Sousa Tavares a dizer que estaria para breve!
Não.
Ah, mas a minha tia, que é economista, disse no jantar de Natal que a guerra comercial da China e dos EUA...
Não.
Ah, mas o meu piriquito...
Não.

Ninguém consegue fazer timing ao mercado e quem vos disser o contrário está a tentar enganar-vos. No caso de serem vocês próprios, sentem-se à espera que a vontade passe, 99.9% das vezes estarão enganados.

Devo investir com a Degiro?
Antes de usarem a DeGiro como vossa correctora leiam este thread e pesquisem Amsterdamtrader Degiro no Google.
Com este tópico pretendo apenas informar-vos. Como tal, ainda que vos possa partilhar convosco como giro os meus investimentos, tento ser o mais imparcial possível. No entanto, sou defensor que devemos fazer escolhas conscientes. Não digo que não seja uma boa opção, estejam apenas consciente do que se passa no background.

Qual é a correctora que usas, u/ORoxo**?**
Comecei por usar o Banco Invest porque me dava uma segurança adicional fazê-lo através de um banco no qual confio. No entanto, os custos eram demasiado elevados e agora faço-o pela DeGiro, apesar do indiquei no ponto imediatamente acima. O importante é termos consciência dos riscos, lembrem-se.

O que acontece se a correctora que uso for à falência?
Regra geral, as correctoras mantêm os nossos activos numa entidade legal separada. Na práctica, isto significa que a correctora teria uma entidades para o negócio de corretagem propriamente dito através da qual realiza todas as actividades inerentes à operação (i.e., pagar os salários dos empregados, receber os fees dos clientes, etc, etc) e outra entidade à qual os nossos activos estariam alocados (dinheiro que temos em conta e os nossos produtos financeiros). A vantagem deste tipo de estrutura é que, em caso de falência do negócio, os ativos dos investidores não poderiam ser usados para pagar aos credores da correctora.
Não vos posso dizer se na práctica é 100% assim mas, pelo menos em teoria, isto acontece (ver e ver). Usando a DeGiro como exemplo:

DEGIRO holds Financial Instruments for you in such a way that they cannot be accessed by creditors of DEGIRO, even if DEGIRO would be bankrupt.

Ainda assim, supondo que a DeGiro ia à falência, dado que está sediada na Holanda, estaria ao abrigo do Investor Compensation Scheme que fará face às obrigações da correctora até um limite de 20k€ por investidor.
Para vos dar outro exemplo, caso investissem através da Interactive Brokers, o limite seria 500k€, uma vez que estariamos ao abrigo da SIPC (Securities Investor Protection Corporation).
Estes valores/regras dependerão do país no qual a correctora está sediada. Caso queiram optar por outra, as preocupações deverão rondar as seguintes questões:


Qual é a rentabilidade anual que posso esperar do meu portfólio, se seguir as estratégias deste post?
Tendo em consideração os dados do último século, o retorno médio anual do mercado de capitais foi de 10%. Na práctica, isto quer dizer que se adquirires um ETF cujo benchmark seja o S&P500 ou um índice global (muitas vezes os ETF deste tipo têm WLR ou World no nome), no longo prazo (20+ anos), podes esperar um retorno anual de 10% nos teus investimentos. Atenta, por favor, que isto não quer dizer que terás todos os anos 10% - poderão haver anos que ganhas 30% e noutros perdes 15%, por exemplo. Ainda assim, no longo-prazo, em média, poderás esperar um retorno de 10%/ano.
O importante é que não faças o que a maior parte das pessoas faz: vender quando o mercado está a cair e comprar quanto o mercado está em alta. O nosso objectivo enquanto investidores de longo prazo deve ser comprar sempre o mesmo em valor absoluto (supõe que defines como objetivo uma taxa de poupança de 30%/mês; deverás investir sempre esses 30% quer o ETF custe 10€ ou 80€). Uns anos essa poupança de 30% comprará mais unidades do dito ETF, outras menos. Ainda assim, no final da nossa vida de investidor, poderemos esperar um retorno de 10%/ano, em média.

Para aqueles que são conservadores, usem 6% como referência.

O ETF xpto é uma boa alternativa aos que mencionas no teu post?
Quando consideramos investir num ETF há algumas questões que devemos colocar:
  1. Qual é o activo subjacente ao ETF?
  2. Qual o custo de gestão do ETF?
  3. O ETF é cumulativo ou distribuí dividendos?
  4. Em que praça é cotado?
  5. Em que moeda está denominado o ETF?
Em primeiro lugar, importa perceber qual é o activo que está subjacente ao ETF.
Em segundo lugar, importa analisar os custos.
Eu posso pensar "epah estar exposto ao mundo todo é melhor do que estar apenas exposto ao mercado dos EUA." Certíssimo. No entanto, o retorno que irei ter ao estar exposto a empresas de diferentes geografias vai compensar a diferença de custos de gestão anuais que terei de pagar? Para além disso, supondo que estou a investir em empresas do S&P500, a maior parte delas operam em vários mercados. Será que faz sentido optar por um ETF que diversifica ainda mais, incorrendo em custos superiores, quando as grandes empresas são, hoje em dia, na sua grande maioria, globais?".
O ponto 3, ainda para mais em Portugal, é fulcral. Cada vez que te forem pagos dividendos, pagarás 28% de imposto. Logo, supondo que recebes 1.000€ de dividendos, só receberás à cabeça 720€. Num ano, pode não parecer muito, capitaliza isto pela tua vida de investidor, no meu caso 50 ou 60€ e tens uma valente fortuna paga ao Estado, sem motivo para isso.
Qual é então a solução? Fácil! Investir num ETF que invés de te dar os 1.000€ todos os anos, os investe automaticamente no ETF. Não só poupaste 28% em imposto como o poder do juro composto vai multiplicar este valor inúmeras vezes. Lembra-te, sempre que possível, accumulating.
O próximo ponto também é essencial uma vez que se o EFT for cotado nos EUA não está sequer acessível para nós. Infelizmente, as normas europeias exigem que os issuers forneçam uma série de informação, sem a qual os ETF não poderão ser transacionados em bolsa Europeias. Consequentemente, não são sequer solução para nós porque simplesmente não estão disponíveis.
Por último, há pessoas que consideram que seja bastante importante a moeda na qual o ETF está cotado devido ao currency risk (i.e., supõe que tens um activo em USD e gastas o teu dinheiro em EUR. O risco é que o USD desvalorize face ao EUR e que, consequentemente, percas poder de compra).
Pessoalmente, não é algo que me faça perder o sono, mas é uma questão a considerar.

O que acontecerá às minhas poupanças daqui a 20 anos se conseguir investir mais 50€/mês?
De acordo com esta calculadora, daqui a 20 anos terás mais 36.199,34€ ou 22.782,29€, consoante a tua perspectiva face à taxa de juro seja optimista ou pessimista, respectivamente.

Terás tido um proveito líquido de 19% com esta simples operação, excluído eventuais comissões de resgate e subscrição. Daí que o passo 1 seja importante.
De nada :)

Quero aprender mais sobre o tópico. O que me aconselhas?
Infelizmente, muito do conteúdo que existe está extremamente vocacionado para o mercado Norte-americano, em particular os EUA - surprise, surprise, han?
De qualquer modo, existem muitas (e boas!) lições que podemos adaptar à nossa realidade. Por isso, caso se sintam à vontade a ler inglês aconselho os seguintes livros:


Creio que para a maior parte deles poderão encontrar a versão em PT. No entanto, caso considerem que há interesse posso fazer um breve resumo de cada um deles e incluí-lo no âmbito do thread.
Para aqueles cujas versões de inglês forem suficientes, mas cujo valor dos livros faça diferença no orçamento familiar, mandem-me dm.

Tenho mais de 100.000€ disponível para investir, devo seguir o mesmo processo?
Não.
Nesse caso, por favor, abre uma garrafa de champanhe. Para além de estares entre os 20% mais ricos de Portugal e dinheiro não ser uma preocupação para ti, podes investir directamente com a Vanguard.
Para o fazeres, envia um e-mail para [[email protected]](mailto:[email protected]) com a indicação de que pretendes investir no index fund cujo ISIN é IE0002639668. Infelizmente, a partir daqui não te consigo ajudar mais, uma vez que ainda não estou neste patamar. Contudo, para questões particulares, estou sempre disponível por dm, se necessitares.
Caso pretendas consultar os restantes fundos disponíveis para investidores portugueses podes fazê-lo aqui.


Creio que já deu para entender que adoro este temas. Por isso, caso tenham alguma questão, estejam completamente à vontade para a colocar nos comentários ou enviar-me dm. Terei todo o gosto em ajudar cada um de vocês em tudo o que me for possível.
Como qualquer pessoa, sou humano e, como tal, não sei tudo. Ainda assim, se for esse o caso, estou disponível para ir aprender de modo a ser capaz de vos explicar e partilhar convosco.

Provavelmente editarei este tópico várias vezes à medida que me for lembrando de mais informação. Até lá, espero que vos seja útil!
submitted by ORoxo to financaspessoaispt [link] [comments]

Ajuda com relação à corretora/investimento internacional

Olá pessoal, sou um leitor de longa data que finalmente pretende começar a investir meu dinheiro..
Resumidamente, tenho 25 anos, formado num bom curso, no momento fazendo especialização numa área específica (irrelevante para o post). Já tenho minha reserva de emergência e também já tenho gastos pré-planejados, ao fim de tudo, consigo aportar em média uns 1000~2000 reais por mês - por enquanto, no futuro esse valor tende a aumentar uma vez que estou cursando a especialização ainda - em algum investimento de renda variável (FIIs/ações), seria para buy and hold mesmo, "esquecer esse dinheiro".. estou estudando mais a fundo em quais irei investir, essa não é exatamente minha dúvida.
Minhas dúvidas na verdade são:
  1. Com esse valor de aporte mensal, qual seria a melhor corretora pra mim? Não pretendo vender as ações, somente em último caso mesmo, queria saber mais com relação às taxas de corretagem/quão user-friendly cada corretora seria. Já li bastante a respeito mas não consegui chegar a uma conclusão..
  2. Vale a pena investir nos EUA? Ou é viagem pq as taxas comem todo seu dinheiro? Investir em dólar é muito sedutor, mas eu sei que não é tão simples..
Desde já agradeço
submitted by kelvsz to investimentos [link] [comments]

Como investir | Keep it simple, Stupid!

Olá,
Se chegaste até aqui é porque estás preocupado com as tuas finanças, por isso, parabéns!
De facto, é uma preocupação fundamentada, uma vez que, de acordo com Relatório sobre a Sustentabilidade Financeira da Segurança Social publicado em Outubro de 2018 como anexo do Orçamento de Estado de 2019, a Segurança Social como a conhecemos hoje esgotar-se-á no final da segunda metade da década de 2040.
O FEFSS (Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social), a ser utilizado perante saldos negativos do sistema previdencial a partir do final da segunda metade da década de 2020, teria com a atual projeção, um esgotamento no final da segunda metade da década de 2040, representando uma melhoria face à projeção do relatório de sustentabilidade anexo ao Relatório do OE de 2017, em cinco anos.
Assim, se, tal como eu, estás a iniciar a tua vida adulta, provavelmente serás responsável pelo teu próprio sustento durante a idade da reforma. Como tal, temos de arranjar uma forma de garantir que o nosso dinheiro rende, para garantir esse conforto futuro.
A melhor forma que conheço para o fazer é através de investimentos, algo que começa agora a ser falado no nosso país, mas sobre o qual a generalidade das pessoas ainda sabe muito pouco.
Ao contrário de subs de outros países relacionadas com finanças pessoais onde existem vários tópicos Guide, em Portugal, tal não acontece.
Para colmatar essa lacuna, decidi escrever este post que espero ajudar aqueles que buscam conselhos financeiros e que se deparam com esta comunidade pela primeira vez.
Infelizmente (ou felizmente) não venho de famílias abastadas. Como tal, há cerca de 2/3 anos quando comecei a ganhar alguma autonomia financeira coincidente com a minha entrada no mercado de trabalho, comecei a pensar como viria a fazer face às minhas despesas - casa, carro, alimentação, etc.
Desta reflexão resultaram muitas horas de leitura e lições que agora partilho aqui convosco:
Lição 1: ninguém cuidará melhor do vosso dinheiro do que vocês.
Começo por partilhar convosco que uma das coisas que mais me irrita na indústria financeira - e no qual tenho a minha quota-parte de culpa, dado que é a minha área de formação - é da necessidade de complicar. Alguém que esteja de fora, ficará intimidado pela complexidade de palavras que usamos como asset alocation, derivatives, bonds, stocks, optimal portfolio allocation, options, warrants e futuros. Como se isso não bastasse, não educamos os jovens em finanças - em muitos casos temos dificuldade em poupar e noutros tantos em perceber como investir.
Claro que toda esta iliteracia financeira é um paraíso para portfolio managers e outros agentes dispostos a investir o vosso dinheiro por vocês. Porquê, perguntam vocês?
Existem três formas através das quais um porfolio manager consegue fazer dinheiro para a empresa:
  1. Comissões sobre produtos;
  2. Assets Under Management;
  3. Aconselhamento 1-on-1.
Em primeiro lugar, parte do salário de um portfolio manager, é variável. Por outras palavras, está dependente do lucro que trouxer para a empresa. Como tal, não é de admirar que vos sugerirão aqueles produtos que lhes dêem maior retorno, independentemente do retorno que vos trouxerem para vocês. Como tal, aqueles produtos que vos tentarão enfiar pela garganta abaixo são precisamente aqueles que vão de acordo com os objectivos deles (maximizar lucro) e não necessariamente os vossos (maximizar o retorno).
Para além disso, existe também o modelo AUM (Assets Under Management) que na práctica é 1-2% que vos cobrados pelo valor de activos na vossa carteiro. A título de exemplo, suponham que eu tenho 100.000€ investidos na institução A cuja taxa AUM é de 2%. Todos os anos terei de pagar 2.000€ à instituição financeira que faz a gestão dos meus activos, independentemente de ter, ou não lucro. Imaginem que num dado ano tive 6% de retorno, a inflação foi de 3% e a AUM é de 2%. Resta-me 1% de um retorno que deveria ter sido 3%. De repente, um ano que até teria sido bastante positivo transformou-se num mísero 1%. (Parece-vos justo? Nem a mim...)
Por último, alguns advisors estão ainda disponíveis para vos aconselha por uma módica quantia de X, sendo X um valor absolutamente ridículo para o qual não existe qualquer justificação lógica. Como se tal não bastasse, muitas vezes esse aconselhamento não se traduz em qualquer valor acrescentado para nós. Com sorte, vai de encontro ao ponto 1 e comem-nos por parvos duas vezes: no aconselhamento que roçou o medíocre e na venda de um produto com comissões altíssimas e retornos pelas ruas da amargura.
Dito isto, aqui fica a primeira lição: ninguém cuidará melhor do vosso dinheiro do que vocês!
No entanto, identificar um problema sem o tentar resolver soa-me um pouco hipócrita. Por isso, deixem-me introduzir-vos à segunda lição: é mais fácil do que parece.
Dado que, como já partilhei convosco acima, a minha formação base é finanças, comecei a pensar "como é que se investe?". Esta questão levou-me a ler vários livros sobre investimento e apercebi-me que, ao contrário do que todos os profissionais da área faziam parecer crer, investir, era bastante simples.
Tão simples, de facto, que alguém com zero experiência como investidor conseguirá obter um retorno melhor do que 80% dos ditos portfolio managers utilizando apenas as ferramentas que partilharei convosco neste thread.
O quê?! 80%?! Mas investir não é difícil?!
Não.
O quê?! Melhores retornos que portfolio managers que vivem, respiram e comem informação financeira?
Sim.
Afinal eu não preciso de pagar fees ao meu banco para investir por mim?!
Não.
Contudo, antes de partilhar convosco quais são essas ferramentas há três questões que são imperativas que saibam responder:
  1. Em que fase da vossa vida é que estão? Acumulação ou Preservação de riqueza?;
  2. Que níveis de risco é que estão disponíveis a aceitar?;
  3. O vosso horizonte temporal a nível de investimentos é longo ou curto prazo?.
Certamente repararam que as três questões estão intrinsecamente ligadas e que existe um tema comum a todas elas, risco. Pelo que gostava de começar por abordá-lo em primeiro lugar.
Ao contrário do que vos possam dizer ou vocês próprios possam pensar, não existe nenhum investimento 100% seguro.
Experimentem colocar o vosso dinheiro debaixo do colchão durante 20 anos e depois contem-me como os 20k€ que com tanto esforço, suor e lágrimas amealharam valem agora apenas 5k€ em bens e/ou serviços. Ou talvez vocês seja pessoas conservadoras e decidam comprar títulos do tesouro, mas nesse caso apresentar-vos-ei a minha inflação ou então são completamente o oposto e decidem que acções is the way to go, caso em que opto por vos dar a conhecer a minha outra amiga, deflação.
Estes exemplos não servem para vos desincentivar de investir. Queria apenas de uma forma, mais ou menos, lúdica demonstrar-vos que, qualquer que seja a nossa opção, nunca estamos 100% seguros. Consequentemente, a única opção que nos resta é fazer as escolhas que julgamos serem as mais correctas com a informação que temos disponível de momento - e atenção que não fazer escolha é, em si, uma escolha.
Dito isto, existem apenas outras três ferramentas que necessitam para construir o vosso portfolio:
(já repararam que eu gosto de manter as coisas simples?)
  1. Acções
E se invés de apostarmos numa única equipa e rezássemos para que essa equipa vencesse, pudéssemos apostar que uma qualquer equipa entre todas as que estão na competição poderia ganhar? As nossas odds seriam bem melhores, verdade?
É isso que constitui um index fund - um cabaz de acções de várias empresas. Regra geral, cada index fund tem um benchmark que segue o que acaba por definir as ações nas quais esse index fund invest. Tudo o que precisam de saber são três siglas muito simples, IWDA:NA, VUSA e VWRL.
Quais as diferenças?
Dentro dos fundos cotados (aka ETFs), existem duas sub-classes no que toca à distribuição dos dividendos consoante o fundo reeinvista autmaticamente os dividendos ou caso os distribua aos investidores, chamados accumulation ou distribution, respectivamente*.*
Isto é relevante principalmente para efeitos fiscais. No que toca a investimentos desta natureza, existem dois momentos nos quais estás sujeito a imposto.
Na altura de receberes os dividendos e no momento da venda propriamente dito.
Aquando da distribuição dos dividendos, o teu broker transferirá para a conta bancária associada o valor dos dividendos retirados os 28% de imposto. No momento da venda, analisar-se-á qual a mais ou menos valia que há a realizar. Isto é, se vendeste o investimento a um preço superior ao que compraste, o valor de imposto a pagar será de 28% sobre essa diferença. Se o valor de venda for inferior ao valor de compra, não terás qualquer imposto a pagar.
Logo, salvo raras excepções, é aconselhável que se invista num ETF que seja cumulativo (IWDA:NA). Desta forma, tiraremos proveito da capitalização composta dos juros ao mesmo tempo que adiamos o pagamento de impostos desnecessários.
  1. Obrigações
As obrigações proporcionam uma viagem ao longo do percurso de investidor um pouco mais suave. Pessoalmente, dada a minha idade, não creio que tenha muito interesse para mim. No entanto, para investidores mais conservadores, BND e AGGG-fund?switchLocale=y&siteEntryPassthrough=true) são as única sigla que precisam de conhecer neste sub-universo.
  1. Dinheiro
Um fundo de emergência é algo que devemos sempre ter. Ninguém sabe o que acontecerá no dia de amanhã e enquanto investidores de longo-prazo não queremos ter de liquidar os nossos activos devido a uma emergência. Por isso, três a seis meses de despesas fixas é um bom objectivo para se ter em dinheiro numa conta a ordem ou conta poupança que possa ser movimentada sem incorrer em custos.
Lição 2: Todos os portfolio managers acreditam que conseguem bater o mercado. Por sua vez, nós, investidores, acreditamos que conseguimos escolher aqueles que o fazem. Estamos todos enganados.
Imaginem uma sala cheia de crânios financeiros, vestidos nos seus fatos com tecidos italianos. Estes profissionais contam com anos de experiência nos mercados de capitais, para não falar das décadas passadas a estudar em grandes Business Schools.
Para além disso, têm à sua disposição inúmeras ferramentas da Bloomberg, Reuters e outros grandes players que lhes permitem ter acesso a toda a informação, constantemente actualizada, a qualquer instante.
Apesar de trabalharem noite e dia, estes guerreiros também descansam para um ocasional café, cigarro e almoço de negócios. Nesses raros e curtos momentos, encontram-se com outros analistas, experts, insiders das empresas nas quais investem e outra panóplia de gente importante.
Ao conviverem tão próximos com a realidade na qual investem, de certeza que eles sabem o que andam a fazer, certo?
Ahhhhh...think again.
Está comprovado impericamente (clicar irá fazer o download de um pdf) que os vários fundos de investimento não são capazes de dar rendibilidade superior ao seus investidores, quando comparado com o mercado.
Num horizonte temporal de 5 anos, 84,15% dos fundos de investimento tiveram uma performance pior do que o S&P500.
Logo, para terem um retorno superior ao mercado, vocês teriam de escolher o melhor fundo de investimentos possível, de um conjunto de 10! Como se isso não bastasse - e supondo que escolhiam o fundo vencedor -, ser-vos-ia cobra entre 1 a 2% em comissões. Não é muito? Para ilustrar a diferença que isto pode fazer, sigam o meu raciocínio:
Suponham que investiram 10.000€ há 30 anos num dado activo. A rentabilidade média desse mesmo activo foi de 7%, já tida a inflação em conta. Se tivessem investido vocês mesmos esse valor num index fund, teriam aproximadamente 66.000€. Por sua vez, se tivessem escolhido o fundo vencedor teriam apenas 43.000€. Uma diferença de 23.000€ tendo por base apenas 2%. Funny, right?
(aqui estou a supor que o fundo vencedor vos proporcionava apenas a mesma rentabilidade dada pelo mercado, mas dado que assumi, de 10 fundos de investimento, vocês escolhiam o único cuja rentabilidade não era pior que a do mercado, parece-me justo para balançar o cenário)
Este exemplo introduz-nos à próxima lição.
Lição 3: Controlem o que conseguem controlar
Esta conversa é toda muito bonita, mas o que raio é essa coisa da Vanguard e porque é que todos os EFTs que sugeres são geridos por eles? Afinal, também és um vendedor?!
Bom ponto, tens estado atento!
Um mercado de capitais é um sítio feio, se não soubermos gerir as emoções provavelmente perderemos muito dinheiro - mais sobre isto numa edição futura do post. A verdade é que os nossos investimentos irão desvalorizar e valorizar várias vezes ao longo do tempo. Como tal, uns anos serão positivos e outros nem tanto. Isto para dizer algo que ninguém gosta de ouvir: não podemos controlar o retorno que o mercado nos dá. Felizmente, há algo que nos cabe a nós controlar: o custo do nosso investimento.
Uma vez que o lucro do nosso investimento será nada mais do que retorno - custo, minimizando o custo estamos a optimizar esta equação.
É aqui que entra a Vanguard, fundada por um grande senhor, John Bogle, em 1975.
O que a torna tão especial é que, no momento da sua fundação, John Bogle estruturou-a de forma a que fosse customer-owned e cujo objetivo fosse o breakeven (i.e., não é suposto ter lucro, mas sim apenas ser capaz de fazer face às suas despesas).
Para compreenderem a diferença, uma empresa de investimento pode ter duas formas:
  1. É uma empresa privada. Funciona da mesma forma que um negócio familiar e o objectivo é gerar valor para os donos - a Fidelity Investments é um exemplo;
  2. É uma empresa cotada em bolsa, detida por accionistas.
Em qualquer um destes casos, o objectivo da empresa é gerar lucro. Apenas deste modo serão capazes de pagar as suas despesas e remunerar os seus donos, sejam eles privados ou accionistas. Não é difícil perceber que quanto maior for o lucro, maior será a fatia dada a cada um destes agentes. Logo, há todo um incentivo para a maximizar tanto quanto possível. E imaginem de quem virá essa fatia...nós, investidores, claro!
Por outras palavras, quando investimos com uma destas empresas, estamos a pagar pelo investimento financeiro propriamente dito e mais alguns pózinhos para os seus donos/accionistas.
Logo, é claro que há aqui um conflito de interesses - o mesmo se passa com portfolio managers, mas isso fica para uma outra versão do post. O dono de uma empresa de investimento quer que os fees sejam tão altos quanto possível. Eu, enquanto investidor, quero pagar o mínimo.
Ainda que este modelo de negócio seja perfeitamente digno. Nós, investidores, temos uma solução melhor! Acontece que John Bogle quando fundou a Vanguard, fê-lo de modo a que a mesma fosse detida pelos fundos que esta opera. Ora, uma vez que são os investidores que detêm os fundos, na práctica, os investidores detêm a própria Vanguard.
Logo, qualquer lucro que a empresa tivesse entraria directamente para a nossa carteira. No entanto, dado que este circulo Investidor - Vnaguard Mutual Funds - Vanguard - Investidor seria um pouco non-sense, a Vanguard opera no breakeven, cobrando os custos mínimos para garantir a sua operação.
No que é isto se traduz, na práctica? No facto de que o expense ratio (ou seja, a taxa de encargos correntes) média dos fundos da Vanguard seja 0.2% contra 1,20% da indústria. Pode não parecer muito, mas considerando este valor sobre vários anos e sobre um capital considerável, dá uns bons mlhares de euros poupados no final de uma vida de investidor.
Lição 4: Fazer para crer
Dito isto, como é que se compra essas coisas estranhas, ETFs? Para o fazer, precisam de uma correctora ou broker. Cada correctora practica o seu próprio preço. Por isso, é importante compararem-nos antes de abrirem conta numa delas. Deixo-vos aqui e aqui e aqui imagens de tabelas comparativas das várias correctoras a operar em Portugal (obrigado, Bárbara Barroso). Para além dos custos de aquisição de títulos, algumas delas cobram ainda custos de manuntenção e/ou outros.
Muitas destas correctoras permitem criar contas demo. Caso estejam indecisos. criem uma e experimentem a plataforma de negociação.
Feito este passo, é uma questão de acederem à dita plataforma, procurar os títulos indicados acima e adquiri-los.
Frequently Asked Questions
Os mercados estão em máximos históricos. Por isso, uma recessão está para breve. Será que devo esperar que a dita recessão chegue e que os mercados acalmem?
Ninguém sabe ao certo quando - e sequer se - estaremos perante uma recessão. A pesquisa feita em torno dos retornos históricos demonstra que se tiveres X€ para investir, a melhor solução é colocá-los de uma só vez no mercado.
Mas ainda ontem ouvi o Miguel Sousa Tavares a dizer que estaria para breve!
Não.
Ah, mas a minha tia, que é economista, disse no jantar de Natal que a guerra comercial da China e dos EUA...
Não.
Ah, mas o meu piriquito...
Não.
Ninguém consegue fazer timing ao mercado e quem vos disser o contrário está a tentar enganar-vos. No caso de serem vocês próprios, sentem-se à espera que a vontade passe, 99.9% das vezes estarão enganados.
Devo investir com a Degiro?
Antes de usarem a DeGiro como vossa correctora leiam este thread e pesquisem Amsterdamtrader Degiro no Google.
Com este tópico pretendo apenas informar-vos. Como tal, ainda que vos possa partilhar convosco como giro os meus investimentos, tento ser o mais imparcial possível. No entanto, sou defensor que devemos fazer escolhas conscientes. Não digo que não seja uma boa opção, estejam apenas consciente do que se passa no background.
Qual é a correctora que usas, u/ORoxo**?**
Comecei por usar o Banco Invest porque me dava uma segurança adicional fazê-lo através de um banco no qual confio. No entanto, os custos eram demasiado elevados e agora faço-o pela DeGiro, apesar do indiquei no ponto imediatamente acima. O importante é termos consciência dos riscos, lembrem-se.
O que acontece se a correctora que uso for à falência?
Regra geral, as correctoras mantêm os nossos activos numa entidade legal separada. Na práctica, isto significa que a correctora teria uma entidades para o negócio de corretagem propriamente dito através da qual realiza todas as actividades inerentes à operação (i.e., pagar os salários dos empregados, receber os fees dos clientes, etc, etc) e outra entidade à qual os nossos activos estariam alocados (dinheiro que temos em conta e os nossos produtos financeiros). A vantagem deste tipo de estrutura é que, em caso de falência do negócio, os ativos dos investidores não poderiam ser usados para pagar aos credores da correctora.
Não vos posso dizer se na práctica é 100% assim mas, pelo menos em teoria, isto acontece (ver e ver). Usando a DeGiro como exemplo:
DEGIRO holds Financial Instruments for you in such a way that they cannot be accessed by creditors of DEGIRO, even if DEGIRO would be bankrupt.
Ainda assim, supondo que a DeGiro ia à falência, dado que está sediada na Holanda, estaria ao abrigo do Investor Compensation Scheme que fará face às obrigações da correctora até um limite de 20k€ por investidor.
Para vos dar outro exemplo, caso investissem através da Interactive Brokers, o limite seria 500k€, uma vez que estariamos ao abrigo da SIPC (Securities Investor Protection Corporation).
Estes valores/regras dependerão do país no qual a correctora está sediada. Caso queiram optar por outra, as preocupações deverão rondar as seguintes questões:
Qual é a rentabilidade anual que posso esperar do meu portfólio, se seguir as estratégias deste post?
Tendo em consideração os dados do último século, o retorno médio anual do mercado de capitais foi de 10%. Na práctica, isto quer dizer que se adquirires um ETF cujo benchmark seja o S&P500 ou um índice global (muitas vezes os ETF deste tipo têm WLR ou World no nome), no longo prazo (20+ anos), podes esperar um retorno anual de 10% nos teus investimentos. Atenta, por favor, que isto não quer dizer que terás todos os anos 10% - poderão haver anos que ganhas 30% e noutros perdes 15%, por exemplo. Ainda assim, no longo-prazo, em média, poderás esperar um retorno de 10%/ano.
O importante é que não faças o que a maior parte das pessoas faz: vender quando o mercado está a cair e comprar quanto o mercado está em alta. O nosso objectivo enquanto investidores de longo prazo deve ser comprar sempre o mesmo em valor absoluto (supõe que defines como objetivo uma taxa de poupança de 30%/mês; deverás investir sempre esses 30% quer o ETF custe 10€ ou 80€). Uns anos essa poupança de 30% comprará mais unidades do dito ETF, outras menos. Ainda assim, no final da nossa vida de investidor, poderemos esperar um retorno de 10%/ano, em média.
Para aqueles que são conservadores, usem 6% como referência.
O ETF xpto é uma boa alternativa aos que mencionas no teu post?
Quando consideramos investir num ETF há algumas questões que devemos colocar:
  1. Qual é o activo subjacente ao ETF?
  2. Qual o custo de gestão do ETF?
  3. O ETF é cumulativo ou distribuí dividendos?
  4. Em que praça é cotado?
  5. Em que moeda está denominado o ETF?
Em primeiro lugar, importa perceber qual é o activo que está subjacente ao ETF.
Em segundo lugar, importa analisar os custos.
Eu posso pensar "epah estar exposto ao mundo todo é melhor do que estar apenas exposto ao mercado dos EUA." Certíssimo. No entanto, o retorno que irei ter ao estar exposto a empresas de diferentes geografias vai compensar a diferença de custos de gestão anuais que terei de pagar? Para além disso, supondo que estou a investir em empresas do S&P500, a maior parte delas operam em vários mercados. Será que faz sentido optar por um ETF que diversifica ainda mais, incorrendo em custos superiores, quando as grandes empresas são, hoje em dia, na sua grande maioria, globais?".
O ponto 3, ainda para mais em Portugal, é fulcral. Cada vez que te forem pagos dividendos, pagarás 28% de imposto. Logo, supondo que recebes 1.000€ de dividendos, só receberás à cabeça 720€. Num ano, pode não parecer muito, capitaliza isto pela tua vida de investidor, no meu caso 50 ou 60€ e tens uma valente fortuna paga ao Estado, sem motivo para isso.
Qual é então a solução? Fácil! Investir num ETF que invés de te dar os 1.000€ todos os anos, os investe automaticamente no ETF. Não só poupaste 28% em imposto como o poder do juro composto vai multiplicar este valor inúmeras vezes. Lembra-te, sempre que possível, accumulating.
O próximo ponto também é essencial uma vez que se o EFT for cotado nos EUA não está sequer acessível para nós. Infelizmente, as normas europeias exigem que os issuers forneçam uma série de informação, sem a qual os ETF não poderão ser transacionados em bolsa Europeias. Consequentemente, não são sequer solução para nós porque simplesmente não estão disponíveis.
Por último, há pessoas que consideram que seja bastante importante a moeda na qual o ETF está cotado devido ao currency risk (i.e., supõe que tens um activo em USD e gastas o teu dinheiro em EUR. O risco é que o USD desvalorize face ao EUR e que, consequentemente, percas poder de compra).
Pessoalmente, não é algo que me faça perder o sono, mas é uma questão a considerar.
O que acontecerá às minhas poupanças daqui a 20 anos se conseguir investir mais 50€/mês?
De acordo com esta calculadora, daqui a 20 anos terás mais 36.199,34€ ou 22.782,29€, consoante a tua perspectiva face à taxa de juro seja optimista ou pessimista, respectivamente.
Quero aprender mais sobre o tópico. O que me aconselhas?
Infelizmente, muito do conteúdo que existe está extremamente vocacionado para o mercado Norte-americano, em particular os EUA - surprise, surprise, han?
De qualquer modo, existem muitas (e boas!) lições que podemos adaptar à nossa realidade. Por isso, caso se sintam à vontade a ler inglês aconselho os seguintes livros:
Creio que para a maior parte deles poderão encontrar a versão em PT. No entanto, caso considerem que há interesse posso fazer um breve resumo de cada um deles e incluí-lo no âmbito do thread.
Para aqueles cujas versões de inglês forem suficientes, mas cujo valor dos livros faça diferença no orçamento familiar, mandem-me dm.
Tenho mais de 100.000€ disponível para investir, devo seguir o mesmo processo?
Não.
Nesse caso, por favor, abre uma garrafa de champanhe. Para além de estares entre os 20% mais ricos de Portugal e dinheiro não ser uma preocupação para ti, podes investir directamente com a Vanguard.
Para o fazeres, envia um e-mail para [email protected] com a indicação de que pretendes investir no index fund cujo ISIN é IE0002639668. Infelizmente, a partir daqui não te consigo ajudar mais, uma vez que ainda não estou neste patamar. Contudo, para questões particulares, estou sempre disponível por dm, se necessitares.
Caso pretendas consultar os restantes fundos disponíveis para investidores portugueses podes fazê-lo aqui.
Creio que já deu para entender que adoro este temas. Por isso, caso tenham alguma questão, estejam completamente à vontade para a colocar nos comentários ou enviar-me dm. Terei todo o gosto em ajudar cada um de vocês em tudo o que me for possível.
Como qualquer pessoa, sou humano e, como tal, não sei tudo. Ainda assim, se for esse o caso, estou disponível para ir aprender de modo a ser capaz de vos explicar e partilhar convosco.
Provavelmente editarei este tópico várias vezes à medida que me for lembrando de mais informação. Até lá, espero que vos seja útil!
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Dúvidas de renda Fixa - 7 perguntas para colocar a mão na massa

Eu ia fazer um post novo linkando com este mas vou postar aqui mesmo já que fica é bom ter análise prévia das coisas. Tinha lido tudo mas como sempre lurko mais que qualquer coisa eu não respondi. Foi mal !
Tirei uns prints das diferenças entre Letras de crédito na corretora e no Banco do Brasil à noite, em 18/10/18, e comprovei a diferença que o colega [u/ltb-rec](https://www.reddit.com/useltb-rec) falou (se um mod achar legal, seria interessante até botar essa comparação em um post informativo).
[Corretora Easynvest](https://imgur.com/a/wXOQpKR)
[Banco do Brasil](https://imgur.com/a/6zstcyM)


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Passo a passo de investimentos

Então você conseguiu um emprego, e agora quer começar a investir?
Primeiramente, parabéns! Pelo emprego, e pela consciência que é importante poupar para o futuro. Agora vamos ao que interessa, o que você deveria fazer?
0) Definir objetivos: antes de mais nada, é importante que você tenha consciência do que quer da sua vida financeira. Quer poupar para comprar uma casa? Quer juntar para viajar no final do ano? Quer ter uma renda extra para ficar menos dependente do trabalho? Ou, melhor ainda, quer conseguir se aposentar sem ter que depender do governo/previdência privada? A resposta para a pergunta “o que eu quero?” vai guiar seus investimentos, inclusive seu perfil de risco, necessidade de liquidez e produtos recomendados
1) Montar um Fundo de emergência: um fundo de emergência é um valor deixado em aplicações mais líquidas (poupança, ou CDB com liquidez diária), para se proteger de imprevistos – por exemplo, gastos médicos, reparos no carro, uma necessidade de viagem repentina, etc. Esse fundo também é um “colchão de liquidez”, caso você precise de dinheiro (por exemplo, caso você perca o emprego), você pode usar o dinheiro que está aqui ao invés de sacar dos seus investimentos
-Quanto dinheiro devo deixar no meu fundo de emergência? Isso depende de você, mas normalmente 3-6 meses de gastos é o recomendável. Algumas pessoas preferem pensar em termos de ganhos, eu por exemplo deixo 3 meses de salário no meu fundo de emergência.
2) Pagar suas dívidas: dever dinheiro é ruim. Dever dinheiro no Brasil, que tem juros altíssimos, é pior ainda. Se você tem dívidas de cartão de crédito ou cheque especial, pague isso o mais rápido possível, pois são juros completamente abusivos. Dívidas como empréstimos pessoais e financiamentos podem ser benéficas, dependendo da taxa de juros, mas nunca deixe atrasar – pague as parcelas em dia, e adiante parcelas se achar que vale a pena
3) Abra uma conta numa corretora: não vale a pena investir através de banco. Corretoras tem mais variedade de produto, e taxas mais atrativas. As mais recomendadas são Rico, XP e Easynvest, mas faça uma pesquisa por conta própria para ver qual te agrada mais.
4) Comece a investir em produtos simples e seguros: Enquanto você tem pouco dinheiro investido (e pouco conhecimento), vale mais a pena investir em produtos de renda fixa – esses investimentos são mais seguros porque, a não ser em um colapso total da economia, seu dinheiro inicial está protegido. Os principais são:
-Tesouro direto: Emprestar dinheiro para o Governo. Tem liquidez (você pode resgatar antes do final do prazo), e é tributado de forma regressiva – quanto mais tempo você deixar seu dinheiro lá, menos imposto paga, o ideal é deixar pelo menos dois anos. Dependendo do papel, pode pagar juros semestrais, ou só ir acumulando pra ser resgatado no final. Pode ser pré-fixado (paga um percentual fixo, não importa o que aconteça), atrelado à inflação, ou atrelado a SELIC
-CDB: Emprestar dinheiro pra banco. Normalmente paga um percentual do CDI, mas também existem alguns papéis atrelados à inflação, ou com taxa pré-fixada. Pode ou não ter liquidez, e é tributado de forma regressiva – vale a pena deixar o dinheiro lá por pelo menos dois anos.
-LCI/LCA: Emprestar dinheiro para alguém que trabalha com imóveis (LCI) ou agropecuária (LCA). Normalmente pagam um percentual do CDI, e são livres de imposto. Ótimos produtos caso você queira o dinheiro em menos de dois anos, e podem ser bons também para prazos maiores.
5) Estude: procure sites, livros, amigos, etc., que possam te ajudar a entender mais de investimentos, para que você se sinta confiante em avançar para o passo 6. NUNCA INVISTA NO QUE VOCÊ NÃO ENTENDE, é uma garantia de se perder dinheiro.
6) Renda variável: fundos, ETFs, câmbio, ações, opções... são investimentos mais arriscados, onde é possível perder parte do dinheiro inicial investido (e em alguns casos, como opções, você pode até sair devendo mais dinheiro do que colocou). Sempre que for colocar dinheiro aqui, pense bem sobre seus objetivos, e sobre sua tolerância ao risco – é fácil olhar só para a promessa de retornos maiores, sem pensar que você pode perder muito dinheiro aqui.
7) Outros investimentos: investir em imóveis (para revender ou para alugar), franquias, start-ups, cryptocurrency... investimentos fora dos que são negociados em bolsa podem ser muito atrativos, mas aqui vale ainda mais o passo 5: ESTUDE antes de sair investindo, e tenha certeza de só colocar aqui dinheiro que você pode perder sem se comprometer
8) Aproveite: Tudo deu certo e você agora tem vários investimentos, te proporcionando uma renda passiva que complementa (ou até supera) seu salário? Meus parabéns, você conseguiu o sonho de muita gente de virar independente financeiramente. Continue gerenciando seus investimentos para manter (ou aumentar) seu retorno, e vá aproveitar a vida sem se preocupar em perder o emprego ou ter uma emergência, sabendo que você construiu pra si mesmo uma sólida rede de segurança financeira.
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Com captações bilionárias e juro baixo, setor imobiliário inicia expansão - Por Agência Estado

Com captações bilionárias e juro baixo, setor imobiliário inicia expansão - Por Agência Estado
O ânimo do setor é uma boa notícia para a economia como um todo, segundo especialistas; investidores voltam a cogitar renda via aluguel
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O mercado imobiliário pode estar perto de uma retomada vigorosa. De julho para cá, seis construtoras e incorporadoras captaram R$ 3,8 bilhões em novas ofertas de ações para colocar o pé no acelerador em seus projetos residenciais e comerciais. Com a queda dos juros – a taxa Selic atingiu 5% ao ano na última semana – e o maior interesse de investidores no setor, a expectativa é de que as captações possam dobrar nos próximos meses, já que outros grupos se preparam para ir à Bolsa.
O ânimo do setor é uma boa notícia para a economia como um todo. “Tradicionalmente, esse segmento antecipa o cenário de crescimento econômico. Há expectativa de recuperação do PIB, a expansão deve ser menos intensa, mas sustentável no longo prazo”, diz Alessandro Farkuh, responsável pela área de banco de investimento do Bradesco BBI, que coordenou boa parte das operações das construtoras na Bolsa.
Com esses recursos, as construtoras pretendem abrir novos canteiros de obras, sobretudo em São Paulo. E isso já se reflete em outros setores da indústria. “Começamos a sentir nas últimas semanas maior demanda por aço vinda do setor imobiliário”, disse Gustavo Werneck, presidente da Gerdau. O mesmo movimento deve acontecer com o cimento e outras matérias-primas.
Quem se movimenta pela capital paulista percebe que guindastes voltaram a fazer parte do cenário. Dados do Secovi-SP, obtidos pelo Estado, mostram que, de janeiro a setembro, foram comercializadas 30,5 mil unidades residenciais só na capital, número 70% maior do que o do mesmo período do ano passado. “Isso é mais do que as 29,9 mil vendidas em 2018 inteiro”, diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. Só em setembro foram comercializados 4.055 imóveis – a maior marca para o mês e cerca de 50% acima da média histórica.
A retomada do setor, que usa mão de obra intensiva, poderá ser um alento para um indicador que se recusa a apresentar melhora significativa nos últimos anos: o desemprego. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) da semana passada mostraram que a taxa ainda é de 11,8% no País, com 12,5 milhões de pessoas sem trabalho. Dos empregos gerados, a maioria é de vagas informais.
Concentração
As obras, contudo, ainda estão concentradas em edifícios residenciais e comerciais de médio e alto padrão, diz Ana Maria Castelo, analista da FGV/Ibre. “Não vejo um boom generalizado como em 2007, quando muitas companhias foram à Bolsa. A recuperação mais robusta da construção civil virá com a retomada das obras de infraestrutura.”
Diversas fontes de mercado ponderaram ao Estado que a expansão do setor imobiliário ainda se resume a São Paulo, cujo mercado se descolou do resto do País. De olho nessa oportunidade, a MPD Engenharia, líder em apartamentos de alto padrão em Alphaville, vai investir até R$ 2 bilhões em empreendimentos nos próximos três anos. Segundo o presidente da empresa, Mauro Dottori, entre 70% e 80% dos recursos serão direcionados para a capital paulista. “São Paulo tem maior dinamismo e retoma primeiro do que outros mercados.”
Além das ofertas subsequentes em Bolsa, que são uma importante fonte de financiamento para construtoras, os proprietários de edifícios têm sido assediados por fundos de investimento imobiliário de bancos. Para garantir retorno a seus cotistas, as instituições financeiras estão comprando edifícios corporativos “maduros”, que já estão alugados para empresas.
A Tishman Speyer, que desenvolve prédios residenciais e corporativos, vendeu por R$ 1,2 bilhão a torre que abriga a sede corporativa do BB, em Brasília, a um desses fundos. A empresa já tem R$ 1 bilhão captado para investimento adicional no mercado brasileiro. “Além desse dinheiro captado, está mais fácil conseguir crédito nos bancos para viabilizar projetos”, afirma Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer no Brasil.
Investidores locais apostam na retomada do setor de construção
Com a taxa de juros na mínima histórica, a busca tanto por imóveis quanto por fundos imobiliários tende a crescer entre investidores dos mais diversos portes. As captações feitas por grandes construtoras – como Tecnisa, Eztec, Trisul, Cyrela Commercial Properties, Helbor e LogCP – revelam um novo fenômeno no País: o maior interesse de investidores locais por ações dessas companhias na Bolsa.
“Vimos um movimento de investidores locais nas captações deste ano em um ambiente que antes atraía majoritariamente os estrangeiros. Também observamos maior fluxo de gestoras mais especializadas em determinados segmentos, como shoppings e logística. Isso indica um nível importante de maturação do setor”, diz Alessandro Farkuh, responsável pela área de banco de investimento do Bradesco BBI.
O aquecimento da demanda imobiliária começou nos prédios residenciais de alto padrão, mas já “contaminou” outros segmentos. Galpões próximos à região metropolitana de São Paulo viraram alvo de grandes varejistas, que estão expandindo seus centros de distribuição, afirmou fonte de uma grande incorporadora. Escritórios também estão sendo erguidos nos poucos espaços ainda livres da região da Faria Lima, centro financeiro de São Paulo, e outros corredores, como as proximidades da Marginal Pinheiros, também devem ganhar novos arranha-céus.
As entregas de edifícios corporativos devem se multiplicar por oito no ano que vem, segundo a consultoria JLL, que acompanha o setor, atingindo 200 mil metros quadrados em novas ofertas.
Vacância
A consultoria pondera, porém, que a recuperação ainda está mais concentrada em São Paulo, onde a taxa de vacância de escritórios já começou a cair após um longo período de alta, atingindo 22,3% no terceiro trimestre de 2019. No Rio, porém, esse movimento ainda não está claro – e 43% dos espaços corporativos ainda estão vazios.
A tendência para 2020 em São Paulo, de acordo com Paulo Casoni, diretor da JLL, é de queda da vacância, apesar da entrega de novos escritórios. Em alguns bairros mais disputados, como a Avenida Faria Lima, o porcentual de espaços vazios é de 8%. Isso já faz companhias negociarem antecipadamente a ocupação de prédios em construção. Foi o que fez a Dupont, em acordo com a Tishman Speyer.
Diante desse cenário, empresas que se dedicam ao segmento se preparam para uma retomada das obras. Na semana passada, apenas a Cyrela Commercial Properties (CCP), do empresário Elie Horn, levantou R$ 874 milhões para investir em escritórios de alto padrão. BR Properties e JHSF contrataram bancos para fazer captações. Outros sete grupos estão indo pelo mesmo caminho e devem usar a Bolsa para turbinar sua capitalização para o período de expansão.
Maior imobiliária do País, a Lopes também vai à Bolsa para levantar cerca de R$ 150 milhões. A companhia vai usar parte desses recursos para acelerar a transformação digital do seu negócio. “Não queremos reinventar a roda. O processo de compra e venda de imóveis não vai deixar de ser físico. Mas podemos melhorar a plataforma para os nossos 9 mil corretores e para os clientes”, diz Matheus Fabricio, diretor executivo da Lopes. Neste ano, a companhia inaugurou a Lopes Labs, que já reúne uma equipe de 70 pessoas, para pensar o futuro da empresa.
Construtoras reduzem tempo de obra
Com a ajuda de novas tecnologias e do aumento de crédito para o setor, construtoras têm conseguido reduzir em até oito meses o tempo de obra para erguer edifícios. A intenção é aproveitar o bom momento do setor para atrair, especialmente, investidores que desistiram de aplicar dinheiro em renda fixa por causa do ganho menor.
A sinalização do Banco Central de que deve haver nova redução nos juros ainda este ano reforça o interesse pelos imóveis e a corrida do setor para poupar tempo. Até 2014, os prazos oscilavam entre 24 e 30 meses. “Hoje, estão mais para 16 ou 18 meses do que para 24”, diz Odair Senra, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil em São Paulo.
Na sua avaliação, a maior oferta de crédito está permitindo concluir edifícios num tempo menor. Com mais recursos disponíveis, construtoras dependem menos da receita de vendas e podem acelerar a produção. Com isso, terminam o empreendimento mais cedo, acertam as contas com quem emprestou o dinheiro, embolsam o lucro e partem para a construção de outro empreendimento.
“O banco quer isso porque fica com um devedor seguro, que dá o imóvel como garantia”, diz Senra. Ele observa que o risco de calote para o banco fica pulverizado, pois são vários devedores, não só a construtora. O banco também ganha potenciais clientes (devedores) para vender outros produtos.
Risco
A construtora Urbic, do empresário Marco Parizotto, por exemplo, tem dois empreendimentos com prazo de execução reduzido. “Achamos que encurtando o ciclo de produção reduziríamos o risco para incorporadora e cliente.”
Mas, na prática, o que se vê é que os projetos mudaram para atender o comprador que pretende ter o imóvel pronto o mais rápido possível para alugar. Um dos empreendimentos da construtora no Ibirapuera (SP) foi lançado em maio e será entregue em 13 meses.
Do prazo total, nove meses serão para erguer o prédio, que vai usar tecnologia de estruturas metálicas para acelerar a construção.
“Já vendemos 60% (dos apartamentos) e 30% dos que compraram são investidores.” São apartamentos na faixa de R$ 900 mil. Outro empreendimento, na Vila Mariana (SP), é de pequenos estúdios na faixa de R$ 250 mil, voltados a investidores.
À vista
“Temos buscado redução de prazo para diminuir os custos do empreendimento e, com isso, obter uma rentabilidade maior”, afirma Vladimir Alves da Silva, diretor financeiro da construtora Tarjab. Ele conta que tem conseguido reduzir em três meses o prazo da obra. Num projeto recente, de apartamentos na faixa de R$ 350 mil lançado em abril, ele conta que percebeu que existe demanda de investidores que não são só pessoas físicas, mas também fundos imobiliários. “Para unidades menores houve compradores que pagaram à vista”, diz, lembrando que esse pode ser um sinal do apetite do investidor pela renda de locação.
De olho nessa demanda, Frederico Altana, diretor-presidente da construtora Altana, conta que negocia parceria com uma empresa francesa para reduzir, a partir de 2021, prazos de construção de três empreendimentos. A locação será gerenciada pela própria empresa.
“A possibilidade de fazer ativos imobiliários para renda foi viabilizada por causa dos juros mais baixos e isso casa com a tecnologia de construir de forma industrial e mais rápida porque, assim, é possível gerar um retorno mais rápido para o capital”, diz.
Desde 2014, a Trisul, que tem capital aberto, vem reduzindo prazos de obra, diz Lucas Araújo, superintendente. Ele explica que as concorrentes perceberam agora que diminuir o ciclo de produção é muito melhor, pois garante o retorno mais rápido, com reconhecimento de receitas. “Todas (as concorrentes) estão precisando disso para ajudar na recuperação financeira.”
A trajetória de queda da taxa básica da economia (Selic), que na semana passada renovou um piso histórico, de 5% ao ano, tem levado os investidores a enxergar na compra de imóvel para locação um negócio mais rentável. Além da renda do aluguel, podem embolsar a valorização dos imóveis, que ainda estão com preços defasados.
Aplicação em imóveis exige cuidado, dizem consultores
A renda obtida com aluguéis de imóveis comprados por pessoas físicas ou com a aquisição de cotas de fundos imobiliários passou a ser, nos últimos meses, alvo de interesse dos investidores com perfil conservador.
Até pouco tempo atrás, esse investidor conservador aplicava suas economias em renda fixa. Mas com a queda na taxa básica de juros, a Selic, que baliza essas aplicações e hoje está em 5% ao ano, a menor marca da história, o cenário mudou. E esse investidor conservador tem de buscar outras alternativas para ganhar dinheiro.
Nas contas do gestor de investimentos, Mauro Halfeld, no cenário atual uma aplicação de renda fixa de baixo risco deve render, depois de descontado o Imposto de Renda (IR), cerca de 4% ao ano, dependendo das taxas cobradas pelos fundos de investimentos, corretoras e bancos. “Levando-se em conta que a inflação costuma voltar no Brasil, o brilho da renda fixa acabou”, diz Halfeld.
Já os fundos imobiliários diversificados devem proporcionar ganhos perto de 5% ao ano acima da inflação, calcula ele. E imóveis residenciais pequenos alugados devem gerar renda real de 6% ao ano. Esse rendimento, observa o administrador de investimentos, Fabio Colombo, não leva em conta a valorização do próprio imóvel. Depois de três anos de vacas magras, neste momento, os preços dos aluguéis ainda estão defasados, lembra o administrador.
Apesar de os números indicarem que a renda obtida com a locação direta de imóveis e com fundos imobiliários ser maior do que a proporcionada por aplicações em renda fixa, consultores dizem que o investidor deve ficar atento a alguns detalhes.
No caso dos fundos imobiliários, Colombo ressalta que o investidor tem de levar em consideração o preço da cota. Com a forte demanda por fundos imobiliários, o valor da cota deve subir, o que pode reduzir a rentabilidade. Além disso, quando o investidor compra uma cota de um fundo imobiliário, ele não sabe exatamente em qual projeto o seu dinheiro está sendo aplicado. “No longo prazo, há empreendimentos muito grandes que podem se depreciar e isso é um risco”, alerta.
Quanto à compra de imóvel para locação direta, Colombo lembra que o rendimento líquido pode variar, dependendo de como é pago o IR. Isto é, como pessoa física ou jurídica.
Texto via: Agência Estado

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