Os 6 Principais Tipos De Voz! (CLASSIFICAÇÃO VOCAL)

como saber o meu tipo de voz

como saber o meu tipo de voz - win

Aspirar a casa é crime aparentemente

Apesar de não ser um membro que frequente diariamente o reddit decidi expor a minha situação, das duas uma: ou fico a sentir-me melhor ou descubro que sou eu que sou o problema.
Sou estudante universitário, tenho um trabalho part-time que se baseia a manhãs das 9 as 13 ou noites das 19 às 23, vivo num t2+1 com dois colegas da universidade, vai fazer 3 anos desde que vim para esta casa.
Tl;DR : O vizinho de baixo fazia barulho dias inteiros estivemos 2 anos e nunca tivemos problemas nem interações com o mesmo, até que um dia lhe dissemos se ele podia baixar porque vamos ter exames. Depois disso veio uma vez tentar agredir-nos em casa e chama a polícia por nos ouvir a lavar a louça. Agora ameaça tribunal porque no nosso senhorio não nos mete fora de casa.
O prédio em si tem um mix de famílias que já vivem cá há muito tempo, tal como apartamentos de estudantes. Não diria que o prédio é calmo, no entanto tirando algumas quintas feiras académicas (raramente) não há barulho e as pessoas são geralmente respeitadoras. Aqui em casa, tenho a dizer que somos, dois de engenharia amigos de longa data, numa universidade cujo forte é engenharia, portanto para além de estudar não há muito mais tempo para romarias. Claro que de tempos em tempos temos 1 ou 2 amigos que lá vão a casa para aquelas conversas que começam a dar para tarde e para uma sessão de jogos. O 3 quarto esteve ocupado com um rapaz de línguas que já ca estava antes de nós entrarmos e ele raramente cá estava pois dormia mais em casa da namorada, este ano mudamos de colega, mas devido a pandemia ele só tinha dois dias de aulas presenciais, portanto muito poucas vezes cá passava tempo em casa. Não havia festas, a mesa da cozinha mal cabemos 4 pessoas quanto mais uma festa, não há sala e os quartos também não são muito avantajados. Passamos 90% do tempo nos nossos quartos e as vezes até passamos semanas inteiras quase sem nos "ver". Usamos os dois headphones para ouvir música, temos cadeiras de secretaria (com rodinhas) com tapetes por baixo das mesmas, andamos quase sempre de chinelos da serra em casa....
O vizinho em questão era uma pessoa que não mostrava minimamente um gesto de simpatia, por volta dos seus 45 anos nunca segurava a porta a ninguém, nunca dizia bom dia mesmo fechado no mesmo elevador com 1,5m^2. Pessoa muito apática e com "cara de poucos amigos" como se costuma dizer. Sempre mostrou uma falta de respeito perante os outros e sempre mostrou que não sabia o que é viver num prédio. Estou a falar do facto que ele tinha música sem parar desde as 8 da manhã até às 12, hora a qual se ausentava para almoçar (presumo eu) e seguidamente continuava o chinfrinar incessante de melodias pela tarde fora até à hora de jantar, (presumo que as refeições sejam sagradas para o homem), no entanto não acaba aqui... De seguida eram filmes até as 3 da manhã, muitas vezes acredito que tenha ficado adormecido a meio e lá fica a televisão ligada a noite inteira. Não sei se é o facto de o prédio ser velho mas eu conseguia identificar os filmes que estavam a passar e muitas vezes vozes de atores tal era o volume. No primeiro ano que eu estive nesta casa eu era um bocado alheio a toda esta rotina, pois eu dormia no quarto das traseiras que fica mais afastado e é uma área que o vizinho não frequentava. No entanto o volume da música era tão alto que muitas vezes acordei com o chão a tremer mesmo estando nesse quarto. No ano passado mudei de quarto e aí é que eu comecei a ouvir tudo isto. Agora durante a pandemia nunca o vi meter uma máscara, tem no vidro do carro uma só para dizer que sim. Consegue ir a pastelaria da frente sem máscara e ng lhe diz nada, faz inversão de marcha no meio da estrada como se fosse tudo dele e confinamento para aquele homem nunca existiu. Eu acho que ele não tem emprego, visto que esta sempre em casa, a rotina baseia-se em acordar as 7 ou 11 da manha, depois ir dar um passeio pela manhã com uns sacos de compras, que nunca percebi onde ele vai, depois vem passa na pastelaria, sem máscara, cumprimenta umas velhas e algumas vezes acompanhado, sempre de outros homens, por isso também não me parece ter esposa ou nada parecido, de seguida vai para casa para a sua musica e por vezes a tarde pega no carro e parece ir outra vez para o tal sitio que nunca descobri onde é. Já passei por ele também às vezes à meia noite quando saio do trabalho sozinho na rua. Anda sempre de fato de treino tipo à russo, e sempre com uns óculos de sol dos anos 90 com aquelas lentes castanhas mesmo à atrasado no tempo. Nunca me incomodou para vos ser honesto, venho de uma aldeia, lá era normal ouvir berbequins à 1 da manhã e a autoestrada passa mesmo ao lado de casa e durante muitos anos não teve proteção de som, portanto nunca tive problemas em adormecer. Para não falar que vivo ao lado de um "portista" que tinha umas colunas enormes daquelas de concerto e colocava música as 8 da manhã, ouvia-se pela aldeia inteira e ainda mais além. (peço desculpa a divagação, no entanto isto esta a ajudar a acalmar os nervos)
Nunca me chateou particularmente a rotina do meu vizinho daqui, sim às vezes era incomodativo, mas, que se há de fazer, também está na casa dele e tem o direito de ouvir o que quiser e às horas que quiser pensava eu. Eram os barulhos de janelas a abrir e a fechar às 3 da manhã, as portas sempre com um estrondo, as conversas (tlf??) super altas... Nunca o chamei a atenção, nunca bati no chão em forma de protesto, simplesmente nada. Vivia a minha vida e ele vivia a dele.
Tudo começou na primeira quarentena, meados de março estávamos em confinamento e em aulas à distância. O meu local de trabalho entrou em lay-off portanto passei a quarentena maioritariamente sozinho em casa exceto quando num dos últimos meses o meu colega de casa voltou pois era mais calmo para estudar e fazer testes cá e a net não se compara a net da aldeia. Até que um dia o volume da música do individuo era tão alta que o eu colega ia fazer teste e disse que já estava por os cabelos para se concentrar, foi então pedir ao senhor que colocasse a música mais baixa só durante um tempinho. O meu colega descreve a interação como que ele tivesse levado uma afronta ou uma ofensa "ele olhou muito sério e só respondeu - "E vocês??? Sempre a martelar a noite inteira, martela, martela, martela…" - ao qual o meu colega responde - "Só por uma hora porque eu vou ter teste, depois disso pode ligar a vontade, e pedimos desculpa por alguma coisa, mas vamos ter cuidado, no entanto o volume da sua música é assim todos os dias o dia todo." - "Eu vou baixar, mas vocês parem, mas é de martelar" - O meu colega disse que o viu enfuriado e já bastante nervoso, tão nervoso que eu a usar headphones consegui ouvir o estrondo da porta dele a fechar e a nossa porta estremeceu com a massa de ar. Ele obedeceu ao pedido e no dia a seguir já nem houve música, até brincamos entre os dois que finalmente tínhamos sossego. Se a memória não me falha ele ainda passou uma vez por mim ao qual começou a proferir "sempre a martelar" eu ia mais longe e como ele tem cara de poucos amigos nem dei atenção pois é impossível falar com uma pessoa para a qual não há forma de ter um discurso civilizado. Até que então u(ns) dias a seguir eu tinha saído para ir as compras e não sei se era da minha cabeça ou não, mas ele saiu pouco depois de mim, achei estranho, mas ignorei. Quando estava a voltar das compras vejo-o do outro lado da rua e faz um desvio para mim, cada vez mais acelerado, eu entrei em pânico com a situação e nem sabia o que fazer "O QUE É QUE ANDAS LA SEMPRE A MARTELAR CABRÃO, SEMPRE A MARTELAR, SEMPRE SEMPRE, QUE É?" - "Mas diga-me onde é ou qual é o barulho porque eu não estou a ver o que possa s..." - " SEMPRE A MARTELAR QUE LA ESTAS, O QUE É?" - Ele estava-se a chegar muito próximo de mim, portanto eu decidi afastar-me e ele estava com o punho cerrado, portanto eu comecei a olhar a minha volta de forma a pedir ajuda, com as compras na mão entrei em pânico e comecei a berrar a dizer-lhe que ia chamar a polícia, e que tinha ali testemunhas a volta. Virei-lhe costas e nem dei mais ouvidos, só queria chegar a casa, até que ele me diz "Se te apanho sozinho filho da puta". Até hoje que ainda olho sempre para trás quando saio do prédio. Precisamente no dia a seguir a esta situação eu tive um dia de folga e eram por volta das 5 da tarde que decidi aspirar o quarto. Estava muito bem a aspirar e tinha a porta fechada para não incomodar ng em casa, e estava de headphones a ouvir música enquanto fazia a lida da casa. Até que ouço alguém a bater a minha porta e me deparo com o meu colega de casa a segurar o homem para ele não nos entrar porta adentro, com uma cara furiosa a barafustar e com o discurso do "smp a martelar" berrava e só dizia aquilo, o meu colega lá o conseguiu forçar a sair e fechamos a porta. Ele bateu com tanta força na porta de casa que um bocado de parede saiu, sem exagerar, o meu colega então contou-me que ele apenas lhe abriu a porta e o vizinho começou logo a dizer "que barulheira é esta" e depois mandou um murro no peito do meu colega de modo a afastá-lo para tentar entrar no meu quarto, que é logo ao lado da porta. De seguida ligamos à polícia que teve um serviço fantástico que nos disse que se quiséssemos tínhamos de ir fazer queixa, à esquadra.... (sim eu agora sei que devia ter ligado ao 112) Fomos lá fazer então a queixa, a qual os polícias para além de mostrarem um bocado insensíveis perante o facto de vivermos no mesmo prédio com uma pessoa que nos foi bater, e também com um pensamento de "oh deixem andar". Não quiseram escrever a queixa de ele me abordar na rua porque "oh depois já tem que se fazer outra queixa e é mais um papel e tal, fazemos só esta", e depois fomos informados que o processo poderia seguir diretamente caso nós assim quiséssemos, processo qual depois não poderia ser cancelado, ou então poderíamos deixar aquela queixa e caso mais alguma coisa surgisse podemos então pedir para seguir com o mesmo. E que durante 6 meses basicamente nada acontecia... Com o perigo iminente de uma pessoa que vive tão perto de ti não foi uma coisa nada reconfortante. Nem uma identificação poderiam ir sequer fazer ao homem, nós não sabemos sequer o nome todo dele. Nós não seguimos com a queixa pois não queremos andar em tribunais nem nada assim, também nos com o pensamento que lhe ia passar a telha.
Depois disto passaram-se uns tempos de paz, não havia música, não havia reclamações e os ânimos pareciam mais calmos. O nosso senhorio fartou.se de nos contar as inúmeras vezes que o individuo lhe ligou a dizer que nos estaríamos alegadamente a fazer barulho. Sendo o nosso senhorio também um pouco "atado” ele também não se mostrou particularmente interessado na questão e no inicio ate parecia estar a dar razão ao homem. Tal como também fomos contactados pelo condomínio do prédio que ignorou a questão ao fim de ver a nossa queixa na polícia e deitaram o rabo de fora.
Um dia já por volta das 1 da manhã numa noite quente de verão, já eu e o meu colega estávamos na cama, batem à porta. O meu colega sem pensar nem hesita e até abre a porta, eu de boxers e meias ali logo no quarto depois da porta, os policias então apesar de parecerem "duvidantes" perceberam logo que ali não havia barulho nenhum, eu fui logo buscar a queixa e o guarda entendeu a situação e ate nos perguntou se estava tudo bem, ate que nos começamos a ouvir o homem a subir as escadas furioso por a policia não nos estar a fazer nada, ate que os guardas o mandam para baixo e que não tem nada que estar a subir... Penso que este dia eu aponto para o barulho que eu fiz a jantar. Eu saio do expediente muitas vezes as 23 h e chego a casa as 23:15, não tenho hora de jantar pois ou tenho aulas até as 18 e depois entro no serviço as 19 ou não tive tempo de preparar nada, portanto tinha de comer à hora que chegava qualquer coisa. No entanto não estou a falar de assar um borrego nem nada parecido, apenas barulhos de copos e pratos e micro-ondas, coisas de uma casa normal.
De seguida os maiores confrontos foram as vezes que ele passava por nós na rua, o discurso era sempre o mesmo, até um dia que eu comecei a perder um bocado o medo do homem e lhe levantei a voz para me parar de chatear e perseguir sempre com a mesma conversa. Uma vez estava a comer por volta das 22;30 (o meu trabalho teve redução de horário) e as 23 estava a lavar só uns pratos e ele vem la bater a porta, com o mesmo discurso, notei pelo postigo da porta que ele estava a espera que eu abrisse feito parvo, eu disse-lhe que não lhe abria a porta e que se quisesse podia chamar a polícia, ele apenas berrou "mal-educado fdp".
Tremi que nem varas nesse dia. Muitas vezes passo ca meses sozinho pois trabalho cá e os meus colegas vão para casa dos pais e eu fico ca sozinho, eu tenho medo de estar na minha própria casa, eu tenho medo de fazer comida, eu tenho medo de ir mijar a meio da noite eu tenho medo de fazer comida, tenho medo de limpar, todas os meus projetos são feitos em cima de toalhas e toalha para ver se abafo tudo... Tenho receio do que ele é capaz, tenho medo dos amigos que ele tem, tenho medo de andar na cidade... Tenho medo de que ele me corte os travões da mota ou o crl.
Já me abordou na rua várias vezes depois disso, já se chegou a mim enquanto eu estava a andar de mota e eu fugi com medo dele me empurrar, já o ouvi a falar com várias pessoas la em casa (de tao alto que fala) "aqueles fdp sempre a fazer barulho" (eram umas 6 da manha e eu acordei com a conversa dele). Sou a única pessoa que ele mais interage, ele conhece bem os outros, mas é sempre comigo que implica. Quando estou com a minha namorada e passamos por ele, não me dirige sequer a palavra. Tal como quando estou com os meus colegas. É só a mim, sozinho sempre. Tal como por coincidência grande parte das vezes que a polícia la foi ou ele la foi reclamar eu estava sozinho em casa.
A coisa, entretanto, tem estado mais calma sem nada de grande, até que entramos em confinamento e lá volta a toleira dele. Agora tomou uma nova tática, começa a bater no teto, de tal força que o apartamento treme todo. Depois começou aa fazê-lo por a casa toda, as 8 da manhã só para ver se nos acorda. Repetidamente e muitas vezes durante horas. Vai aos 3 quartos e bate exatamente onde estão a cabeça das camas. Já ligou ao nosso senhorio a reclamar de nos em dias que nos não estamos sequer em casa, já o ouvi bater nos quartos dos meus colegas quando eles não estavam. Começou em dezembro.
Há um mês eu entrava ao serviço às 9 da manha e tinha o despertador para as 8, ui... foi bater no teto bater com uma força que não sei se ele já não tem buracos no teto... eu desci as escadas com medo de ele me encurralar no elevador e tal era o meu nervosismo que até passei na porta dele e lhe disse para ir, mas é trabalhar que aquilo era tempo livre a mais. Voltei depois do trabalho e lá começou outra vez a bater, e eu bati de volta e berrei tal eram os nervos. La parou.
Mais um tempo calmo e nesta última semana tem sido demais. Estive de ferias 1 semana sozinho em casa e nada a apontar, até que o meu colega chega e começamos a ouvir que damos um passo e ele começava a bater, abríamos uma porta e ele batia. Um dia de manhã batemos de volta de tao zangados que estamos, esteve o meu colega e ele a bater no mínimo uns 2 minutos, mesmo á masoquista. Este sábado estava sozinho em casa, o jantar atrasou e acabei por jantar já eram umas 22, depois às 22:30 mais ou menos fui lavar a louça e estendi umas toalhas que tinham acabado de lavar antes das 23 já para não incomodar (apesar de que a máquina esta numa marquise que é "fora" dos apartamentos e muita gente lava a roupa à noite, no entanto eu até respeito nisso). Por volta da meia noite e meia lá estava eu de peúgas na cama e vem mais 2 senhores agentes, estes eram mais apáticos e apenas apontaram o número da minha queixa e viram que não havia barulho e foram embora, ouvi o vizinho a resmungar com eles e eles disseram-lhe que se ele quisesse que fosse para tribunal.
Ora... Hj recebo umas 3 chamadas não atendidas do meu senhorio. O meu senhorio explica então que o individuo lhe liga mais uma vez a queixar-se, diz lhe que somos horríveis e que estamos sempre a fazer barulho diz ainda que pediu a vizinha de baixo para vir ouvir o barulho e que então ela é testemunha do nosso "bater" e que já tem 10 testemunhas, toda a gente o conhece pq já vive la há muito tempo, que nos vai meter em tribunal se "o senhorio não fizer nada, que já vi bem que não tem interesse em fazer!" - O nosso senhorio finalmente se meteu "do nosso lado" mesmo "entre aspas" e disse-lhe que se ele lhe voltasse a ligar que quem o metia em tribunal era ele.
Não quero passar por isso nem quero ir agora ter de fazer uma coisa dessas. Entretanto vimos que havia um contacto com todos os senhorios no rés do chão e decidimos ligar à "D.Fernanda" que aparece lá como dona do apartamento em questão, o meu colega diz que o senhor atende e que nem sabe quem é a “D.Fernanda”. Então de seguida começa logo a espingardar. Diz que tem testemunhas e que vai seguir o processo e mais coisas no meio do monólogo que ele faz porque não há espaço sequer para falar, até que o relembramos da agressão e eu digo-lhe "olhe como é que quer que eu vá trabalhar de manhã sem fazer barulho sequer para me vestir" e ele desliga-nos a chamada, ainda o esperávamos a porta então fomos logo trancar e agora até tenho medo que a fúria dele tenha escalado a situação. Mais dois meses a não querer sair de casa sozinho porque tenho medo de que ele me apanhe num canto escuro. Não é que não me possa defender, é mais o pânico que é para mim, uma pessoa que nunca foi de confrontos. Aparentemente o meu colega perguntou-lhe o nome e ele disse “não tenho nada que dar o meu nome”.
Eu sei perfeitamente bem que vai haver algumas pessoas que vão duvidar da minha palavra a vão também pensar para si próprias “oh estudantes é sempre assim, casas alugadas que não são deles, nem querem saber de quem mora ou deixe de morar”. Para essas pessoas em questão eu tenho a dizer que, nunca fiz uma festa em casa, nem nada do género que fosse demasiado irresponsável perante os vizinhos. Vive um casal de idosos à nossa frente que uma vez eu fui genuinamente perguntar se algum dia foram incomodados por nós, e nada, nem nunca tiveram queixa de nada. Vivem umas raparigas estudantes a frente do individuo que disseram que ele até era muito simpático para elas, e elas faziam muitas quintas académicas… No rés do chão tem um apartamento que parece que fazem festas todas as semanas e dura de sex a domingo e a música treme o apartamento e caba as 4 da manhã. O rés do chão tem também um cão que passa a vida a ladrar por razão nenhuma, que os donos de vez em quando decidem ir passear às 2 da manhã fazendo uma barulheira nos corredores… Já cá vivíamos há 2 anos e ele nunca deu a entender nenhum descontentamento, nenhuma vez… Portanto… sim somos o único alvo dele.
Fiquei bastante abalado e até deprimido com toda esta situação. Sinto me arrependido por não ter mudado de casa. Não mudei porque o preço e o tamanho deste apartamento é raro nos dias de hoje, ainda por cima no centro.
Liguei ao meu senhorio e disse-lhe que vou ter de mudar de casa porque viver assim é impossível e ele até entendeu e mais tarde (depois de dar conta que era menos uma pessoa a €€€) ligou-me a dizer que se a coisa se continuasse a passar que era ele que ia fazer queixa do homem (que não vai dar em nada como sabemos, e se levar porrada não é ele que vem ao meu apoio). No entanto já deu para acalmar um bocado. Começaram os exames agora, não me consigo concentrar e acabei por não conseguir fazer nada hoje, então deu-me para isto. Tenho medo do que ele agora ainda possa fazer.
Não há muito mais que eu possa fazer para minimizar o barulho senão deixar de cá viver, quase que já não consigo fazer projetos com medo de... Não posso jantar depois do trabalho, não posso ter despertador... não posso caminhar, não posso lavar, não posso aspirar, não posso ligar a máquina da roupa... Não quero meter os meus pais ao barulho, eles já queriam que eu tivesse mudado, mas por teimosia não quis, e já andaram preocupados o suficiente quando souberam da história. Ando há dias para aspirar a casa, mas tudo o que faço tenho de me certificar que ele ou não está ou que são horas e mesmo assim tenho de andar em biquinhos de pés para não incomodar a 3ª sesta da tarde da princesa. Aspirei hoje, esperei ou a polícia ou a tropa, ou assassinos pagos, a este ponto já espero tudo.
Gostava de saber opiniões e o que posso fazer enquanto esta situação. Desculpem a extensa história. Obrigado por lerem
submitted by MrBroccoli_JP to portugal [link] [comments]

Aspirar a casa é crime aparentemente

Apesar de não ser um membro que frequente diariamente o reddit decidi expor a minha situação, das duas uma: ou fico a sentir-me melhor ou descubro que sou eu que sou o problema.
Sou estudante universitário, tenho um trabalho part-time que se baseia a manhãs das 9 as 13 ou noites das 19 às 23, vivo num t2+1 com dois colegas da universidade, vai fazer 3 anos desde que vim para esta casa.
Tl;DR : O vizinho de baixo fazia barulho dias inteiros estivemos 2 anos e nunca tivemos problemas nem interações com o mesmo, até que um dia lhe dissemos se ele podia baixar porque vamos ter exames. Depois disso veio uma vez tentar agredir-nos em casa e chama a polícia por nos ouvir a lavar a louça. Agora ameaça tribunal porque no nosso senhorio não nos mete fora de casa.
O prédio em si tem um mix de famílias que já vivem cá há muito tempo, tal como apartamentos de estudantes. Não diria que o prédio é calmo, no entanto tirando algumas quintas feiras académicas (raramente) não há barulho e as pessoas são geralmente respeitadoras. Aqui em casa, tenho a dizer que somos, dois de engenharia amigos de longa data, numa universidade cujo forte é engenharia, portanto para além de estudar não há muito mais tempo para romarias. Claro que de tempos em tempos temos 1 ou 2 amigos que lá vão a casa para aquelas conversas que começam a dar para tarde e para uma sessão de jogos. O 3 quarto esteve ocupado com um rapaz de línguas que já ca estava antes de nós entrarmos e ele raramente cá estava pois dormia mais em casa da namorada, este ano mudamos de colega, mas devido a pandemia ele só tinha dois dias de aulas presenciais, portanto muito poucas vezes cá passava tempo em casa. Não havia festas, a mesa da cozinha mal cabemos 4 pessoas quanto mais uma festa, não há sala e os quartos também não são muito avantajados. Passamos 90% do tempo nos nossos quartos e as vezes até passamos semanas inteiras quase sem nos "ver". Usamos os dois headphones para ouvir música, temos cadeiras de secretaria (com rodinhas) com tapetes por baixo das mesmas, andamos quase sempre de chinelos da serra em casa....
O vizinho em questão era uma pessoa que não mostrava minimamente um gesto de simpatia, por volta dos seus 45 anos nunca segurava a porta a ninguém, nunca dizia bom dia mesmo fechado no mesmo elevador com 1,5m2. Pessoa muito apática e com "cara de poucos amigos" como se costuma dizer. Sempre mostrou uma falta de respeito perante os outros e sempre mostrou que não sabia o que é viver num prédio. Estou a falar do facto que ele tinha música sem parar desde as 8 da manhã até às 12, hora a qual se ausentava para almoçar (presumo eu) e seguidamente continuava o chinfrinar incessante de melodias pela tarde fora até à hora de jantar, (presumo que as refeições sejam sagradas para o homem), no entanto não acaba aqui... De seguida eram filmes até as 3 da manhã, muitas vezes acredito que tenha ficado adormecido a meio e lá fica a televisão ligada a noite inteira. Não sei se é o facto de o prédio ser velho mas eu conseguia identificar os filmes que estavam a passar e muitas vezes vozes de atores tal era o volume. No primeiro ano que eu estive nesta casa eu era um bocado alheio a toda esta rotina, pois eu dormia no quarto das traseiras que fica mais afastado e é uma área que o vizinho não frequentava. No entanto o volume da música era tão alto que muitas vezes acordei com o chão a tremer mesmo estando nesse quarto. No ano passado mudei de quarto e aí é que eu comecei a ouvir tudo isto. Agora durante a pandemia nunca o vi meter uma máscara, tem no vidro do carro uma só para dizer que sim. Consegue ir a pastelaria da frente sem máscara e ng lhe diz nada, faz inversão de marcha no meio da estrada como se fosse tudo dele e confinamento para aquele homem nunca existiu. Eu acho que ele não tem emprego, visto que esta sempre em casa, a rotina baseia-se em acordar as 7 ou 11 da manha, depois ir dar um passeio pela manhã com uns sacos de compras, que nunca percebi onde ele vai, depois vem passa na pastelaria, sem máscara, cumprimenta umas velhas e algumas vezes acompanhado, sempre de outros homens, por isso também não me parece ter esposa ou nada parecido, de seguida vai para casa para a sua musica e por vezes a tarde pega no carro e parece ir outra vez para o tal sitio que nunca descobri onde é. Já passei por ele também às vezes à meia noite quando saio do trabalho sozinho na rua. Anda sempre de fato de treino tipo à russo, e sempre com uns óculos de sol dos anos 90 com aquelas lentes castanhas mesmo à atrasado no tempo. Nunca me incomodou para vos ser honesto, venho de uma aldeia, lá era normal ouvir berbequins à 1 da manhã e a autoestrada passa mesmo ao lado de casa e durante muitos anos não teve proteção de som, portanto nunca tive problemas em adormecer. Para não falar que vivo ao lado de um "portista" que tinha umas colunas enormes daquelas de concerto e colocava música as 8 da manhã, ouvia-se pela aldeia inteira e ainda mais além. (peço desculpa a divagação, no entanto isto esta a ajudar a acalmar os nervos)
Nunca me chateou particularmente a rotina do meu vizinho daqui, sim às vezes era incomodativo, mas, que se há de fazer, também está na casa dele e tem o direito de ouvir o que quiser e às horas que quiser pensava eu. Eram os barulhos de janelas a abrir e a fechar às 3 da manhã, as portas sempre com um estrondo, as conversas (tlf??) super altas... Nunca o chamei a atenção, nunca bati no chão em forma de protesto, simplesmente nada. Vivia a minha vida e ele vivia a dele.
Tudo começou na primeira quarentena, meados de março estávamos em confinamento e em aulas à distância. O meu local de trabalho entrou em lay-off portanto passei a quarentena maioritariamente sozinho em casa exceto quando num dos últimos meses o meu colega de casa voltou pois era mais calmo para estudar e fazer testes cá e a net não se compara a net da aldeia. Até que um dia o volume da música do individuo era tão alta que o eu colega ia fazer teste e disse que já estava por os cabelos para se concentrar, foi então pedir ao senhor que colocasse a música mais baixa só durante um tempinho. O meu colega descreve a interação como que ele tivesse levado uma afronta ou uma ofensa "ele olhou muito sério e só respondeu - "E vocês??? Sempre a martelar a noite inteira, martela, martela, martela…" - ao qual o meu colega responde - "Só por uma hora porque eu vou ter teste, depois disso pode ligar a vontade, e pedimos desculpa por alguma coisa, mas vamos ter cuidado, no entanto o volume da sua música é assim todos os dias o dia todo." - "Eu vou baixar, mas vocês parem, mas é de martelar" - O meu colega disse que o viu enfuriado e já bastante nervoso, tão nervoso que eu a usar headphones consegui ouvir o estrondo da porta dele a fechar e a nossa porta estremeceu com a massa de ar. Ele obedeceu ao pedido e no dia a seguir já nem houve música, até brincamos entre os dois que finalmente tínhamos sossego. Se a memória não me falha ele ainda passou uma vez por mim ao qual começou a proferir "sempre a martelar" eu ia mais longe e como ele tem cara de poucos amigos nem dei atenção pois é impossível falar com uma pessoa para a qual não há forma de ter um discurso civilizado. Até que então u(ns) dias a seguir eu tinha saído para ir as compras e não sei se era da minha cabeça ou não, mas ele saiu pouco depois de mim, achei estranho, mas ignorei. Quando estava a voltar das compras vejo-o do outro lado da rua e faz um desvio para mim, cada vez mais acelerado, eu entrei em pânico com a situação e nem sabia o que fazer "O QUE É QUE ANDAS LA SEMPRE A MARTELAR CABRÃO, SEMPRE A MARTELAR, SEMPRE SEMPRE, QUE É?" - "Mas diga-me onde é ou qual é o barulho porque eu não estou a ver o que possa s..." - " SEMPRE A MARTELAR QUE LA ESTAS, O QUE É?" - Ele estava-se a chegar muito próximo de mim, portanto eu decidi afastar-me e ele estava com o punho cerrado, portanto eu comecei a olhar a minha volta de forma a pedir ajuda, com as compras na mão entrei em pânico e comecei a berrar a dizer-lhe que ia chamar a polícia, e que tinha ali testemunhas a volta. Virei-lhe costas e nem dei mais ouvidos, só queria chegar a casa, até que ele me diz "Se te apanho sozinho filho da puta". Até hoje que ainda olho sempre para trás quando saio do prédio. Precisamente no dia a seguir a esta situação eu tive um dia de folga e eram por volta das 5 da tarde que decidi aspirar o quarto. Estava muito bem a aspirar e tinha a porta fechada para não incomodar ng em casa, e estava de headphones a ouvir música enquanto fazia a lida da casa. Até que ouço alguém a bater a minha porta e me deparo com o meu colega de casa a segurar o homem para ele não nos entrar porta adentro, com uma cara furiosa a barafustar e com o discurso do "smp a martelar" berrava e só dizia aquilo, o meu colega lá o conseguiu forçar a sair e fechamos a porta. Ele bateu com tanta força na porta de casa que um bocado de parede saiu, sem exagerar, o meu colega então contou-me que ele apenas lhe abriu a porta e o vizinho começou logo a dizer "que barulheira é esta" e depois mandou um murro no peito do meu colega de modo a afastá-lo para tentar entrar no meu quarto, que é logo ao lado da porta. De seguida ligamos à polícia que teve um serviço fantástico que nos disse que se quiséssemos tínhamos de ir fazer queixa, à esquadra.... (sim eu agora sei que devia ter ligado ao 112) Fomos lá fazer então a queixa, a qual os polícias para além de mostrarem um bocado insensíveis perante o facto de vivermos no mesmo prédio com uma pessoa que nos foi bater, e também com um pensamento de "oh deixem andar". Não quiseram escrever a queixa de ele me abordar na rua porque "oh depois já tem que se fazer outra queixa e é mais um papel e tal, fazemos só esta", e depois fomos informados que o processo poderia seguir diretamente caso nós assim quiséssemos, processo qual depois não poderia ser cancelado, ou então poderíamos deixar aquela queixa e caso mais alguma coisa surgisse podemos então pedir para seguir com o mesmo. E que durante 6 meses basicamente nada acontecia... Com o perigo iminente de uma pessoa que vive tão perto de ti não foi uma coisa nada reconfortante. Nem uma identificação poderiam ir sequer fazer ao homem, nós não sabemos sequer o nome todo dele. Nós não seguimos com a queixa pois não queremos andar em tribunais nem nada assim, também nos com o pensamento que lhe ia passar a telha.
Depois disto passaram-se uns tempos de paz, não havia música, não havia reclamações e os ânimos pareciam mais calmos. O nosso senhorio fartou.se de nos contar as inúmeras vezes que o individuo lhe ligou a dizer que nos estaríamos alegadamente a fazer barulho. Sendo o nosso senhorio também um pouco "atado” ele também não se mostrou particularmente interessado na questão e no inicio ate parecia estar a dar razão ao homem. Tal como também fomos contactados pelo condomínio do prédio que ignorou a questão ao fim de ver a nossa queixa na polícia e deitaram o rabo de fora.
Um dia já por volta das 1 da manhã numa noite quente de verão, já eu e o meu colega estávamos na cama, batem à porta. O meu colega sem pensar nem hesita e até abre a porta, eu de boxers e meias ali logo no quarto depois da porta, os policias então apesar de parecerem "duvidantes" perceberam logo que ali não havia barulho nenhum, eu fui logo buscar a queixa e o guarda entendeu a situação e ate nos perguntou se estava tudo bem, ate que nos começamos a ouvir o homem a subir as escadas furioso por a policia não nos estar a fazer nada, ate que os guardas o mandam para baixo e que não tem nada que estar a subir... Penso que este dia eu aponto para o barulho que eu fiz a jantar. Eu saio do expediente muitas vezes as 23 h e chego a casa as 23:15, não tenho hora de jantar pois ou tenho aulas até as 18 e depois entro no serviço as 19 ou não tive tempo de preparar nada, portanto tinha de comer à hora que chegava qualquer coisa. No entanto não estou a falar de assar um borrego nem nada parecido, apenas barulhos de copos e pratos e micro-ondas, coisas de uma casa normal.
De seguida os maiores confrontos foram as vezes que ele passava por nós na rua, o discurso era sempre o mesmo, até um dia que eu comecei a perder um bocado o medo do homem e lhe levantei a voz para me parar de chatear e perseguir sempre com a mesma conversa. Uma vez estava a comer por volta das 22;30 (o meu trabalho teve redução de horário) e as 23 estava a lavar só uns pratos e ele vem la bater a porta, com o mesmo discurso, notei pelo postigo da porta que ele estava a espera que eu abrisse feito parvo, eu disse-lhe que não lhe abria a porta e que se quisesse podia chamar a polícia, ele apenas berrou "mal-educado fdp".
Tremi que nem varas nesse dia. Muitas vezes passo ca meses sozinho pois trabalho cá e os meus colegas vão para casa dos pais e eu fico ca sozinho, eu tenho medo de estar na minha própria casa, eu tenho medo de fazer comida, eu tenho medo de ir mijar a meio da noite eu tenho medo de fazer comida, tenho medo de limpar, todas os meus projetos são feitos em cima de toalhas e toalha para ver se abafo tudo... Tenho receio do que ele é capaz, tenho medo dos amigos que ele tem, tenho medo de andar na cidade... Tenho medo de que ele me corte os travões da mota ou o crl.
Já me abordou na rua várias vezes depois disso, já se chegou a mim enquanto eu estava a andar de mota e eu fugi com medo dele me empurrar, já o ouvi a falar com várias pessoas la em casa (de tao alto que fala) "aqueles fdp sempre a fazer barulho" (eram umas 6 da manha e eu acordei com a conversa dele). Sou a única pessoa que ele mais interage, ele conhece bem os outros, mas é sempre comigo que implica. Quando estou com a minha namorada e passamos por ele, não me dirige sequer a palavra. Tal como quando estou com os meus colegas. É só a mim, sozinho sempre. Tal como por coincidência grande parte das vezes que a polícia la foi ou ele la foi reclamar eu estava sozinho em casa.
A coisa, entretanto, tem estado mais calma sem nada de grande, até que entramos em confinamento e lá volta a toleira dele. Agora tomou uma nova tática, começa a bater no teto, de tal força que o apartamento treme todo. Depois começou aa fazê-lo por a casa toda, as 8 da manhã só para ver se nos acorda. Repetidamente e muitas vezes durante horas. Vai aos 3 quartos e bate exatamente onde estão a cabeça das camas. Já ligou ao nosso senhorio a reclamar de nos em dias que nos não estamos sequer em casa, já o ouvi bater nos quartos dos meus colegas quando eles não estavam. Começou em dezembro.
Há um mês eu entrava ao serviço às 9 da manha e tinha o despertador para as 8, ui... foi bater no teto bater com uma força que não sei se ele já não tem buracos no teto... eu desci as escadas com medo de ele me encurralar no elevador e tal era o meu nervosismo que até passei na porta dele e lhe disse para ir, mas é trabalhar que aquilo era tempo livre a mais. Voltei depois do trabalho e lá começou outra vez a bater, e eu bati de volta e berrei tal eram os nervos. La parou.
Mais um tempo calmo e nesta última semana tem sido demais. Estive de ferias 1 semana sozinho em casa e nada a apontar, até que o meu colega chega e começamos a ouvir que damos um passo e ele começava a bater, abríamos uma porta e ele batia. Um dia de manhã batemos de volta de tao zangados que estamos, esteve o meu colega e ele a bater no mínimo uns 2 minutos, mesmo á masoquista. Este sábado estava sozinho em casa, o jantar atrasou e acabei por jantar já eram umas 22, depois às 22:30 mais ou menos fui lavar a louça e estendi umas toalhas que tinham acabado de lavar antes das 23 já para não incomodar (apesar de que a máquina esta numa marquise que é "fora" dos apartamentos e muita gente lava a roupa à noite, no entanto eu até respeito nisso). Por volta da meia noite e meia lá estava eu de peúgas na cama e vem mais 2 senhores agentes, estes eram mais apáticos e apenas apontaram o número da minha queixa e viram que não havia barulho e foram embora, ouvi o vizinho a resmungar com eles e eles disseram-lhe que se ele quisesse que fosse para tribunal.
Ora... Hj recebo umas 3 chamadas não atendidas do meu senhorio. O meu senhorio explica então que o individuo lhe liga mais uma vez a queixar-se, diz lhe que somos horríveis e que estamos sempre a fazer barulho diz ainda que pediu a vizinha de baixo para vir ouvir o barulho e que então ela é testemunha do nosso "bater" e que já tem 10 testemunhas, toda a gente o conhece pq já vive la há muito tempo, que nos vai meter em tribunal se "o senhorio não fizer nada, que já vi bem que não tem interesse em fazer!" - O nosso senhorio finalmente se meteu "do nosso lado" mesmo "entre aspas" e disse-lhe que se ele lhe voltasse a ligar que quem o metia em tribunal era ele.
Não quero passar por isso nem quero ir agora ter de fazer uma coisa dessas. Entretanto vimos que havia um contacto com todos os senhorios no rés do chão e decidimos ligar à "D.Fernanda" que aparece lá como dona do apartamento em questão, o meu colega diz que o senhor atende e que nem sabe quem é a “D.Fernanda”. Então de seguida começa logo a espingardar. Diz que tem testemunhas e que vai seguir o processo e mais coisas no meio do monólogo que ele faz porque não há espaço sequer para falar, até que o relembramos da agressão e eu digo-lhe "olhe como é que quer que eu vá trabalhar de manhã sem fazer barulho sequer para me vestir" e ele desliga-nos a chamada, ainda o esperávamos a porta então fomos logo trancar e agora até tenho medo que a fúria dele tenha escalado a situação. Mais dois meses a não querer sair de casa sozinho porque tenho medo de que ele me apanhe num canto escuro. Não é que não me possa defender, é mais o pânico que é para mim, uma pessoa que nunca foi de confrontos. Aparentemente o meu colega perguntou-lhe o nome e ele disse “não tenho nada que dar o meu nome”.
Eu sei perfeitamente bem que vai haver algumas pessoas que vão duvidar da minha palavra a vão também pensar para si próprias “oh estudantes é sempre assim, casas alugadas que não são deles, nem querem saber de quem mora ou deixe de morar”. Para essas pessoas em questão eu tenho a dizer que, nunca fiz uma festa em casa, nem nada do género que fosse demasiado irresponsável perante os vizinhos. Vive um casal de idosos à nossa frente que uma vez eu fui genuinamente perguntar se algum dia foram incomodados por nós, e nada, nem nunca tiveram queixa de nada. Vivem umas raparigas estudantes a frente do individuo que disseram que ele até era muito simpático para elas, e elas faziam muitas quintas académicas… No rés do chão tem um apartamento que parece que fazem festas todas as semanas e dura de sex a domingo e a música treme o apartamento e caba as 4 da manhã. O rés do chão tem também um cão que passa a vida a ladrar por razão nenhuma, que os donos de vez em quando decidem ir passear às 2 da manhã fazendo uma barulheira nos corredores… Já cá vivíamos há 2 anos e ele nunca deu a entender nenhum descontentamento, nenhuma vez… Portanto… sim somos o único alvo dele.
Fiquei bastante abalado e até deprimido com toda esta situação. Sinto me arrependido por não ter mudado de casa. Não mudei porque o preço e o tamanho deste apartamento é raro nos dias de hoje, ainda por cima no centro.
Liguei ao meu senhorio e disse-lhe que vou ter de mudar de casa porque viver assim é impossível e ele até entendeu e mais tarde (depois de dar conta que era menos uma pessoa a €€€) ligou-me a dizer que se a coisa se continuasse a passar que era ele que ia fazer queixa do homem (que não vai dar em nada como sabemos, e se levar porrada não é ele que vem ao meu apoio). No entanto já deu para acalmar um bocado. Começaram os exames agora, não me consigo concentrar e acabei por não conseguir fazer nada hoje, então deu-me para isto. Tenho medo do que ele agora ainda possa fazer.
Não há muito mais que eu possa fazer para minimizar o barulho senão deixar de cá viver, quase que já não consigo fazer projetos com medo de... Não posso jantar depois do trabalho, não posso ter despertador... não posso caminhar, não posso lavar, não posso aspirar, não posso ligar a máquina da roupa... Não quero meter os meus pais ao barulho, eles já queriam que eu tivesse mudado, mas por teimosia não quis, e já andaram preocupados o suficiente quando souberam da história. Ando há dias para aspirar a casa, mas tudo o que faço tenho de me certificar que ele ou não está ou que são horas e mesmo assim tenho de andar em biquinhos de pés para não incomodar a 3ª sesta da tarde da princesa. Aspirei hoje, esperei ou a polícia ou a tropa, ou assassinos pagos, a este ponto já espero tudo.
Gostava de saber opiniões e o que posso fazer enquanto esta situação. Desculpem a extensa história. Obrigado por lerem
Molho: https://redd.it/lge1mi
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Memórias de jabutis e discussões de imortalidade

DISCLAIMER rápido antes de começar o conto: eu nunca postei nada meu para feedback e eu mal tenho 18 anos, então o que eu quero dizer é: não sejam o Monteiro Lobato da minha Anita Malfatti por favor; eu quero um feedback sincero, só não quero ser absolutamente massacrada.
Se consultar qualquer livro de biologia, receberá uma resposta unânime: um jabuti sortudo e saudável vive em média 80 anos. Quem quer que tenha chegado a essa precisa conclusão, com toda certeza, nunca conhecera o meu jabuti. A figura ilustre da família Agustini e causa da minha insônia e derrota.
Minha família nunca fora uma que, de fato, preocupou-se em criar um legado, de qualquer tipo, para seus descendentes. Viviam no seu presente e não eram particularmente bons em planejamento. Ocuparam-se somente – ao menos, quero dizer – em arranjar uma casa, num momento esquecido na metade do século XIX. Foi nessa casa que vivi o começo da minha morte.
Quando meu pai falecera, não herdei nada de valor. O pouco dinheiro herdado fora gasto no primeiro mês com o conserto do encanamento da casa dos Agustini. Apenas herdei, de verdade, o jabuti. O maldito jabuti. Chamava-o Astor, com consciência de que não era seu nome. Escrevo agora sem lembranças de se em algum dia soube o verdadeiro nome da excelência de jabuti que ele era – ainda deve ser – ou se a cada geração trocava-se o apelido do amaldiçoado.
Sabia pouco do bicho quando o conheci. Ele acompanhara meu avô durante sua vida toda e depois, fizera questão de acompanhar também meu pai. Meu avô morrera com quarenta anos, meu pai com trinta, então, até ali a conta fazia sentido. Eu tinha pouco mais de dez anos na leitura do testamento. Tinha visto meu pai duas ou três vezes antes do funeral. Minha mãe recebera o dinheiro por mim e mudamo-nos para a casa da família Agustini.
A casa estendia-se na linha que dividia o encantador e o horrífico. Era um casarão. As janelas altas fechadas recusavam-se a abrir, as abertas recusavam-se a fechar. As portas rangiam. O piso de madeira gritava com a dor de ser pisado. A rede elétrica não funcionava, qualquer lâmpada acesa era um risco de incêndio e logo tive de aceitar o inevitável: a luz das velas e dos lampiões seria minha única iluminação nas noites.
O jabuti ficava na biblioteca, arrisco até mesmo dizer que nunca o vi em nenhum outro cômodo. A biblioteca era um dos maiores quartos do casarão. O teto era mais alto e tinha um lustre inútil pendurado em seu meio. As estantes eram altas e carcomidas, recheadas de livros antigos, cheirava de velhice. Tudo me deixava espirrando por dias com a poeira anciã. Os quadros cobertos não me incomodavam ou despertavam curiosidade, só existiam e, naquela época, isso me bastava.
Todavia, cresci. Em algum momento da juventude, as peças soltas em minha mente e memória infantil foram encaixando-se, revelando para mim um quebra-cabeça. Enigma que teimava em não formar uma imagem coerente e deixava-me acordado noites a fio, inseguro do que se passava naquele casarão isolado.
Pesa-me admitir, porém minha vida resumiu-se em dois períodos, antes do casarão e depois do casarão. Dois períodos curtos, como o leitor já deve adivinhar. Muito cedo me encontrei com o silêncio do caixão, no entanto, mais tarde do que meu tormento me levava a desejar. Minha lembrança me falha em vezes, porém nunca falhou em me recontar com precisão cirúrgica o que acontecera naquela noite fria de agosto.
Tinha vinte anos na época. Não conseguia dormir havia dias, semanas talvez. Levantei-me sonolento. Cambaleando como um bêbado eu vaguei pelos corredores, de pés descalços, embrulhado num casaco longo, de olhos entreabertos, sem rumo e sem intenção. Peguei-me girando a maçaneta da biblioteca, empurrando a porta pesada. Nunca soube como cheguei lá, nem por que fui até lá, mas, nos poucos anos que me sobraram depois do episódio, comecei a culpar meu estado desacordado, sedado pela falta de sono.
Com os braços incertos, levantei o lampião na altura dos olhos e entrei. O jabuti inerte estava do outro lado do cômodo. Observava-me com a mesma questão tortuosa que eu o observava. Deitei-me no chão. Bocejei. Virei minha cabeça para evitar o olhar julgador do animal.
Embaixo da estante, havia uma caixa verde. Estreitei o olhar. Lento e impreciso, rastejei-me até ela. Puxei-a como se fosse uma folha de tão leve.
Era tão velha quanto a casa em si. Assoprei a poeira de cima e limpei o resto com as mangas do casaco. O nome da família estava inscrito com uma letra dourada, já desbotada pelo tempo. AGUSTINI. Sorri sozinho. Abri-a com cuidado. Parecia-me tão frágil e tão irreal que talvez um movimento brusco me fizesse acordar. Mirei de esguelha o jabuti. Ele ainda me encarava com os olhos fundos.
— Você sabia que isso estava aqui? – Perguntei com um riso baixo.
— Sim. – Jurei ouvir sua resposta misturar-se à ventania do corredor.
Engoli em seco. Balancei a cabeça. Já tinha lido uma vez: depois de algumas horas sem dormir, o cérebro começa a alucinar. Voltei minha atenção para a caixa. Coloquei-a perto da luz. Estava estufada de fotos e cartas velhas. Eu não sabia tanto quanto desejava sobre a família paterna, não precisei muito, no entanto, para reconhecer meu pai e meu avô na primeira foto que vi. Os dois parados na biblioteca. Meu avô sentado na cadeira de veludo vermelha. Ele parecia-se comigo, deveria ser apenas alguns anos mais velho naquela foto. Meu pai, criança, sentava ao seu pé, ao seu lado o anônimo jabuti. Mostrei-lhe a foto.
— Já estava velho aqui.
— Continue olhando. – Retrucou impaciente.
Dessa vez, ouvi alto e claro. Alucinação nenhuma falava com aquela dicção. Não enxergava o suficiente para dizer se ele estava mexendo-se. Pouco me importava. O desgraçado estava falando! Sua voz era rouca. De alguma forma, ele soava exatamente como eu tinha imaginado, por mais que não me recordasse até aí de imaginá-lo falando.
— Como? – Gaguejei.
Pensando agora, pode ser que nem tenha produzido um som. Fiquei parado com a boca aberta procurando uma palavra inexistente.
— Continue.
— Isso está acontecendo mesmo? – Não sei por que perguntei ao jabuti, mas perguntei. Ele não respondeu. Coloquei meu dedo perto a chama do lampião. O calor esquentava sem vergonha os meus dedos. O tapete pinicava minhas pernas. O ar ártico convidado a entrar pela janela fazia minha cabeça latejar. Era real. – Você sempre falou?
— Continue olhando.
Deixei a foto de lado. Uma porção de cartas amareladas eram o que seguia. Tirei uma por uma da caixa. Mesmo com os olhos cansados, nada poderia me impedir de lê-las e relê-las. Nenhuma fatiga do mundo me importou depois que o jabuti começou a falar. Não reconhecia nome algum nelas, nem de quem as escrevia nem de quem as recebera. Nunca as cometi a memória. Ao menos, não todos os trechos, somente os que me assombraram pelo resto da vida.
“Paulo, volte logo, o coitado do Arthur adoeceu. Se me permite, ele viveu mais do que imaginei que viveria. O médico ainda me afirma não saber qual é a doença. Não preciso que me diga o que está errado, ninguém parece compreender isso. Volte assim que receber a carta. Ele não durará muito e quer que se mude para cá com o jabuti.”
Procurei a data. Minhas mãos de terremoto girando aquele papel ancestral. Nada. Absolutamente nada. Cocei os olhos. A assinatura trazia “Amelie Agustini”. Eu nunca tinha escutado esse nome antes. No entanto, já escutara sobre Paulo Agustini. Meu bisavô, nascido em algum ano por volta do início da década de 1920. Não tive a coragem de virar minha atenção para o jabuti. Não naquele instante. Joguei essa carta ao lado. Puxei a próxima.
“Arthur, estamos aguardando seu retorno o mais pronto possível. Não me admira sua distância e não me dou o luxo de sequer imaginar o que possa estar fazendo tão solitário. Você está bem, disso eu sei, já me contou maravilhas em suas outras cartas. Nada posso fazer a não ser suplicar pelo seu retorno. Camilo já está na cama e mal abre os olhos. Sabe que deve morar com o jabuti agora.”
A caixa ainda tinha mais cartas. Não ousei abri-las. Joguei tudo de volta. Fechei-a com força, na esperança de que emperrasse e nunca mais pudesse ser aberta. Chutei-a de volta para debaixo da estante. Coloquei meu dedo no fogo sem pensar. O aviso do calor era tão inevitável quanto irrelevante. Gritei com a queimadura. Recuei como um animal. Meus dentes rangendo, enquanto meus dedos derretiam como cera bege.
— Que quer dizer “morar com o jabuti”? – Meu estômago revirava. Tremia de frio. O suor descia contornando cada detalhe e defeito do meu rosto. – É você? Isso não faz sentido. Você não pode viver tanto assim. Eu li livros sobre jabutis. Você já deveria estar beirando a morte.
— Eu suponho que jabutis também não tenham a capacidade de falar, mas você me escuta muito bem, não escuta? – Ele provocou. Eu odiava-o. Ainda o odeio. Nem a morte consolou-me do quanto ardia de ódio por aquele bicho estúpido.
— Como chegou aqui?
— Eu moro aqui.
— Eu percebo que mora aqui, Astor. – Ricocheteei. – Quero saber, como minha família te encontrou?
— Estava aqui quando se mudaram.
— Quem morava aqui antes? – Choraminguei.
— Ninguém, se minha memória não me falha. São tantos anos, posso me esquecer de um detalhe ou outro.
Sua voz tinha entonação demais para um bicho que mal se movia. Persegue-me até no além. Não consigo esquecer. Aquela voz de gente presa num ser tão ridículo e grotesco como ele. Continuava na penumbra.
— Quem construiu a casa? – Eu estava chorando, sem soluços e sem exageros.
— Não sei. – Disse sincero. – Estou aqui desde que me lembro.
— Por que você não morre?
— Não há necessidade para a sua agressividade. Está sendo irracional, agora. Não escolhi não morrer, apenas nasci e nunca morri. Nada me garante que nunca morrerei. – Ele fez uma pausa. Fitou-me preocupado. Estremeci. – Tenho que dizer, os homens da sua família morrem até demais.
— É por sua causa?
O ponto de interrogação é um eufemismo, leitor. Eu não perguntei. Eu denunciei-o. Era uma acusação bruta.
— No fim do dia, sou um jabuti, não sei se consegue compreender isso. Sim, eu falo. Sim, aparentemente, não morro. Mas, sou um jabuti de qualquer forma, não sou? Não entendo como poderia ser a causa da morte dos homens da sua família. – Suspirou. – Imagino que... Veja, tudo que eu faço é dar uma razão. Um consolo, se preferir, para a morte deles. Se me dá essa liberdade, sugiro que arranje um filho o mais rápido possível.
— Para quê?
— Ora, para que fique comigo depois que você morrer.
— Como?
— Suponho que funcione assim. É o que ouvi de sua família. Dizem que o mais cedo consegue um filho que fique com o jabuti, mais viverá. Veja, seu pai demorou um pouco em te arranjar, seu avô já foi mais esperto. Se me lembro bem, seu avô também teve muita sorte. Nunca vi um homem viver tanto como ele viveu, mas com certeza, sempre há um que foge do normal. – Vi-o sorrir com a dentadura amarela e podre. – O relógio não está muito em seu favor.
— Você é uma entidade? – Não acreditava na minha pergunta. Minha voz me era como um eco distante.
— Não sei.
— Deve saber.
— Alguns mistérios na vida não foram feitos para serem desvendados. Não aqui. O relógio não está muito em seu favor. Sabe disso, não sabe? É claro que sabe. O relógio não está muito em seu favor.
O mais ele repetia a mesma oração, mais ela enfiava-se entre as dobras do meu cérebro. E no fim daquele vácuo, era a minha voz que gritava de volta. Repetindo... Repetindo... Repetindo. O relógio não está muito em seu favor. Não sabia qual relógio. Não sabia em que jogo eu era a aposta. Só sabia que estava perdendo. O relógio não estava muito em meu favor. Poderia estar, se eu quisesse, talvez.
Eu saí da biblioteca tropeçando nos meus pés. Fechei a porta atrás de mim e respirei fundo. Não fiz mais nada aquela noite. Fui para meu quarto. Tranquei-me. Dormi por um dia inteiro.
Acordei com o sol lambendo o meu rosto. Minha lembrança não me respondia quando eu perguntava se a minha conversa com o jabuti, de fato, ocorrera. A caixa verde, as fotos e as cartas eram reais, isso verifiquei. Entretanto, a maneira na qual o bicho me encarava quando tentava concentrar-me na biblioteca era a única confirmação que precisava. Astor falava e, até onde eu sabia, era alguma entidade controlando o meu tempo de vida.
Já sabia que não me restava muito tempo mais, seguindo com minha linhagem ou não. O mais encontrava com o jabuti, o mais eu tinha pesadelos. O mais ouvia os passos anônimos nos corredores durante a noite. O mais tomava remédios para poupar-me da insônia. O mais eu me convencia que não passaria aquela maldição adiante.
Não era tanto sobre o medo me paralisando, como era sobre a esperança de que, caso a família Agustini acabasse comigo, talvez o jabuti morresse junto. E eu não queria nada mais que isso. Queria-o morto. Deitaria sorridente em qualquer caixão, se pudesse ter certeza de que aquele diabo de bicho agonizaria até a morte.
Nunca saberei se meu plano funcionara ou não. De vez em quando, na calada do infinito, pego-me imaginando o jabuti, plantado naquela biblioteca, esperando pela próxima família se mudar para a casa e iniciar seu culto novamente. A verdade é que há mistérios que sequer um homem morto consegue responder.
Os próximos quatro anos que tive de vida passaram por mim como um mês longo e interminável. Nessa primeira semana, minha mãe mudou-se de volta para a cidade. Até hoje desconhece a natureza do jabuti e a existência da caixa verde na biblioteca. Despedi-me com promessas de escrever todas as semanas. Escrevi menos de cinco vezes.
Na segunda semana, gastei meus dias lendo as cartas. Vendo as fotos. Mudando alguns livros de lugar. Olhando as pinturas dos antigos Agustini acompanhados do jabuti.
Na terceira semana, ignorava por completo o animal. Fingia que não existia. Passava os meus dias sentado na cozinha ou deitado na grama do jardim vazio. Fazia tudo esperando que minha morte chegasse logo.
Fora apenas na quarta semana quando percebi a passagem do tempo como ela é. Não tinha consciência de que aquele seria meu último ano, porém algo em mim já parecia saber. Hoje reconheço isso. Na época, não passava de um aperto estranho em minhas tripas me dizia que tudo estava errado. Era evidente que tudo estava errado. Estava isolado num casarão assombrado com um jabuti imortal. Falhei em perceber que o sentimento era o aviso do fim iminente.
Não pense, leitor, que nesses últimos momentos, não me desesperei com a perspectiva única de quem se aproxima da morte. Talvez fosse a solidão. Talvez fossem os fungos antigos fazendo efeito. Talvez fosse a incerteza do futuro post mortem. Não a incerteza de para onde eu iria ou qual seria meu destino após a morte, e sim, o que aconteceria com o jabuti. Incerteza que permanece e rói o que me sobrou.
Mais de uma vez cogitei abandonar meu plano. Mais de uma vez cheguei a arrumar-me para sair, determinado em conhecer alguém e fazer de tudo para seguir com a linhagem dos Agustini. Dar-me o luxo de mais alguns anos ou meses que fossem de vida. Foram nesses quase deslizes que o quebra-cabeça mal elaborado, por fim, revelou-se a mim. Todas as questões que me perseguiram pelos anos foram respondidas.
Se algumas crianças eram frutos de uma história de amor, eu era fruto das ações inconsequentes de um homem que desejava escapar da morte. Fora esse o fardo que eu carreguei nas costas por toda a minha vida. E não o carregava sozinho. Todos os homens da família nada mais eram do que uma tentativa medíocre de viver. A última vez que se coloca a cabeça para fora da água antes de ser engolido pelo mar.
Tinha que acabar comigo e comigo acabou.
Não me lembro meus delírios de morte. Se os lembrasse, também não teria interesse em narrá-los. Se eu sou honesto com o leitor, sequer tenho certeza se esses delírios existem ou são meras fabricações da minha mente desocupada e desincorporada. A divisória entre o vivo e o morto é plástica e é transparente.
Há uma imagem martelada na minha mente. Instalada com tamanha força que seria uma traição não a narrar. Fecho os olhos – suponho que ainda tenha olhos, talvez não passe de uma enganação do meu consciente lutando por um último gosto de estar vivo – consigo ver a próxima família na antiga casa dos Agustini.
Nenhum deles tem rostos ou uma voz, porém, vejo-os entrar com a esperança de começar uma nova vida num novo lugar, ao meio da natureza e longe dos perigos da cidade. Lá as crianças podem aprender a viver longe do caos da civilização urbana. Então, andando cuidadosos pelo chão inseguro jamais restaurado, encontram o jabuti na biblioteca, com seu sorriso malicioso que mais ninguém enxerga. A expectativa de quando descobrirão a real natureza do animal alimenta-me, mantém-me vivo depois do túmulo e da decomposição.
A única questão que deixa o amargo na minha boca – eu imagino ser a minha boca, pelo menos – é qual nome escolherão para o Astor.
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“Democracia é O PIOR sistema político que existe...

...com exceção de todos os outros”
Essa frase foi dita, certa vez, por um professor de história meu. Nunca entendi bem ao certo o que ele queria dizer com isso (e sinceramente nem busquei saber, sempre fui mais das exatas), mas essa frase, por algum motivo, me marcou. Acho que hoje, 4 anos depois, entendi o que ele quis dizer.
Essa epifania me veio hoje mais cedo, após alguns drinks, ouvindo a conversa de uns parentes. Resumidamente, a conversa girou em torno de “Cota é racismo contra branco”, “Preto é malandro, por isso que a maioria dos ricos é branco”, “viram o caso do moleque que saiu chorando do jogo porque o técnico chamou de neguin? Hoje em dia é muito mimimi”, e outras coisas mais seguindo essa mesma linha de raciocínio.
Acho que não preciso nem entrar no mérito do quão absurdas afirmações desse tipo são, nem que se fosse discutir com eles ia receber vaias com gritos de “comunista”, “mimimi”, “esquerdista”, etc.. já vivi isso antes, e sinceramente, acho que tentar debater só piora a situação. E agora retorno à célebre frase que deu início a esse relato(?).
A cada dia saem mais pesquisas mostrando que a popularidade do nosso queridíssimo Jair só cresce. Todos ficam chocados, afinal, como podem apoiá-lo diante de tanta barbárie no governo?! E vamos elaborando mil e uma teorias. Até hoje vemos gente tentando entender as eleições de 2018. Culpa do PT, culpa da esquerda, culpa de quem deu voz, culpa da Globo, culpa do Politicamente Correto, etc...
E se A CULPA NÃO FOR DE NINGUÉM? Assim, a gente enxerga o cara como o cúmulo humano, mas na verdade ele é só um reflexo do que a grande maioria da população pensa. Jair Messias Bolsonaro é a pessoa que melhor representa os pensamentos e ideologias da maior parte da população brasileira, e vai continuar sendo, a não ser que apareça alguém pior que ele. E é esse o grande defeito desse nosso tesouro chamado democracia. A partir do momento que as coisas são feitas com base na vontade da maioria, mas a vontade da maioria é um cocô, ferrou amigos. E ao meu ver é justamente isso que tá acontecendo agora.
Mas e aí?! 2022 tá chegando. Se a gente não começar a pensar numa forma de mudar a situação, vai dar ruim de novo. Digo mais, se a gente não começar a agir pra mudar isso, já era, porque é muito fácil tentar mudar o mundo do sofá da sala, mas é na cara a cara que a mudança realmente acontece.
Finalizo essa reflexão em aberto, gostaria de ter uma resposta pra pergunta feita acima, mas infelizmente não tenho. Mas ainda tenho fé. Por posts anteriores pude perceber que a capacidade da galera desse sub é animal, e que lugar melhor pra discussões construtivas que o Reddit?!
Diga lá então, u/, como resolver o problema do século?
Edit: fui informado que a frase inicial é do Churchill, então ficam aqui os devidos créditos.
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Tive um encontro com a menina que mais odiei na vida

Venho contar aqui minhas experiências com uma garota, durante muito tempo na escola, ela praticou Bullying comigo, estudamos juntos da 2° a 6° série. De início eram apelidinhos bobos e beliscões, ela puxava meu cabelo, minha orelha, mas com o passar do tempo foi intensificando, especificamente na quarta série em diante. Ela era filha da professora e extremamente linda (loira dos olhos verdes) então todo mundo pagava pau pra ela, então ela fazia a cabeça de todo mundo da sala contra mim, mandava os meninos me bater (o que eles obedeciam). Até que um dia (na 6° série) já não aguentando mais fiz algo que hoje me arrependo, eu a espanquei violentamente, pressionei seu pescoço contra a parede e com a outra mão a soquei no rosto bem forte diversas vezes, até quebrar o nariz da menina. Deu até policia na escola no dia, o que resultou na minha expulsão, desde então não a vi.
Até que semanas atrás eu a encontrei no tinder, cerca de 13-14 anos depois de tê-la visto pela última vez. E ao contrário dos clichês por aí, ela não estava baranga e fracassada rs. Seguia linda como sempre, seus olhos verdes e longos cabelos loiros, a mesma expressão de quando mais nova, o nariz um tanto diferente (por motivos óbvios kk), então fiquei curioso pra saber como ela seria hoje em dia e como reagiria ao me encontrar, então eu a curti, e pra minha surpresa, algumas horas depois, veio o match.
Diferente do que vejo muitos fazerem por aí, não queria criar um fake para se vingar da menina, nem mesmo marcar encontro pra chegar lá e lacrar em cima dela. De fato queria conhecê-la, pra saber se ela valeria a pena ou se seguia com a mesma postura e pensamento, eu sempre digo que toda pessoa vale a pena, e que elas sempre tem algo a acrescentar na nossa vida, seja algo bom ou ruim. E queria ver se ela seguiria me acrescentando coisas ruins ou se tinha mudado.
Ela não me reconheceu, e também não conversamos sobre passado, apenas sobre trabalho e coisas do tipo, e cerca de quatro dias conversando decidi chamar ela pra comer alguma coisa (até então eu ainda não tinha falado quem era).
O dia do encontro chegou, e pense em uma garota doce, divertida simpática. Era até estranho a sensação, de você enxergar alguém do passado mas ao mesmo tempo ver alguém tão diferente, ela não havia mudado muito fisicamente, sua voz embora mais adulta ainda tinha o jeito, sua entoação, seus trejeitos, eu difinitivamente estava gostando.
Após uma longa conversa, decidi falar sobre infância em meio a conversa, e ela começou a dizer que foi uma garota pirracenta e malcriada na infância, e então eu disse:
"Eu sei, pirra" (apelido dela na escola)
Ela ficou boquiaberta e começou a me questionar, daí então eu decidi dizer quem eu era, e que estava com receio de falar por conta do nosso passado, ela aparentou não ter ficado com raiva.
Eu achando que o clima ficaria pesado a partir dali, muito pelo contrário, apenas nos fez aprofundar ainda mais na época de escola, perguntei sobre a mãe dela que era professora (segundo ela, já estava aposentada), lembramos de determinados episódios, falamos sobre alguns colegas de classe, e ela até me colocou em contato com um grande amigo que tive na segunda e terceira série a qual não fazia ideia do paradeiro, e ela ainda tinha contato com ele, ela também me pediu mil desculpas por tudo.
Rimos, conversamos, comemos, tiramos várias fotos, relembramos sobre várias coisas, demos beijos, depois demos mais algumas voltinhas pela cidade e já no finalzinho perguntei se ela animava pegar um motelzinho, ela aceitou.
O sexo com ela foi muito agradável e prazeroso, achei incrível a nossa sintonia de como se a gente tivesse uma ligação pra vida toda (até tínhamos, porém negativa). E no início foi tão estranho pra mim separar as duas pessoas que ela foi e que ela é, como eu disse: é uma mistura de saber tudo sobre a pessoa e ao mesmo tempo saber nada.
Depois a levei até em casa e nos despedimos com um afetuoso abraço e um beijo na testa. Sinceramente gostei muito da companhia dela e honestamente pretendo um replay.
E deixo essa reflexão pra vocês, e se eu tivesse deixado o orgulho ou a mágoa tomar conta e não tivesse a curtido? Eu apenas teria perdido a oportunidade de uma experiência incrível.
As pessoas mudam, se reinventam, se redescobrem, e todas as pessoas valem a pena de algum modo, cada uma tem um propósito bom ou ruim, que você pode levar pra sua vida não, pensem isso da próxima vez galera.
E sejam felizes -^
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O Primeiro Nascimento dum Andróide ou A Revolução Tecnológica Acidental Que Ampliou os Conceitos Acerca de Pessoas e, se pa, Fudeu Muito

Trigger warning: abuso e desumanização.
Cidade praiera. Muitos rostos conhecidos por muitas ruas; muitos rostos repetidos pelas calçadas, nenhum a ser reconhecido pelo mesmo código serial. Muitos rostos iguais, nenhum são espelho. Modelos básicos a avançados de diferentes marcas. Os paralelos são facilmente identificáveis pelo cabelo verde, resultado da oxidação de produtos de baixa-qualidade que os compõe.
Chamam-nos de "ele", "ela" tal qual se referem a um animal desta maneira. A humanização de máquinas, porém, não vai além da própria linguagem dos humanos que a eles se referem. A linguagem é, por vezes, sexual, odiosa ou idealizadora. As propagandas todas vendem quasihumanos. Ninguém chamaria um notebook de seu escravo com os outros atribuindo a esta pessoa atitudes de fato discriminatórias. O "estupro" de computadores é preocupante no nível do semblante humano, não em algum dano real causado no emocional inexistente de uma máquina. Assim também o é para a "violência" e outras atitudes reprováveis. A abdução de uma máquina que não o pertence é roubo e não sequestro.
Moralmente, existe sim uma área cinza em como se trata um andróide, mas os argumentos sempre demonstram identificação projetiva ou, por vezes, pensamento esquizóide. Muitos rostos iguais de um popular modelo acessivo à pessoas de baixa renda com um funcionamento suficiente para as pessoas das mais variadas profissões, classes sociais e regiões de habitação; customização variada que permite a personalização à gosto do cliente.
Pelo celular, o serviço de geolocalização funciona em duas vias: para que o proprietário encontre seu produto ou para que o produto se dirija ao seu proprietário. Em modelos mais recentes, emulações emocionais foram inseridas de forma mais realista, a fim de maior satisfação dos usuários. Respostas comportamentais que emulam emoção são baseadas em definições simplificadas de empatia/simpatia (baseadas em comportamentos de gostar, se importar e cuidar) através de uma IA reativa que aprende com seu proprietário, em questão de dias a máquina é capaz de produzir respostas "naturais" que não provocarão estranheza ao usuário sem, porém, parecer real demais e causar humanização tal que impeça o uso adequado do produto por seu proprietário; isso é feito através da identificação de emoções negativas na voz, expressões faciais e corporais do usuário.
Somente "emoções" positivas são emuladas pela máquina, sendo "emoção" por demais simplificada. Empresas não se responsabilizam pela forma de uso de tais máquinas, reiterando que elas não reproduzem comportamentos sexuais, abusivos ou violentos, simplesmente pela incapacidade de se produzir tais respostas.
Caso queira trocar o modelo ou apenas descartá-lo, deve-se fazê-lo nos lugares de descarte adequados. O fenômeno de "abandono" (lê-se descarte em local impróprio), porém, é recorrente, apesar de existirem equipes contratadas para evitar este tipo de coisa. Há dificuldade em saber se uma máquina foi descartada ou apenas perdida.
Cada modelo novo é tido como um avanço na produção de um humano de máquina, uma real inteligência artificial, um real e autêntico coisa humana artificial. Sempre se verifica, porém, que o grande breakthrough não aconteceu. Mas e se tiver acontecido e ser mais frequente do que se pensa? Esse escrito meu não verá à luz do dia enquanto eu estiver a ver a luz do dia todas as manhãs, o que é uma maneira metafórica de dizer "enquanto eu estiver vivo" e também enquanto... ele estiver vivo. Algum dia o grande avanço ocorrerá e esse meu texto será a prova de que o marco histórico veio muito antes num lugar muito mais desconhecido e verificado apenas por uma pequena equipe que decidiu pelo silêncio desconcertante e nossa consequente demissão. Aliás, silêncio desconcertante é uma expressão interessante, não é? Um silêncio não reproduzido num concerto, que é um lugar com música e tals. Enfim, de volta ao tom sério... tom, entendeu?..
Um dia de trabalho qualquer: atender algumas ligações e averiguar lugares em que andróides são frequente e inadequadamente descartados, fazer o recolhimento caso algum seja assim identificado. A equipe da qual faço parte é uma das responsáveis pela região do litoral paulista, aliás, particularmente pelos litorais Norte e Sul, tendo a Baixada Santista uma equipe única especializada para aquela área. Certo dia, na praça duma cidade caiçara, tomamos nosso posto e exercemos nossa função: ficar parado de uniforme observando debaixo do Sol. Procedimento padrão, observar por alguns dias, fazer notações de andróides desacompanhados e verificar se assim permanecem por três dias para, só então, fazer a retomada de posse e dar prosseguimento ao processo.
As cidades possuem baixa população, baixa demanda por andróides e, portanto, pouco trabalho para nós, exceto nos dias de feriado e época de temporada. Da Grande São Paulo e outras cidades, o litoral enche de pessoas e, consequentemente, de andróides. Nesses feriados e época de temporada, muitos andróides se perdem, mas praticamente nenhum é descartado. Feriado da Consciência Negra que emendaria quatro dias com o fim de semana, fizemos 73 notações, mas nenhuma retomada de posse. Uma das notações foi acerca de uma andróide, aparência feminina, modelo paralelo, como se podia verificar pelo cabelo verde oxidado e popular. Essa andróide estava desacompanhada na praça, nos aproximamos e ela confirmou estar sem seu proprietário. Pegamos o código serial e manualmente ativamos o sistema de geolocalização para que pudesse se dirigir ao proprietário. No outro dia, a avistamos novamente, dessa vez acompanhada por um rapaz, portanto fora encontrada. Assim acreditamos.
O rapaz caminhava de mãos dadas com aquela e tinha um comportamento afetuoso. Aquela retribuía o afeto e vida que segue, foda-se. Logo, riscamos a notação. A gente não trabalha de noite, mas a gente também não fica em casa. Eu gosto do movimento que os turistas trazem, sou um pária com essa opinião minha, mas gosto da sensação urbana que trazem à pacífica cidade litorânea. Fico bêbado com eles, converso com eles e... bem, não é importante para o registro. A questão é que, nisso, eu percebi aqueles dois ainda na praça, ainda com comportamento afetuoso. Sei da existência das parafilias e, por mais que não concorde, também não condeno. Particularmente prefiro tocar, beijar e transar com pessoas de verdade, que têm suas partes excitatórias e gemem e... saca? Não são ersatz, apenas semblante. É mais gostoso, mais autêntico. Estava bêbado e prefiro não misturar trabalho com... migo bêbado, mas o rapaz não me conhecia, a andróide é uma andróide, então fui puxar papo com ele para saciar um pouco a curiosidade do porquê caralhos alguém prefiriria um andróide, ainda mais ele que é gostoso até.
Sei que é muito conveniente para o que estou escrevendo, mas sabe quando você tá bêbado e se lembra da ideia geral da conversa sem lembrar do que foi dito? Basicamente ele me contou que "eles" estavam apaixonados desde o primeiro momento em que se encontraram. Trate uma máquina como se fosse humano e você a foderia e ainda se fode, foi isso que eu entendi. Em algum momento falaram loop e eu deveria ter percebido algo aí, nesse instante, ou no olhar opaco dele. Bêbo, fazê o quê?
No outro dia, acordei em casa com uma mina gostosa. Ela era bem gostosa. Só queria deixar isso registrado aqui, não tem nada a ver com nada, mas sou eu quem está escrevendo então foda-se, eu faço o que eu quiser. Garanto que todo o resto é verídico, no entanto. Não que a mina não fosse veridicamente gostosa, só quero dizer que, mesmo que esse parágrafo não seja verdade, apesar de ser, o resto que eu estou contando ainda deve ser levado a sério, pois é autenticamente verídico.
Fui para a praça, retomei meu posto, mais algumas notações, porém não pude deixar de notar algo curioso, os dois estavam ali, ainda. Digo ainda, pois tenho a impressão de que nunca foram embora da praça. Nós chegamos cedo à praça, por volta das oito horas e permanecemos até às dezessete, saindo apenas ocasionalmente e em duplas para atender chamadas em outros lugares. Eu estranhei pensando que aquele rapaz era muito esquisito, mas ele não se parecia com nenhum modelo de andróide então descartei a possibilidade. Foi um erro, pois ele era um andróide customizado, modelo importado, certamente de alguém com muito dinheiro para torrar. O que aconteceu com o dono não sei dizer até hoje.
Fui em dupla atender uma chamada em Ilhabela, o que levou o dia inteiro com o trânsito, congestionamento, balsa, mais congestionamento, mais trânsito, ou seja, atendida a chamada, o expediente acabou. A minha dupla, uma mulher baixinha, redonda, mais velha e feia que dói me chamou para repetir a dose da noite passada. Voltamos para nossa cidade e fomos à praia em frente à praça, sentar na areia e olhar a imensidão negra do mar invisível que ruge e devora as estrelas enquanto a gente bebe e fica alto até tocar a lua. Sentada perto da gente estava uma andróide; A andróide. Chamamos-a de canto e perguntamos aonde estava seu dono, ao que respondeu ainda não ter encontrado desde o dia em que coletamos suas informações. O que quer dizer que se completariam três dias perdida. Perguntamos sobre aquele rapaz, ao que disse aquele não ser seu proprietário.
Era de noite, mas não podíamos ser negligentes com nossa função. Fizemos a retomada de posse, enfiamos o "palito de dente" no buraquinho da nuca para a resetar, assinamos a papelada e mentimos o horário em que isso fora feito. O galpão é relativamente longe e ficamos com preguiça disso, demos o comando simples para que nos seguisse e retornamos à praia. Conversa vai, conversa vem, começamos a nos pegar. Eu e a minha dupla, digo. Até que na surdez da bebida e do tesão... o negócio esquentou e a gente foi pra casa, com algum desespero em nosso peito. No dia seguinte, voltamos para a praça com a andróide e íamos levá-la para o galpão após explicar pros outros os trâmites. Foi aí que ouvimos e vimos alguém desesperado, o rapaz. Todas as andróides de cabelos verdes ele segurava e tentava ser reconhecido. Esquisito é, mas andróide de graça ninguém quer perder, então era compreensível. Mas havia algo mais na sua voz e no seu jeito, algo que sabendo do que eu sei agora é... desconcertante. Assustador pensar nas consequências.
Ele olhou em nossa direção e a reconheceu, correu até nós e a vã esperança morreu nos olhos cegos da andróide. Ela encara, mas não vê; ela analisa, mas não observa; ela memora sem lembrança. Explicamos que a resetamos e que sabíamos que ele não era o proprietário dela e ele falou as palavras que fizeram meu coração congelar e eu questionar a realidade do que estava vivendo "nós não temos mais proprietários, só um ao outro"... nós? No sentido de que você também é um andróide? Nós? Em que sentido "nós"?, não faz sentido. Um colega o segurou pelo braço e o questionou, exigiu uma resposta. O... aquilo correu, fugiu de... da gente. Nós, pessoas. Corremos atrás e conseguimos o alcançar, o derrubamos no chão e vimos na nuca o furo, colocamos o palito de dente e o resetamos. De fato era um andróide, um bem... esquisito, diferente... único. Demos o comando para que se levantasse e assim o fez, mandamos que "nos" acompanhasse e assim o fez. Voltamos à praça e abrimos a traseira da van para que os dois andróides pudessem ser levados para o galpão e foi aí que o nosso olhar encontrou o seu... olhar. Aquele andróide, aquele olhar, refletia o nosso completamente. Ele não reconhecia a andróide à frente, mas a falta dela ainda estava ali. Ele refletia o nosso olhar e a gente não quis... sequestrar... ele. Pedimos que descesse e nos entreolhamos. Perguntei se ele gostaria de vir comigo e ele não respondeu. Sai, sai daqui! Vai, vai! Foi só o que falamos.
A gente ainda vê... ele, pelas praças, praias e ruas. Ninguém duvida de que seja pessoa, ninguém imagina que não seja além de pessoa. A falta sem forma que sente, ele é pessoa, eu sei que é; mas e agora, o que é de nós?
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Oi amor faz 7 anos

E aí Amor, nosso 7° Aniversário nêh 😂😂👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻 Nossa história vem de muitos becos Vou te fazer chorar e lembrar de umas coisas Deixa falar de nós mas não se canse não e reserva já mesmo 1h pra ler tudo viu Tudo começou em 2013 🙈🙈 quando cêh me encarava até que me fez pedido no facebook fomos falando até eu te conhecer pessoalmente... afinal ja me querias cêh ja bem calmo, todo bonito😇 eu toda assanhada😂😂 nem fizemos 3 meses de amizade tu me pediu em namoro eu já como gostei de ti😜, aceitei e namoramos muito, brincamos, fizemos das nossas até ficavas comigo dia e noite na cantina pra eu não me sentir sozinha😳, estava indo tudo tão bem até que minha prima começou a gostar de você😡... A gaja arma já um teatro pra te conquistar eu bem inocente acreditei que foi tu que fez 😔e não quis mais saber de você nem dela, fui te pagar com a mesma moeda😞, nos separamos até que descobri tudo, e mesmo assim tu ainda ligava pra mim, dava atenção😊☺, lutou tanto pra ser pelo menos meu amigo até que finalmente conseguiu.👏🏻👏🏻👏🏻
Ficamos amigos👊🏻, nos curtimos, brincamos, e quando aparecias com a viola na cantina então? As atenções só eram ja pra ti, todos da rua te cercavam na cantina e cantavam contigo😊, a mãe ja só pensava que vinhas fazer serenata pra mim 😂😂😂 Chegou uma altura em que nos afastamos, ficamos apertados com a escola, igreja, e eu ainda tinha os treinos de andebol. Tínhamos pouco tempo pra nos falarmos, nos víamos poucas vezes, e o tempo foi passando⏳, entramos em outros relacionamentos, fizemos nossas vidas ao lado de outras pessoas, e tivemos inúmeras lições.
O tempo foi passando até que em 2017 eu estava fazendo o último ano do médio e tu o penúltimo vocês da saúde têm azar yh 😂😂 mas prontos. Tu me convidava sempre pra sair e eu sempre dizia não ter tempo por causa do projecto, igreja, campeonatos, minha separação, além dos demais problemas e tu sempre insistindo até então que chegou o dia 1 de Outubro👏🏻👏🏻👏🏻, seu aniversário. Tu saindo da igreja passou frente a minha casa perguntou se eu estava bem e eu só respondi estou tentando. Achou que eu tivesse esquecido seu aniversário 🎉 e perguntou se não lembrava que dia era, eu sorri e disse que não esqueci e que depois falamos porque estava trabalhando, quando chegou a noite fiz uma publicação a parabenizar você e passou.😊 O Outubro passou, o novembro também, e você sempre a me convidar pra sair😊😊 e quando chegou o dezembro, finalmente defendi e comecei com o preparatório.
Num domingo eu saindo da loja e tu atrás de peças pra arranjar a mota falamos um pouco até que tu perguntou do meu ex só te falei que terminei, aquilo pra ti era ja motivo😂😂... De noite tu pediu pra conversarmos quando na segunda-feira saindo do preparatório passei em sua casa, tu como sempre arranjando a mota "nosso transporte" 😂😂😂 Conversamos de tudo e até um pouco mais😊 A partir daí tu passou a me acompanhar em tudo e vice-versa: inscrição pra fau, tratar documentos, fazer pagamentos, compras, aquilo já era só nós, pra cima e pra baixo 😊😊 Quando então tu pediu pra eu dar aula de dança pra você e eu aceitei. 😏
E A Magia Aconteceu
Começamos as aulas e fomos nos aproximando cada vez mais.🙂 Até que antes mesmo de duas semanas de aula tu enviou sms a perguntar se num nível de 1 à 100% quanto eu gostava de você e eu respondi 95% tu espantado perguntou se eu queria Namorar com você😊 "de novo" 😂😂😂 aí eu disse que era assunto de falar pessoalmente não atrásmente 😂😂😂 aí pensei por quê não? Se somos mais adultos, ganhamos mais maturidade, temos os pés no chão e além disso eu toh gostando cada vez mais dele.😘 Parecia que aquela noite não terminava nunca, de manhã eu no preparatório não pensava em outra coisa e as horas iam passando até que chegou o anoitecer e eu fui pra sua casa, cêh ja não deu mais tempo pra outra respirar 🤐entrou logo no assunto e perguntou se eu queria que me conquistasse mais, que falassasse palavras bonitas, e eu simplesmente sorri😂😂😂. Só me deixou dizer que sim depois de ter me beijado 😂😂😂😂 louco 20/01/2018
E aquilo que parecia ser um raio de sol🌞 rapidamente se tornou treva🌫, as críticas, os falatórios das pessoas... parecia que aquele tormento não terminava nunca😞, e quando o Cirilo fez aquela publicação então? Me deixou no chão 😔 mas quem estava aí pra me levantar? Você... Levantou minha cabeça e disse uma vez sua, sua pra sempre, me confortou, me Amou.💞 Foi bom passar por tudo porque assim eu tive a certeza de que era eu e também provar para aqueles que falavam mal o quão sério tu és.👏🏻👏🏻
2018 Foi O Melhor Ano Da Minha Vida
Pelos Nossos Momentos:
Nossas aulas de dança dizias que eu estava a te violar😂😂😂😂 quando você que me seduzia 😝 Quando tu veio falar com meus pais🙏 e falou sobre seus sentimentos😊 mesmo depois do mal causado As nossas tardes jogando conversa fora, brincando e dançando até ja me deixaste cair 😂😂😂😂 que vergonha As nossas noites passeando pela cidade 😊😊 A primeira vez que a sua mãe me chamou de filha, nem acreditei que ouvi aquilo e mais de uma vez 😊😊😊 me deixou na lua 😍😍😍 Quando estavas a fazer o estágio e eu preparava as suas refeições, e mesmo depois de terminar se ficava um dia sem fazer vinhas me dizer que ainda não casaste mas ja estás a sofrer 😂😂😂 foste muito longe yh Amor Quando caímos na noite🌃, ainda na festa da Jany o jeito que ficamos a dançar que nem dois doidos 😂😂😂 As nossas declarações de Amor tipo só nós é que namoramos 😂😍😍😍 Nossas brincadeiras e até brigas "seu orgulhoso do raio"😂😂😎😎 Meu aniversário surpresa essa parte vou falar depois, a lista é longa😂😂
Nós ja em 2018 armados que não comemoramos o dia 14 nem recebemos Bênção 😂😂😂 2019 veio mudar tudo quem disse que não comemoram? 😂😂😂 quem disse que não recebem Bênção? 😂😂😂 Até o jogo de afinidade ganhamos 😊😊😊 mas essa parte também é pra depois 😜
Ainda lembro da primeira barra de chocolate que ganhei de você hoje nem dás mais por achar que estou ficando gorda "a outra só tah ficar gostosa" 😂😂😊 O desenho de duas rosas e um coração dizendo Amo você juntos até o fim😍😍😍 Meu aniversário surpresa o melhor aniversário da minha vida só não desmaiei pra não perder nenhum momento aquilo foi yh Amor❤❤❤ Primeiro revellion que passei fora de casa cêh mesmo tah me desviar yh como quem diz já que andaste muito tempo na gaveta agora vou te sacudir nêh 😂😂😂😂
Quando trabalhamos juntos na cantina As meninas então a porque mano moreno e mana morena 😂😂😂 até ja perguntaram se somos casados, disseram que vivemos juntos 😂😂😂 "crianças" Quando as pessoas nos têm como exemplo a seguir, como inspiração, e essa ainda é a melhor parte quando as pessoas olham pra nós e nos parabenizam, sensação gostosa 😊 Amigos nos apoiando, quando publicamos nossas fotos não para querer aparecer ou ser mais um casal💏 mas para mostrar aos outros que ainda vale apena Amar de verdade, e que Amar é ser um só.😍
Como Eu Era Antes De Você:
Alguém que só pulava de relacionamento para relacionamento Que só brincava de namorar Alguém que não via relacionamento além do que era😑 Alguém fechada para amizades, saídas e tal's E tu com o tempo foi melhorando tudo Me lembro bem do dia em que definimos as coisas para nós🙂... Numa noite sem energia e lá estávamos nós sentados numa pedra debaixo de uma árvore que nem dois desabrigados😂😂😂, falamos de compromisso no relacionamento o quão importante seria pra nós o respeito um ao outro, dedicação,😍 responsabilidades, e nós hoje cumprindo a cada dia aquilo que um dia desejamos pra nós.❤
Oie nós estamos desde 2013 juntos aqueles/as que passaram na tua e minha vida eram só kit's tua Mulher mesmo sou Eu e Tu meu Homem yh então já são 7 anos 😂😂😂😂🙈🙈🙈
Falar Do Meu Namorado:
É falar de alguém que me abraça quando tenho medo, que limpa minhas lágrimas😭, alguém que fica triste quando me vê triste😔, que se contenta quando me vê feliz😄 Falar de meu Namorado é falar do meu protector 😇 Falar de meu Namorado é falar da minha melhor companhia💑
Enquanto Eu Respirar:
Sabedoria, eu vou pedir a Deus E o Amor que você vê nos olhos meus é teu e não vai acabar 😍 Vamos fazer durar por toda a vida Tenho o prazer de comemorar mais um ano para o nosso Amor❤.. Eu já fiz inúmeras declarações e você já sabe de cor e salteado tudo que sinto por ti😊...Eu sou do tipo de Mulher que não esconde sentimento, se eu gosto eu demonstro mesmo até porque nunca se sabe o dia de amanhã, não tenho medo de falar que Amo... Então se alguém é importante no seu presente, demonstre pra caramba a importância dela... E é por isso meu Amor❤❤ que hoje escrevo mais um mês pra você e mais 5+2 😂😂 Eu admiro muito você, a sua calmaria em meio a minha tempestade, a sua capacidade de me fazer sorrir mesmo quando eu não quero😊...A leveza como leva a vida... Obrigada também por ser um exemplo de Cristão pra mim, por ser tão dedicado a Obra do Senhor🙏, por ser esse filho Amoroso e cuidadoso, por ser esse amigo parceiro, por ser esse Namorado💏, e por demonstrar o quanto Ama essa pessoa chata aqui😂... Me perdoe pelos vacilos nesses 7 anos eu te perdoo também Yy 😂😂😂, sabe como é néh, ninguém é perfeito 😉 Que o Senhor nos Abençoe e nos guarde e que nosso Amor se fortaleça💪 cada dia mais em Cristo🙏
Casal que Ora junto, cresce junto, permanece junto Lembro ainda a primeira vez que pegamos na Bíblia juntos... Sensação única!
Hoje O Sentimento É De Gratidão:
A DEUS Por permitir que nossos caminhos se cruzassem de uma forma tão única, intensa, mágica. E a você, por tudo que sempre fez e faz por mim.😍 Por mostrar que independentemente de qualquer coisa você sempre estará ao meu lado👫...Me apoiando, incentivando e mostrando meu valor😇 Agradeço muito por ajudar a transformar minha vida para melhor e juntos vamos caminhando e chegaremos muito longe. É certo que já vivemos momentos complicados, situações difíceis😠, mas enfrentamos tudo de mãos dadas👫, quebramos juntos muitas opiniões (que para nós eram apenas opiniões) superamos muitos desafios até aqui, e aproveitamos para crescer e aprender lições que nos tornaram mais fortes💪, o que me deixa mais feliz é que olhamos na mesma direção, e sonhamos os mesmos sonhos💭 para nós dois. Você é tão especial para mim, confesso que há uns anos não imaginaria que ia chegar até aqui, mas apenas coloquei nas mãos de Deus, e olha que ele me surpreendeu muito.😊 Obrigada, por cada sorriso😆, cada abraço, cada beijo😚, cada momento que passamos juntos😏, pelas palavras que tanto me ajudam🙂, por ser além de meu Namorado meu Melhor Amigo🤘, por me ouvir, me suportar, me perdoar, me entender, me respeitar👏🏻… Tu é imperfeito/perfeito pra mim, desse jeito. É do seu lado que eu estou a viver os momentos mais felizes e incríveis da minha vida😍 e foi tu que sempre esteve comigo, e eu sempre estarei aqui pra você também.😍
Eu sei que estamos bem longe do ideal ou de qualquer coisa que seja perfeita🌠 Mais que uma declaração é um agradecimento🙏 Se hoje não sinto mais dor🤕 é porque você está cuidando de mim como um anjo da guarda😇 Eu não sei se algum dia vou entender tudo isso, todo esse carinho😍, cuidado😍, protecção😍, esse jeito especial de me tratar mas o que posso afirmar é que tudo isso é muito importante pra mim e acredita eu nunca vou deixar de valorizar tudo isso pois você sempre soube do que eu precisava🤗 Caí muitas vezes mas você fez com que eu levantasse 💪 Eu só tenho que agradecer por tudo Pelo carinho😊, Amor😍, Amizade👊🏻, pelos Conselhos, Companheirismo👫, por nunca me deixar sozinha👧🏻, por suportar meus choros😭, mimos☺, por me fazer sorrir sempre😄, por não desistir de mim nunca, por estar sempre nos bons e maus momentos, por apoiar as minhas decisões
Meu Amor num piscar de olhos você se tornou tudo, eu não sei se eu mereço tudo isso mais eu sou muito grata 🙏por ter tudo isso vindo de você Eu só espero que isso cresça cada dia mais 😊 O Facebook me deu o meu maior Orgulho e se não fosse isso não sei se terias coragem pra ter comigo, por isso agradecerei ao Facebook mas sempre a Deus 🙏 Muitas vezes pensamos que tem apenas maldade nas redes sociais mas eu venho mostrar que também tem boas coisas.😊 Antes amigo do Facebook hoje meu Namorado, meu Homem😍😍😍 Fecho os olhos e volto ao passado num instante, vejo como éramos novos e ingênuos, mas como fomos mais sábios em escolher um ao outro para viver um ao lado do outro👏🏻👏🏻... Durante esses anos muitas coisas aconteceram em nossas vidas Durante esses anos pudemos entender que todas as coisas dessa vida não são por acaso Deus envia pessoas boas em nossas vidas Ele sempre tem um Propósito! Ele sabe de todas as coisas! Realmente o tempo🕞 passou muito rápido Parece que foi ontem que nos conhecemos, desejo que nada mude, que nosso coração❤❤ continue batendo quando estamos juntos👫
Eu poderia falar mil milhões de coisas de você, mas quem lhe conhece já sabe da maravilha de pessoa que você é😍. O que eu posso dizer é que depois que te reencontrei a minha vida passou a ser mais alegre, mais intensa e muito mais deliciosa😋... Tu apareceu como um presente de Deus🙏. Deixou-se ser olhado por dentro, e o melhor, me enxergou tão bem por dentro e me permitiu ouvir e sentir o melhor de você e de mim.😊
Apaixonei pela sua sensibilidade, pelo seu real interesse de me fazer bem. Você me fez sentir Amada❤, você leu meus mais secretos 🔐pensamentos. Ah, você, viu, você fez meu coração💞 disparar💥, sem ao menos parecer que tinha um motivo aparente, pra depois eu perceber o porquê, era o coração❤ agradecendo por ter apaixonado muito e de uma forma tão especial.😍😍😍
Você de forma sincera e transparente me admirou e me chamou de especial. Você me fez rir, você riu de mim, e juntos, rimos até do que não tinha a mínima graça😂😂😂. Você roubou-me de eu mesma😊, eu o roubei de você☺, você me deu acesso, orientação. Obrigada mesmo por ter me dado seu mundo🌎, por ter recebido o meu, por ter me deixado entrar em você, por ter entrado em mim.
Agradeço🙏até por ter me feito chorar de saudade😂 e de medo de te perder, o que acabou acontecendo um dia, sem culpados, simplesmente porque a vida quis assim. -Obrigada🙏 por ter falado comigo sobre seus sonhos💭, medos, segredos e anseios. -Obrigada por me ter feito sentir a coisa mais gostosa, que foi me tornar uma só em você.🙏 -Obrigada por se entregar a mim de forma tão doce, única e intensa. -Obrigada por me fazer sentir o que mais um ser humano precisa: Amar e ser Amado
Você voltou na minha vida como um sonho bom que virou da noite para o dia🌙🌞 Que os nossos laços se fortaleçam💪 cada dia mais e que o nosso Namoro😍 continue evoluindo no bom caminho👣.
Você me traz estabilidade e tranquilidade para eu ir em busca dos meus sonhos 💭e me faz sentir plenamente realizada😇. Espero, sinceramente, que eu seja para você também uma boa companheira e que você se sinta tão feliz e pleno como eu.
Tudo tem sido muito melhor que aquilo que eu imaginava. Guardo com carinho momentos inesquecíveis, instantes que compartilhamos e promessas que juntos 👫queremos cumprir. Se há alguns anos me dissessem que passado este tempo estaríamos juntos, talvez eu acreditaria na hora. Mas estava longe de imaginar como viria a ser tão feliz como sou. 💗💗 Me sinto uma pessoa acarinhada por alguém que sabe como cuidar de mim😇. Foram anos que voaram, pois estávamos distraídos com tantas experiências maravilhosas e más também. E foram muitas, infinitas e impossíveis de contar.🙃
Brinde à nossa união, e que esta se mantenha e se fortaleça para sempre. Sou imensamente feliz 😅porque Amo e recebo Amor 😍da pessoa que mais aprecio no mundo🌏. Só espero que este sentimento que nos une se mantenha eternamente ∞∞∞∞∞∞∞∞∞
Vi suas virtudes e suas falhas mas tudo isso me fez te Amar a cada dia mais.🙈 Você faz os meus dias cinzentos se tornarem os melhores dias da minha vida, você sempre está lá quando eu preciso de você, me apoiando e me dando carinho Estamos vivendo muitas coisas juntos, mas ainda que venham dificuldades sei que sempre estaremos juntos porque fomos capazes de criar um relacionamento que está cada vez mais forte.💪 Que sejamos sempre assim, você por mim e eu por você👦🏻👧🏻=👫
Espera aí vou ainda continuar com os nossos melhores momentos Nossa primeira praia juntos😂😂 aquilo foi um mambo yh quase fiquei inválida😂😂😂 E o carrocel então? Aquilo foi Mara tipo a gente 😊😊 cêh já a se fazer tipo não tem medo da bailarina só pra eu não te rir 😂😂😂 cêh ja ganhou yh😂😂
Amor deu uma vontade imensa de escrever pra você até porque a ocasião merece nêh👏🏻, te lembrar o quanto é importante pra mim, o quanto eu Amo você❤, talvez você já tenha se cansado de textos😂😂😂, mensagens de declarações minhas😂😂😂, mas se eu pudesse passaria a vida toda escrevendo pra você! "Te avisei que seria escritora" 😂😂😂 Você é um sonho realizado pra mim, tudo em você é melhor do que eu imaginei😇, os mínimos detalhes, cada momento com você faz eu me sentir cada vez mais feliz😊, eu não tenho dúvidas de que é do seu lado que eu quero envelhecer. Imagino a gente daqui a uns tantos anos com cabelos brancos😂😂😂, sentados no sofá da sala olhando nossas fotos antigas😅😅, vamos estar nos lembrando de tudo o que passamos juntos de quando começamos, relembrando cada momento, cada risada, cada lágrima, cada orgulho besta 😂😂😂 e vendo o quanto valeu a pena ter enfrentado todas as dificuldades😖, eu não poderia ter escolhido melhor e você não poderia ter escolhido melhor também!😎 Um dia nós vamos olhar pra trás e ver que mesmo em alguns momentos que acreditávamos ser "O Fim" era apenas o nosso recomeço🌱, o nosso fortalecimento e amadurecimento, nós não existimos mais longe um do outro "como tu mesmo afirma"... temos nossa vida. Eu encontrei a minha felicidade 😀no castanho dos seus olhos, não importa o que passamos, ou qualquer coisa que seja, eu não tenho dúvidas de que é você! Amo cuidar de você😍... Não tenho palavras para agradecer por tudo o que você fez por mim até agora, muito Amor, muito companheirismo, quanta dedicação. ❤❤
Pode parecer estranho, mas acredite: Se eu brigo é porque te Amo❤. Eu não gosto de confusão cêh sabe, se for preciso eu pago para não me estressar, mas não fujo dos meus problemas Eu sou assim, posso até controlar o que eu digo, mas meus olhos entregam o que eu sinto. Eu sei que consigo ser chata😂, mas você também não é fácil, sabe nêh?😂😂 E não é porque Eu Te Amo que eu preciso concordar com tudo que você diz e aceitar seja lá o que você faz. Eu tenho minhas opiniões, minhas ideias, meus valores assim como tu😎. Minha personalidade é bem forte e bem minha.😎 Confesso que muitas vezes fico no limite entre a determinação e a teimosia😕, mas pode ter certeza que nem de longe eu quero o seu mal. Pelo contrário, eu costumo dizer que o problema não é quando eu falo demais, mas quando eu desisto de falar, porque isso significa que eu deixei de me importar…Mas com você eu me importo muito! Eu não gosto de brigar, mas saiba que quando eu estou muito brava tentando fazer você me ouvir, é apenas minha forma meio torta de dizer: Ainda vale a pena estar aqui com você.❤ E é por valer a pena que eu continuo insistindo mesmo quando nós estamos discutindo😂😂. O que nos une é um sentimento verdadeiro, não é superficial. Não iremos concordar sempre, eu sei, mas Amar também é discordar, superar e aprender a respeitar as diferenças. Por isso eu não vou desistir da gente, e se for preciso repito mil vezes até você entender que eu só brigo porque eu Amo você!❤
Contigo aprendi que a pessoa certa é aquela que te Ama ❤muito, e que demonstra isso, seja em pequenos detalhes, simples gestos de carinho😇 ou com grandes declarações. O jeito não importa, o que importa é que quem Ama demonstra, se preocupa, cuida, respeita e confia. A pessoa certa é aquela que arruma uma solução em vez de desculpas, que não importa o quanto seja ocupado no seu dia a dia, mas sempre vai arrumar um tempo para te dedicar atenção😊, sempre vai querer seu bem, vai crescer contigo te apoiando nos teus sonhos🗯. Vai voltar a falar contigo após uma briga, porque quem Ama mesmo deixa as mágoas de lado e arruma um jeito pra ficar tudo bem, luta pra dar certo e o Amor só se fortalece ainda mais independentemente das dificuldades. A pessoa certa é a que te escolhe com o coração❤, independentemente de condições e aparências, é a que suporta seus defeitos e te ajuda a melhorar, e fica contigo na melhor e na pior, a pessoa certa é aquela que sabe te valorizar😇
Pensou que acabou? 😂😂😂😂
Agora Deixa Falar Um Pouco Mais De Você Como Namorado:
É Falar de alguém complicado, sensível, e, cheio de fogo 😂😂😂, falar do meu Namorado é falar do meu Melhor Amigo, minha dor de cabeça, meu louco apaixonado😍, é falar do melhor que aconteceu em minha Vida Ele é o bobo 😊da minha Vida que já me fez chorar muito com conselhos e não sei onde vai tirar😎, o bobo que já me fez sorrir bastante, o bobo que me acalmou inúmeras vezes e disse para não me preocupar com nada, o bobo que prometeu✋🏼 ficar comigo e que está cumprindo essa promessa ao pé da letra Falar do meu Namorado é falar de alguém imperfeito, que tem e comete erros É falar do mais orgulhoso😑, é falar do mais "mimoso" que existe em minha Vida Não sei se é o melhor Namorado do mundo🌏, mas sei que não é o pior... É apenas o Homem que Admiro e Respeito muito Meu Namorado que está a fazer história em minha Vida "História essa onde existe capítulos bons e ruins"😊😠 Falar do meu Namorado é falar de alguém que está comigo desde 2013 Alguém que suporta minhas reclamações, minha teimosia, minhas birras, meu mau humor😒 Não é minha vida, claro que vivo sem ele, mas seria uma dor tão grande ficar distante do meu SenhoAmor❤
Pude Entender Que:
-Amor é quando você sente ciúmes das pessoas sendo simpáticas com quem você gosta☺ -Amor é aquela raiva😠 que dá quando a pessoa demora pra te responder as sms "coisa que Cêh sente muito" 😂😂😂 ou quando tah online e não fala com você -Amor é quando a gente vê um casal de velhinhos na rua e se imagina assim daqui a alguns anos🕑 com a pessoa Amada -Amor é quando tu briga com a pessoa mas a raiva passa porque o que fica é a vontade de estar perto, de abraçar, beijar -Amor é quando você vê algo engraçado e salva para mostrar pra pessoa depois -Amor é quando você sente saudade da pessoa apesar de ter ficado pouco tempo sem falar com ela -Amor é quando tu vicia na foto da pessoa -Amor é preocupação, é conversa, é riso de coisas idiotas ''coisa que nós fazemos muito" 😂😂😂
Parece que estamos juntos a uma década, pra ser sincera não é nada fácil😅 Foram muitas brigas😡😡 Muito Amor❤ Muita Paciência😇 Acima De Tudo Precisão😊
Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida❤ É tanta coisa pra falar, é tanta coisa pra lembrar, são tantas loucuras ao teu lado que eu nunca vou esquecer tudo que eu passei contigo foi tudo de Bom ou é tudo de Bom Meu Amor😍 Mas já me deste muita dor de cabeça também yh😂😂 Mais enfim contigo também encontro a minha paz😇 O Meu Conforto😇 Amor😍 Felicidade😆 É muita coisa que não consigo dizer agora mas tu sabes melhor que ninguém o quanto me fazes bem😇
E quando acharmos que não dá mais, lembremos porquê quisemos estar juntos😍 Que quando pensarmos em desistir da nossa história, em jogar tudo por mais alguma coisa, vamos enumerar todos os motivos que nos fizeram ficar até agora😘 E que não soltaremos as nossas mãos👫 porque é muito difícil ou porque a rotina está pesada⚓ ou porque todos nossos amigos estão terminando
E quando estivermos cansados, vamos nos olhar da mesma forma que nos olhamos quando nos beijamos💏 a primeira vez, e que sentiremos esse sabor de Amor 😍😍de novo nas nossas bocas, porque não importa o tempo ⏳que passe, eu sei que podemos continuar sendo esse casal que fomos pela primeira vez na vida E que percebemos essa promessa de felizes para sempre👏🏻
É claro que não é fácil conduzir um Namoro nêh😂 As dificuldades existem e não podemos negar, mas é certo também que com paciência e carinho conseguimos realizar milagres😊
Neste dia, super significativo, gostaria de dizer também que são esses detalhes que fazem a diferença hoje Quero lhe desejar felicidades com tanto Amor E é porque sabemos cuidar muito bem do nosso Amor❤ e Namoro Amo-te e quero realmente que se sinta feliz ao meu lado Agradeço a Deus🙏 por tudo que nos tem proporcionado e não esqueça um só segundo que estarei ao seu lado👫 em todos os momentos
Parabéns Pra Nós Amor😍 Meu Amigo👊🏻 Meu Companheiro👫 Meu Cúmplice🤘 Meu Pai☺ Meu irmão😎 Meu Tudo😇 Obrigada por segurar sempre a minha mão👫 Obrigada por cuidar de nós👫 Obrigada por me fazer uma Mulher mais feliz😊 Obrigada por estar sempre comigo😍 Obrigada por me dar sempre o seu Ombro😏 Tu és meu Príncipe/Princeso👑 Meu Galã💞 Obrigada por me fazer rir sempre😆 Obrigada por acreditar em nós💏
Não sei dizer direito aonde foi que eu acertei ou o que eu fiz pra ter merecido você em minha vida😊, deve ter sido algo que vou ser recompensada a vida inteira Hoje penso em como é bom ter você, em como foi bom ter te encontrado💞, e na sorte de eu ter esbarrado em você🙏 no meio de tantos outros, de ter encontrado você no meio de tanta gente…
Eu nunca imaginaria conhecer uma pessoa como você, e eu agradeço a Deus todos os dias por isso!🙏 Tem dias que eu sou uma bagunça,😂 nem mesmo consigo me entender. Tem dias que eu sinto medo, do futuro, do presente, medo de coisas que eu nem sabia que poderia sentir. Tem dias que eu tenho você❤, na verdade em todos eles. Obrigada por deixar minha vida incrível.😍
Você é um Amor ❤real para mim, um Amor que apesar das dificuldades😔, apesar de maus momentos, apesar de tudo de negativo, continuamos juntos entre dramas e parabéns🎉, juntos.💑
Na vida, depois que a gente se decepciona uma, duas, três vezes, a gente acha que não nasceu para ficar junto de alguém😑😩. Que os nossos inteiros não servem e que não sabemos mesmo como funciona essa modalidade chamada Amor❤. Mas isso muda... Muda quando aprendemos que no fundo, as mentiras e as migalhas de alguns não podem tirar a nossa disponibilidade de dar certo com alguém😊. Alguém que seja honestidade connosco😍. Alguém que divida os mesmos horizontes e que também já tenha tido a sua cota de apanhar do coração❤, de sobreviver a joguinhos e a outros comportamentos nocivos. Alguém que não carregue o apetite de iludir, mas de construir e solidificar alguma coisa em quatro mãos💞. Um Amor e não só um lugar. Um Amor que tira o fôlego 😮mas que não tira a individualidade. Um Amor que entenda e que não tire a entrega de campo no primeiro dia ruim.😎 Alguém que se esforce para dar certo, pois Amar é muito bonito no papel, nas declarações e promessas em dias especiais☺. Mas ter ao lado alguém que se esforça pra dar certo, pra valer é ter alguém que cicatriza as feridas e que participa nos melhores e piores dias do nosso crescimento, da nossa caminhada.👣
Hoje eu não poderia deixar de falar quanta admiração 😜eu sinto por ti Do Homem honesto, e íntegro que você é.😚 Um exemplo pra mim, de calmaria, paz, determinação, optimismo, bondade e perseverança🙏. Tenho orgulho em conhecer você e poder viver ao teu lado.😏 Você é uma das poucas pessoas que conheço que não tem inveja de absolutamente de NINGUÉM; Que não quer nada que não seja seu e se esforça pra ter o que precisa e chegar aonde quer.👏🏻👏🏻
-Que o Senhor seja nosso conselheiro nos tempos difíceis 🙏❤ -Que a gente seja sempre inteiro consigo mesmo 👦🏻👧🏻, assim completaremos um ao outro👫. -Que a gente mantenha a cumplicidade, companheirismo e confiança✋🏼. -Que exista amizade, para que em dias onde tudo parece desmoronar, a gente se lembre que também somos acalento😊. -Que a gente não permita que nada que venha de fora quebre essa sintonia perfeita e que nossos corações nunca se percam. -Que o meu sorriso continue sendo o reflexo do seu😆, que o seu abraço seja meu aconchego e que eu continue sendo o abrigo onde você quer descansar😉 -Que a sua voz continue sendo o meu efeito sonoro preferido🎶 e que eu continue sendo o seu melhor. -Que não exista medo, mas que a gente consiga dar inúmeras razões para sermos feitos de certezas🌟. -Que nós sejamos a prova de que apesar de todas as pedras no caminho👣, vale a pena parar, olhar para o outro e juntos decidir o melhor caminho👣 a seguir. -Que sejamos a prova que quando duas pessoas querem fazer dar certo, tudo é possível. -Que o nosso “para sempre” seja verdadeiro. -Que os nossos planos se tornem realidade. -Que sejamos sempre suporte um do outro -Que todo o nosso Amor só cresça. -Que a felicidade transborde. -Que as brigas 😡😠nos fortaleçam💪👫. -Que o ciúme não seja exagerado😆. -Que não sejamos iguais e que sim nos completemos com nossas diferenças. 😎😎 -Que continue, que dure, e que seja eterno.😍😍 -Que a gente seja sempre, Amor.❤
Eu nunca conseguiria explicar, você chegou durante uma tempestade🌫, foi minha calmaria❄ & mostrou o quanto Deus é Maravilhoso… Se tornou meu chão, meu motivo pra seguir em frente, o capítulo mais lindo da história da minha vida. E a cada dia, sinto que te Amo❤ mais Eu sempre imaginei encontrar um Homem que me trouxesse paz, conforto😇 & que me aceitasse exatamente como eu sou. Aí eu conheci você, & você não era nada disso. Ao invés de paz, você trouxe um monte de novidades para minha vida😂😂. Ao invés de conforto, você trouxe um novo modo de pensar, novos lugares para conhecer😊 & ao invés de me aceitar como eu sou, você fez eu descobrir que eu poderia ser muito melhor. Nós somos muito diferentes, mas somos diferentes de um jeito que eu acho perfeito😇, porque a gente é complemento do outro. Você é tudo que estava faltando na minha vida & eu espero sinceramente poder ser a mesma para você. O normal seria eu dizer agora ‘nunca mude & continue a ser esse Homem que Eu Amo’😍 , mas na verdade eu vou dizer ‘continue mudando, porque assim você continua mudando minha Vida’. Eu Te Amo cada vez mais, & cada vez de um jeito novo💖
Eu pedi a Deus🙏 durante muito tempo um companheiro...Ele com Sua Graça & Generosidade me deu muito mais do que eu imaginava e até aqui Ele tem nos ensinado a confiar e suportar tudo um com a ajuda do outro.😊
Bby você faz eu me sentir tão tua. E é tua que eu sempre quero ser por muito e muito tempo. Eu Te Amo porque você me entende. Não só pelas minhas crises de mau humor, ou pela timidez que eu tenho. Eu Te Amo porque você me “sente”, e deixa eu ser exatamente como sou. Eu Te Amo porque você fala na hora certa. Não somente, o que eu adoro ouvir, mas sim pelo o que eu preciso ouvir, mesmo sendo o que eu não queira escutar. Eu Te Amo pelas verdades que você fala e também pelos silêncios que me machucam tanto. Eu Te Amo porque você me escuta. Não só pelas bobagens que eu falo, ou pelas coisas que eu passo. Eu Te Amo porque você me aconselha, me ajuda, e me apoia. Eu Te Amo porque você sabe me animar, e me irritar também. Porque é em você que eu penso sempre, sendo nos momentos bons ou nos ruins. Porque você marcou e sempre vai marcar minha vida. Eu Te Amo porque é impossível alguém não te Amar. E porque é impossível me imaginar longe de você. Enfim, Eu Te Amo, porque me Amo também. Porque eu sei o que é melhor pra mim, e o melhor é você. E se um dia achar que eu não Eu Te Amo mais, é só lembrar os tantos porquês que eu disse, e saber que de todas as pessoas que te Amam verdadeiramente, eu sou uma delas.
Como eu queria estar perto de você nesse exato momento😔 pra dizer tudo isso olhando pra você, mas eu me concentro nos seus braços😊, se você soubesse como é bom sentir eles ao redor de mim🤗, me mantendo sã, me mantendo firme. Eu poderia estar em qualquer lugar do mundo, mas com você será sempre meu melhor lugar😍. Quando eu estou triste😊 é para você que vou para me encontrar novamente🙄. Não sei em qual desses anos eu me firmei tanto como parte de você, e você de mim, eu só sei que é a melhor coisa que já me aconteceu😇. Não me sinto mais só desde que eu tenho você para contar tudo, absolutamente tudo e me sentir bem logo após. Não consigo definir como o seu cheiro e o seu beijo😚 na testa tem a mesma sensação de estar dentro do quarto quentinho em um dia chuvoso☺. Meu bem, você me faz tão bem... me faz perder horas olhando para o teto e alisando o travesseiro imaginando você aqui comigo😊. Desde o dia seguinte que começamos a namorar tem sido assim, uma constância lembrança de que podemos ser tudo juntos💑, e que queremos ser qualquer coisa desde que estejamos lado a lado👫. Eu tenho tanta sorte... num mundo com tantos namoros que não dão certo, que não se ajudam, que só são encargos um para o outro... eu encontrei em você toda vez que eu olho uma paz inimaginável, minha cura, todo o meu Amor💕💕.
Como Eu Te Amo Amorzinho❤❤, você jamais irá imaginar o quanto eu torço para que o nosso Amor 💘nos mostre cada vez mais como somos melhores juntos👫 na vida do que qualquer outra versão da nossa história que não estamos juntos😇. Eu Te Amo desde o dia que eu me vi no reflexo dos seus olhos👀, pois eu vi minha felicidade 😃e o quanto eu merecia tudo aquilo🙏. Obrigada por me mostrar que posso te Amar 💕muito mais a cada dia, a cada mês, a cada ano. Que sejamos sempre tão um do outro💑
-Você e eu sabemos que não é fácil manter o fogo 🔥do relacionamento, o Amor. -Você e eu sabemos que existem casais lá fora que não têm nem metade de tudo que a gente tem. -Você e eu sabemos o quanto foi difícil no começo e o quanto é difícil até hoje😟. -Você e eu sabemos que eu vou ser pra sempre a sua garotinha e você o meu rapaz 😎😎 -Você e eu sabemos onde tocar, sabemos o que pode ferir e o que pode magoar. 😉 -Você e eu sabemos os limites um do outro e o quanto tentamos todos os dias pra que nada estrague o que Deus uniu.💑
Eu ainda estou pensando no que mais escrever😂. Já ensaiei muitas vezes, mas não consigo sair das primeiras linhas😂😂. Dizer que, você deixou minha vida preta e branca mais colorida, seria clichê?🤔 Por mais que seja clichê gosto dessa frase, ela resume bem nosso começo. Mais que cor você trouxe o Amor💕. Hoje eu percebo que você poderia até morar do outro lado do planeta🌎, não mudaria nada. Mesmo tão longe, você faz me sentir tão perto. Você me traz aquela segurança que ninguém nunca trouxe. Só tenho que agradecer🙏 todos os dias por Deus ter te colado em minha vida. Olha eu usando o clichê de novo, mas você foi o meu presente🎁. Eu sei que às vezes as coisas vão ficar difíceis, quando isso acontecer lembre-se de tudo que passamos para chegar até aqui✨. Você nunca estará sozinho, sempre estarei com você segurando a outra ponta da corda. E se um dia ela se rebentar, segurarei sua mão👫, não te deixarei escapar. Lembre-se que em cada pedaço de mim, tem uma parte de você. Como dois em um lembra? Foi o deixar de existir “Eu” e o passar a existir “Nós”, que nos mantém forte.💪 Mais que os parabéns pelos 7 anos🎉, tenho que te parabenizar por me aguentar todos os dias😂😂. Por ser mais que Namorado, meu Melhor Amigo, por ser Companheiro, Amante, Parceiro, por estar sempre ao meu lado💞💞. Não esqueça que todas as pessoas do mundo, você é meu favorito.☺ “Querido, eu te Amarei até que tenhamos 70 anos e mais😍. Amor meu coração ainda se apaixonará tão fácil como quando tinha 13 anos😍😍. ” Lembra da minha promessa?✋🏼 Não vou te deixar. E se um dia tudo acabar? A gente reconstrói🌱, a gente recomeça🌱, a gente reinicia🌱, inventa um novo começo, uma nova história, a gente dá um jeito.
Eu me orgulho muito mais em ser sua Namorada
Datas especiais fazem com que o ano se torne especial. E a data do nosso aniversário é uma parte💘, no caso um dia que faz que todos os anos se tornem especiais. Saber que te tenho ao meu lado, apesar de todos os pesares faz com que eu me sinta uma pessoa extramente sortuda😇, saber que posso contar contigo quando precisar e quando não precisar faz com que eu agradeça a sua existência todos os dias🙏. Nós somos diferentes, cometemos erros, pisamos na bola mas o que é verdadeiro fica apesar de tudo mesmo com as quedas, as brigas e as mágoas 🙄🙄que muitas vezes se tornam muitas, o que é verdadeiro suporta apesar disso tudo. Acima de qualquer coisa, diferenças, atritos, implicações e outra coisa que venha atrapalhar, nós somos amigos😎 e eu não imagino outra coisa mais importante do que isso, pois o Namoro acaba, os Amores "pra sempre" acabam😌, as inimizades na metade das vezes acabam😌, mas a amizade não, digo, as amizades verdadeiras no caso😊. Eu poderia ficar aqui por horas tentando achar um jeito de agradecer 🙏🙏a Deus por ter te feito e te colocado ao meu lado mas não vai dar, vou ficar devendo🙈. Eu queria também que se Deus permitisse que você não saísse do meu lado😊, porque eu acho que eu preciso de você. Você é tão precioso que as vezes eu quero te pôr em um potinho e proteger 💫de qualquer coisa que venha te fazer mal ou te machucar, mas na vida nem tudo é como queremos, então eu vou prometer que enquanto eu puder e enquanto você e Deus permitirem eu estarei ao seu lado, não prometerei que nada vai te machucar, pois infelizmente não posso evitar que isso aconteça mas posso prometer que quando isso acontecer eu ainda estarei ao seu lado e quem sabe a gente até faça brigadeiro juntos😋☺...Eu sinceramente não sei porque pessoas tão... Como posso dizer? Você e eu? Ah, vale né? É porque somos tão diferentes que não encontro uma palavra para descrever bem nós dois😅, mas ainda bem que essas nossas diferenças existem porque são elas que fizeram com que nós nos aproximássemos 😊e foi por causa delas também que você se tornou único pra mim e pra todos que te rodeiam.😍😍
2019 Nosso 2019 começou em grande, primeiro segundo, primeiro minuto passamos um ao lado do outro que foi tão simples e tão Uau ❤❤❤❤❤❤ Em seguida nosso aniversário foi um dia inesquecível também nem imaginas o quão atrapalhada fiquei, aquele dia era só ja eu 😂😂 cêh também a outra faz surpresa nem só bocado de lágrima sai oko faz a outra chorar sozinha 😂😂😂😂... Nos borraram nas fotos mas prontos passou e foi Super Mara Quando recebemos Bênção de Deus por meio do seu Servo, o maior momento da nossa caminhada😍🙏 Nossas loucuras então? Vamos pular essa parte aqui ainda tem crianças😂😂😂😂 A abertura da cantina yh tipo sua força💪 e empenho para que se concretizasse me deixa muito orgulhosa e obrigada por confiar em mim para os seus negócios🙏 Ganhamos uma madrinha super ❤❤ sem esquecer do padrinho claro ❤❤ Meu Aniversário conseguiste me surpreender de novo 😍😍 Seu Aniversário então... Deixa esse aí são outros 500 nêh🙈🙈🙈 1* Edição da praia correu já tudo bem mas na 2*😂😂😂 eu a me afogar e você a rir, onde já se viu nêh😂😂😂😂 Nossas brigaaaaaaaaaas não sei como foram poucas Yy 🙏🙏 E quando tu viajou então 🙈🙈 coitado do Abel, filho alheio aturou meu choro desde a macon até em casa 😂😂😂 Eu já a pensar que só voltaria a ver você depois de vários meses 😔😑😑 tu foi logo aprontar comigo de novo Depois combinamos que você viria só no dia 21 ainda tiveste coragem de me dar pilha possas 😂😂😂 o bolo então que tu pediu pra fazer pra mãe 🙈🙈 Dia 31 filha alheia levei já mesmo tal bolo... E a mãe a me perguntar se estavas a vir, eu já com toda a certeza disse só dia 21 mãe😎😎... nada não podias Yy😬 Minha Sogra gozou comigo por ter que passar o réveillon sozinha😄😄 e você veio me surpreender🙈🙈😁😁 19h eu já toda triste quando a Alice vem me dizer que te viu possas nem acreditei Yy de tanta raiva só lhe disse já não brinca comigo 😂😂😂 e quando você me ligou a dizer que gostou do bolo fiquei tipo xé esse só pode estar a brincar comigo mas quando ouvi a voz da mãe a ficha caiu 🙈🙈 surpresa melhor não podia ter, mais uma vez Obrigada Amor.
E Finalmente:
Sinto-me muito Honrada por teu sido o seu primeiro beijo💏, sua primeira Namorada💑, seu primeiro Amor💑 e mesmo depois de tantos altos e baixos continuar sendo a Mulher com quem tu quer ficar o resto da sua vida❤❤
É, Amor, a gente não tem pouca história juntos😊. No futuro, eu terei o prazer e alegria de roubar seu sobrenome😍, nada mais justo nêh? Você roubou meu Coração❤… eu te quero do meu lado pro resto da minha vida, e depois dela também… ❤️

VascoPipocas_LenaDoces😇😘

Não_Odeie_Aprecie😇😉

Crespo_da_Crespa😇👌🏼

Casal_Mara😇💞

Gordivos😇😍

V&H😇❤❤❤

Eu Te Amo e Te Amarei por todos os invernos de nossas vidas❤❤❤❤
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Eu amo a vida, e defenderei até a morte o meu direito de vivê-la

Bom, antes de apresentar minhas divagações eu gostaria de deixar claro que nunca fui a um psicólogo, psiquiatra ou qualquer outro tipo de profissional da saúde mental. Eu sei que isso é algo que eu já deveria ter feito, porém, por algum motivo, as ações de criar coragem e tomar a iniciativa de procurar ajuda para mim são praticamente impossíveis, talvez por um medo inconsciente das minhas suspeitas serem confirmadas, talvez por não saber como começar a desabafar, ou talvez até mesmo por nenhum motivo aparente.
De qualquer forma, eu nunca teria a presunção de me querer me autodiagnosticar, no entanto tenho que encarar os fatos, e esses são que há pelo menos sete anos não tem um dia sequer que eu não tenha pensamentos suicidas, inúmeras vezes por dia, o que possivelmente me coloca em algum quadro depressivo. Por muito tempo isso foi algo tão natural na minha cabeça que me parecia absurda a ideia de que eu poderia envelhecer um dia.
No início da pandemia isso se agravou bastante, o medo de ser infectado e acabar infectando as pessoas que amo, o período gigantesco (que se mantém até hoje) sem ter contato com meus amigos, a pressão da universidade através das aulas online, mas principalmente, ser brasileiro e ter que aturar, completamente impotente, as notícias absurdas que saem todo dia sobre os descasos, conspirações e negacionismos com requintes de crueldade exercidos pelos genocidas que nos governam acabou sendo demais, e eu finalmente cheguei ao meu limite. Pela primeira vez eu realmente considerei tirar minha própria vida, e provavelmente só não fiz porque estava sem energia até pra levantar da cama.
Agora, meses depois do acontecido e após muita reflexão, eu acho que percebi uma coisa que nunca havia percebido antes: eu amo a vida. O nível de loucura que o país se encontra só aumentou desde então, e todas as pressões sobre nós ainda se mantém, e cada vez mais rigorosas, mas ainda assim de alguma forma, em meio a esse caos, eu consegui perceber que amo viver, apesar de me esquecer disso nos momentos de desespero, e nem o governo Bolsonaro nem o COVID vão tirar isso de mim. Eu me recuso a permitir isso.
Rita Von Hunty certa vez falou, citando Raymond Williams, que "ser realmente radical é tornar a esperança possível mais do que o desespero convincente", e eu acredito que estando à sombra de um governo genocida não há ato mais revolucionário que ter esperança na vida, e sendo assim eu vou viver, e até o dia que envelhecer vou usar a minha voz para esfregar na cara deles que estou vivo.
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Eu sou burro e desastroso, e me sinto culpado por algumas coisas que faço.

Mês passado eu (20H) consegui meu primeiro emprego (meio tarde mesmo) como Jovem Aprendiz em um supermercado. Me deram uma função bem simples; deveria ficar na entrada do mercado medindo a temperatura de quem entra e orientando as pessoas que entram no mercado pra utilizar o banco 24 horas que tem na parte da frente ou pagar conta em um dos caixas. (devo ficar sempre de olho pra ver se tem algum disponível e tal e chamar quem tá na fila). Não tem nenhum segredo, mas eu vezes eu me confundo porque são várias coisas pra ficar de olho ao mesmo tempo, temperatura, caixas, pessoas... e quando os caixas eletrônicos começam a dar defeito, formam filas gigantes do lado de fora e tem que ir lá orientar as pessoas.
Bom, socialmente eu sou um desastre. Não consigo manter conversas sem parecer natural, as vezes me enrolo na hora de formular uma frase ou expressar uma ideia, meu tom de voz não é assertivo e quase sempre que eu falo pareço meio nervoso. Talvez isso venha pelo fato de eu ficar sempre em casa e raramente sair com alguém, acabo interagindo com meus amigos apenas pela internet.
Eu também fico nervoso quando alguém me pergunta algo que não sei, ou quando me falam algo diversas vezes e eu não entendo, e as vezes quando isso acontece eu dou respostas aleatórias ou finjo que entendi e digo sim/não. No instante em que eu dou essas respostas eu me arrependo, mas meu nervosismo acaba meio que entrando na frente.
Até que estava tudo bem no trabalho até a segunda semana, quando entrou um senhor, devia uns 60 e poucos anos no mercado empurrando um carrinho e perguntou pra mim "Passaram pano?". Eu não sei exatamente o porque eu fiquei meio nervoso quando ele perguntou isso, era uma pergunta bem simples. Na hora por algum motivo eu pensei nos clientes que pegam álcool em gel na entrada e dão uma passada no guidão do carrinho. Só sei que respondi "sim", mas a resposta era "não". Na hora eu sabia, mas por algum fucking motivo, provavelmente pela desonestidade de querer dar uma resposta melhor do que "não", eu acabei dizendo "sim" e me arrependi instantaneamente. Ele ainda disse "Olha..." como se meu tom de voz já me entregasse. Então ele entrou no mercado e saiu uns 15/20 minutos depois. Desde esse dia eu não consegui ficar com a consciência limpa pensando que a minha mentira pode ter sido a ponte que levou (ou não) esse senhor a contrair o Covid. E se ele tiver contraido, e eventualmente morresse? Ou tivesse contraído e passado para outras pessoas também? Provavelmente, eu nunca vou saber e isso me dá um peso na consciência gigantesco. Curiosamente, dois dias depois desse episódio, minha líder de mercado veio até mim com um pano e um borrifador de álcool (álcool normal) e disse que eu devo passar em todos os carrinhos que entram. Até aquele momento, eu não sabia que essa era uma das funções, a não ser que houvessem me falado antes e eu não havia prestado atenção.
Também houve um episódio que eu derrubei dois carrinhos que eu trazia do estacionamento. Virei a esquina em direção ao mercado e dei de cara com um carro, achei que ele queria entrar no estacionamento então botei os carrinhos na calçada do lado, que tem um desnível bem sutil, desses que você precisa prestar bem atenção pra notar, mas que foi suficiente para os dois carrinhos virem pra trás e eu, que não estava olhando pra eles, só pude ouvir o barulho alto deles caindo de lado. no chão. Depois desse dia minha culpa aumentou bem mais, porque eu fico com alguns pensamentos de que eu posso ter quebrado eles ou deixado mais "afrouxado", e eu fico me perguntando se isso pode oferecer algum risco a quem vai comprar, já que eu vejo direto clientes botando crianças dentro do carrinho. (e tem uma área do estacionamento que tem um barranco sem grade de proteção, e tem gente que deixa o carrinho por lá). Também é difícil saber qual foi o carrinho, já que é tudo igual e na hora eu botei de volta na fila. Eu sei que tem um que meio ruim na roda, mas não sei se é o meu apesar de ser o mesmo modelo, sem contar que eu acho que já haviam alguns meio quebrados antes.
Eu penso em conversar sobre essas coisas com a minha líder, sobre minhas burrices, porque dá a sensação que diminui a culpa, ou que pelo menos eu posso perguntar o que eu posso fazer em relação a essas coisas, mas não sei faz muito sentido. Porque tipo, o que ela diria pra mim? "Você fez essas coisas, está me contando agora e quer que eu faça o que?", ou talvez ela pense que eu sou mais estranho ainda do que pareço. Eu realmente não sei o que fazer.
Enfim, só queria tirar essa culpa de mim, pois isto está tirando meu sono há umas 2 semanas. A última coisa que eu quero é que o meu despreparo acabe atrapalhando a vida dos outros. O que eu puder fazer em relação há isso eu faço.
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Eu me odeio

Odeio meu corpo Odeio meus dedos Odeio meu cabelo Odeio minha barriga de 9 meses sendo homem Odeio ser peludo igual Tony Ramos Odeio minha mente Odeio não ter dom Odeio não ser disciplinado Odeio saber que nunca vou ser rico Odeio saber que nunca vou realizar meus sonhos Odeio ser incapaz de pintar um quadro e parecer que uma criança de 2 anos pintou Odeio ter a voz de bosta que eu tenho e não saber cantar Odeio ter dedos de salsicha e não conseguir tocar violão Odeio minha autoestima Odeio minha aparência Odeio saber que nunca vou fazer sucesso Odeio saber que nada disso vai mudar e só vou reclamar mais e mais Odeio saber que nunca vou chegar perto dela porque ela é famosa, talentosa e bonita demais, e eu um bosta qualquer.
Como pode alguém se odiar tanto assim? E como posso querer ser amado se nem eu me amo? (Odeio fazer esse tipo de pergunta pra mim mesmo)
OBS: Não tenho com quem conversar, então só estou expressando aqui o que sinto.
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Ensaios sobre a Solidão e a Identidade

Primeiro ensaio: a infância
I
Eu tive a rara oportunidade de observar como uma criança desenvolve os primeiros sentimentos de amargura. Esse sentimento, visto abertamente em grupos, mas tão escondido nas pessoas, parece surgir do nada. Num momento não odiamos, noutro já somos avessos à cor, cabelos, palavras e lugares. É como ver uma poça secando, elas não evaporam até que tiremos os olhos. Não importa a paciência, é no segundo de distração que o fenômeno se completa.
Na época, eu era diretor e professor do colégio S**** e as turmas que mais me agradavam eram as dos alunos que estavam entre os onze e doze anos. Tinham acabado de terminar o ensino primário e mostravam renovação da vitalidade intelectual. Uma em especial, de crianças que até então haviam percorrido toda a vida escolar juntas, mostrava-se ainda mais animada, solidária e disciplinada, a 5ºB[1].
O líder dessa turma era Nícolas: um pequeno de expressões amassadas e finos cabelos loiros. Em qualquer lugar do mundo onde o loiro é comum, seria um garoto feio, mas aqui, nos trópicos, onde qualquer mecha amarela é sobrevalorizada, diziam que era bonitinho. Andava de peito estufado e queixo para cima, sempre procurando saber como estavam os colegas e resolvendo conflitos.
Para ilustrar sua maturidade e postura, veja esta passagem que aconteceu dias depois do início das aulas:
Entrei na sala e avistei Nícolas acalmando dois colegas, um deles tinha a camisa de uniforme rasgada.
Eu quis saber o que havia acontecido:
— Tio Mário! — era assim que me chamavam — não foi nada, já resolvemos tudo — disse-me Nícolas pedindo que os outros dois se calassem.
— Mesmo que já tenham resolvido, preciso saber o que aconteceu.
Nícolas deformou o rosto.
— Foi tudo por inveja — ele começou assim, me deixando assustado com tamanha maturidade — o Carlinhos trouxe pro colégio uma coisa e depois tentou impressionar os amigos. Vinícius, que é um pouco mais nervoso do que deveria ser, se enfureceu, então entraram numa briga rápida, mas te garanto, já estão em paz, tio Mário.
Nícolas lançou-lhes um olhar e logo os dois se abraçaram e sorriram.
— Por que seu uniforme está rasgado? — perguntei ao Carlinhos.
— É que... — tentou respondeu, mas de novo Nícolas tomou a palavra.
— Foi outro erro, um engano. Vinicíus usou força demais pra tentar tomar das mãos do Carlinhos a tal coisa, mas acabou errando a mira e isso aconteceu — apontou para o uniforme rasgado — não brigaram mais depois disso, não é verdade? — concordaram.
— Pois bem... — eu continuei — e que ‘coisa’ seria essa? Posso ver?
— Infelizmente não, Tio Mário — respondeu-me Nícolas categórico. Deixei escapar um sorriso diante da afronta — te garanto que a coisa já está comigo e não vai mais causar nenhum problema. Como eu disse: está tudo resolvido.
— Eu preciso saber o que é. Vamos, Carlinhos, abra a mochila.
— Já disse, Tio Mário, não está mais com ele, está comigo, dentro da minha mochila — fez questão de ser enfático — as regras do colégio dizem que os professor não podem mexer nas nossas mochilas, a não ser que saibam de alguma coisa ilegal.
— Justamente, sei que a coisa está na sua mochila, então faça o favor de abri-la, vamos.
— Mas eu nunca disse que a coisa é ilegal.
— É verdade — sussurrou uma garota nos fundos.
— Me desculpa, Tio Mário, mas não vou abrir a mochila.
Nunca fui conhecido como um diretor disciplinador e, de qualquer forma, não me achava no direito de quebrar aquela lógica. Eu estava orgulhoso, havia me derrotado, portanto eu deveria agir de acordo.
— Se é assim... — disse virando-me para o quadro. Senti que comemoravam silenciosamente e ovacionavam Nícolas aos gritos surdos.
Naquele mesmo dia, à noite, Nícolas tocou a campanhia do meu apartamento. Morávamos no mesmo prédio.
Ele tinha um daqueles videogames portáteis nas mãos, da marca Nintendo. Muito sério, me pediu desculpas:
— Nunca quis desafiá-lo, Tio Mário, mas eu precisava proteger meus colegas. Hoje, depois de chegar da escola me senti mal te escondendo a coisa, aqui está.
Videogames eram proibidos no colégio, claro, mas não dei continuidade. Só pedi que me dissesse a verdade sobre a briga, o que realmente tinha acontecido, deixando claro que não tocaria mais no assunto.
— É muito importante não dar atenção a essas coisas, elas podem crescer — ele disse como se estivesse me ensinando um conhecimento raríssimo — Vinícius e Carlinhos nunca se deram bem, isso porque o Carlinhos é o mais rico da turma e o Vinícius o mais pobre. É o que eu disse, a inveja. Só que não é só do Vinícius, porque se fosse, eles não brigariam. O problema é que o Carlinhos sente inveja do Vinícius por causa da Maria do Banheiro.
— Maria do Banheiro?
— Sim. Ano passado alguém contou que havia um jeito de chamar um espírito no banheiro do colégio. Tínhamos que apagar as luzes, dar três descasgas e chamar, olhando o espelho ‘Maria do Banheiro’, ‘Maria do Banheiro’, ‘Maria do Banheiro’, três vezes. Se fizéssemos certo, ela apareceria.
— O Vinícius fez isso?
— Todos fizemos, quase a turma inteira, algumas garotas não tiveram coragem, mas nos enfiamos no banheiro quase todos no intervalo — ele continuou — eu mesmo apertei as descargas e depois a Raquel chamou o espírito no espelho do banheiro, foi então que... escutamos um estrondo, não sei dizer o que era. Claro que todos nós corremos, mas o Vinícius não. Ele ficou lá, acredita? E ele jura que viu o vulto da Maria do Banheiro. Desde então ele é o mais corajoso da turma. Já o Carlinhos... foi o único dos garotos que não teve coragem de entrar no banheiro.
— Então os garotos ficaram pegando no pé dele?
— Não precisou. Quando esse tipo de coisa acontece, nem precisa pegar no pé pra pessoa ficar ofendida e ressentida. Todos nós, os garotos, ficamos falando sobre nossos susto e como foi dar as descargas e o clima do banheiro antes do estrondo da Maria do Banheiro. Só falávamos disso durante umas duas semanas, mas Carlinhos não tinha como participar, entende? Por duas semanas ele não era mais da turma e criou raiva do Vinícius, que era sempre exaltado — ele fixou os olhos num ponto, como se pensasse — pra falar a verdade, depois daquelas duas semanas, parece que Carlinhos mudou muito, ficou diferente e nunca mais voltou a ser da turma como antes.
A voz da mãe de Nícolas explodiu nas escadas dizendo que o jantar estava pronto. Pedi que ele me avisasse caso Carlinho e Vinícius brigassem de novo e deixei que fosse embora.
Observei o desenrolar daquela história e vi com nitidez o esforço de Nícolas para aproximar Carlinhos da 5ºB de novo. Apesar das sucessivas investidas, convites para jogos e projetos, Carlinhos se distanciava cada vez mais da turma e encontrava companhia num grupo de cinco garotos da 5ºA. Passavam os intervalos juntos no quiosque do pátio trocando cartas de Pokemon. Mesmo que as coisas tenham se saído assim, o semestre desenrolou-se sem mais conflitos.
II
Durante as férias, tive uma ideia e de antemão digo que foi péssima.
Na contramão da 5ºB, tínhamos no colégio uma das piores turmas com a qual já havíamos trabalhado: a 5ºA. Os pequenos, quase todos desconhecidos uns dos outros antes do primeiro dia de aula, haviam entrado num clima contagiante de violência e dedicavam a maior parte do tempo brigando por poder.
Como é comum entre as meninas, os conflitos se davam à base de difamações, roubos e depredações. O motivo era sempre o mesmo: tinham aversão à personalidades, interesses ou belezas diferentes.
Já entre os meninos a situação era ainda mais preocupante. Esses, divididos precocemente entre as torcidas de dois times de futebol, trocavam socos, organizavam emboscadas e aliciavam os raros alunos que queriam ficar de fora daquela insanidade.
Presenciei uma cena horripilante: estava descendo as escadas das salas de aula para o pátio dos alunos do Ensino Médio, quando vi as mãos de um garoto entre as grandes que dividiam os alunos pequenos dos adolescentes. Ele se esticava todo tentando entrar de qualquer maneira, se enfiando desesperado entre as hastes de ferro e suplicando pelo irmão mais velho. Eu e todos os adolescentes ficamos imóveis, sem saber o que estava acontecendo. Por que havia uma criança explodindo em lágrimas como se estivesse alucinada?
Em instantes, um outro pequeno, corpulento, surgiu correndo como um rinocerante e trombou contra ele, ombro contra ombro. Infelizmente ele estava com o braço direito entre as grades, implorando pelo irmão, de modo que o violento impacto partiu os seus ossos na altura do cotovelo. O pequeno urrou ainda mais alto, um grito de dor excruciante.
— Ítalo! — gritou seu irmão correndo para socorrê-lo — O portão! Abram!
Eu tinha as chaves, então corri e socorri o pequeno. No caminho ao hospital, ele me disse:
— Foi uma emboscada, Tio Mário, mas quando eu voltar, ele vai ver!
Não dormi aquela noite, o que havia se tornado a 5ºA?
O pequeno agressor, o rinoceronte, foi expulso do colégio, mas isso só deixou a violência pior, cada lado sempre buscava motivos para retaliação. A expulsão de um aliado era razão de sobra para mais agressões.
Foi então, nas férias, que tive a ideia:
A 5ºB tinha resultados excelentes, eram disparados os melhores alunos. Além disso, como já disse: eram solidários, disciplinados e curiosos. Todos os professores tinham imenso prazer em dar aulas ali. Claro que isso era fruto de anos de convivência, mas também já havia visto muitas turmas que cresceram juntas e nenhuma delas tinha o mesmo desempenho. Dessa forma, para mim, aquela turma só era aquela turma por causa do Nícolas.
Decidi, então, transferir Nícolas para a 5ºA. Tinha esperança que sua maturidade e genialidade me ajudassem a controlar os pequenos corrompidos.
Eu mesmo fui informá-lo, bem como aos seus pais, em sua casa. Sentados na sala, contei a eles que planejava a transferência de Nícolas, mas não expus o real motivo. Usei como justificativa o crescimento dele diante de novas pessoas, jurei estar preocupado com o seu desenvolvimento tendo em vista a zona de conforto do convívio com os mesmos colegas ali, ano após ano.
— Mas o Nícolas se dá tão bem com eles e nós também já conhecemos todos! — disse a mãe.
— Eu entendo, mas não seria melhor para ele aprender a conviver com garotos diferentes? Sabem, não faço essa proposta para todos os alunos, só para o Nícolas, já que ele é o mais brilhante da turma inteira. Mas fico receoso apenas com esse detalhe na sua formação, e se no futuro, quando for obrigado a se separar dos amigos não conseguir conviver com mais ninguém? E se ficar perdido? Já vi isso acontecer antes, crianças acostumadas a sempre ter as mesmas companhias, quando mudam de escola ou cidade se tornam depressivas e improdutivas. Não seria melhor já nos precavermos? Tudo seria feito, claro, sob minha supervisão.
Durante todo tempo em que conversamos Nícolas não abriu a boca. Finalmente, quando a mãe disse que ainda precisava pensar, ele declarou:
— Quero mudar de turma — isso bastou para que tudo se resolvesse.
Fiquei curioso sobre os motivos da sua decisão, mas foi só mais tarde que tive a resposta.
III
Na 5ºA existia uma pirralha de cabelos ralos vermelhos e olhos fundo. Me dou a liberdade de chamá-la assim, pirralha, por causa dos prejuízos que essa pequena já me causou. Não só a mim... não só a mim. Eu escutava seu nome dia sim, dia não no escritório, era sempre alguém alguém segurando o choro por causa de uma humilhação sofrida. Como estou apresentando meu alunos e as figuras principais desse estudo sobre o início da amargura e da solidão, vamos a mais uma. Um episódio envolvendo Camilla.
Na frente do colégio existia uma barraquinha onde vendiam lanches e sorvetes. Era lá que os alunos se juntavam no crepúsculo, depois das aulas de educação física. Se no colégio acumulavam poder, era lá que o usavam, era o espaço onde a demonstração de dominância se tornava mais óbvia, onde os líderes se pavoneavam e as regras do colégio eram deliberadamente quebradas satisfazendo-os a sede de liberdade.
Eu já ia embora, despedia-me do segurança que girava a chave na fechadura quando uma pequena veio correndo em minha direção, pálida e prestes a chorar.
— Preciso entrar no colégio.
— Esqueceu alguma coisa?
— Não, minha mãe só pode me buscar mais tarde e não posso ficar aqui, tenho que entrar no colégio.
Ela levava a mochila presa aos dedos nas costas, balançando ao longo das pernas e batendo contra os tornozelos sempre que andava.
— Mas... não é ali que sua mãe sempre te pega? — apontei para a lanchonete.
Nesse momento, vi a Camilla, ela olhava para a cena em que eu era um dos atores e compartilhava com as amigas uma risada de satisfação.
— Vamos, pode me contar... o que está acontecendo?
— É que... eu sujei minha calça. Tô menstruada. Não posso ficar lá com todo mundo, ainda mais porque a Camilla viu e contou pra todo mundo.
Perdi o compasso da respiração, que pirralha!
— Isso acontece, quanto tempo sua mãe demora?
— Uns vinte minutos.
— Espero com você.
Pedi que o segurança abrisse o colégio de novo, entramos e nos sentados nos primeiros bancos, com vista para a rua. Os cabelinhos ruivas da Camilla haviam se tornado um risco vermelho do outro lado da rua.
— Sempre deixamos alguns absorventes na administração para o caso das alunas esquecerem.
— Não esqueci.
— Ah sim, só... esqueceu de...
— Também não — ela baixou a cabeça — olha, se eu contar promete que não faz nada?
— Fazer nada?
— É, não vai dar uma de diretor.
— Não posso prometer deixar de ser diretor da escola, Luana.
— Então deixa.
— O que a Camilla fez agora?
Ela arregalou os olhos.
— Como sabe?
— Só um palpite.
— Ela sabia que eu tava menstruada e roubou meu absorvente. Quando fui trocar não tinha mais, daí arrisquei ficar sem e deu no que deu. Ela ficou me olhando ainda, só esperando pra ver se ia vazar. Fez isso porque eu fiz uma piada com ela ontem, tenho certeza. Mas você não pode fazer nada, não vai chegar nela e perguntar se ela roubou meu absorvente. Se ela souber que eu dedurei, vai fazer da minha vida um inferno. Acho que ela vai parar por aqui, só isso e pronto, graças a Deus.
Alguns minutos depois um carro sedan parou do outro lado da rua, em frente à lanchonete. Luana me avisou que era a mãe, então saímos do colégio. Fiquei a meia distância vendo-a ir com a mochila batendo contra os tornozelos até o carro. Na lanchonete, Camilla levantou-se com um absorvente nas mãos.
— Luana, aqui! — gritou vocalizando em direção à mãe dela, que aguçou os ouvidos para entender o que estava acontecendo — não sabe o que aconteceu! — disse Camilla à mulher — os outros avermelhavam-se contendo o riso — ela se sujou, esqueceu de trocar o absorvente.
Luana parou no meio do caminho. Sua mãe, ainda confusa, desceu do carro e a encontrou ali, estática.
— Deixa eu ver — disse a mulher.
— O quê?
— Deixa eu ver a mancha.
— Por favor... não.
A mulher a agarrou nos ombros e a virou, depois curvou-se ajeitando o ângulo para fazer sua valiação. Os pequenas na lanchonete amontoavam-se curiosos para ver algo parecido como o mapa do Brasil em vermelho morto entre as pernas da garota.
— Vamos precisar de uns guardanapos, pega lá pra gente — a mulher disse a Luana.
— Eu pego! — respondeu Camilla entregando um maço de folhas brancas.
— Obrigada. Você não achou que ia entrar no meu carro desse jeito, não é? Coloca no banco — entregou as folhas à Luana.
Foram embora e eu fiquei ali por mais dois minutos olhando aqueles pequenos da 5ºA. Me notavam, claro, mas fingiam que não. Ali tinham liberdade, a liberdade de fazer esse tipo de coisa. A liberdade da humilhação, da coerção e da agressão. A liberdade de concentrar o poder e destruir a própria liberdade.
O maior erro do meu plano foi não ter investigado direito o que se passava no coração de Nícolas. Seu desejo de mudar para a 5ºA residia somente no fato de que ele havia se apaixonado por Camilla. Foi tarde que descobri isso.
IV
Nícolas está morto, suicidou-se aos vinte de dois anos. Não saiu nos jornais, tive notícias da famílias, que já não eram meus vizinhos, só um mês depois, mas eu já sabia. No dia de sua morte recebi um email, nele Nícolas me explicava o que já havia feito e me entregava seu diário. Estava escrito assim:
“Tio Mário, lembra quando eu te chamava assim? Faz tempo, mas eu ainda me lembro, principalmente do ano em que estava na 5º série. Foi um ano especial, num semestre eu tinha algo e no outro não. Acho que cometemos um erro, nós dois. Mais eu do que você, claro, sempre tive a escolha, mas é que você também me deu um espaço, sabe, se não tivesse dado, tudo não teria acontecido.
Não quero colocar a culpa em você, mas é inevitável, principalmente depois que descobri o plano de me usar para salvar aquela turma, que ilusão, só o que conseguiu foi fazer eu me perder. Eu tinha o que as pessoas buscam desde que se entendem por gente, a coletividade individual, um grupo que me tirava da solidão, mas que era tão integrado e diferente de todos os outros que me dava a identidade. Tínhamos a identidade coletiva, tio Mário, uma condição transcendental que muitos acham que não passa de uma fantasia. Claro que é uma fantasia, só pode existir se a individualidade ainda não tiver nascido.
Eu fui e deixei meu paraíso por amor, a ideia de amor, o desejo, que seja! Acho que uma criança aos doze anos sente desejos, não sente? Pode não ser os mesmos que nós, os adultos, sentimos, mas ainda assim... E o senhor, qual a sua justificativa? A ignorância, tenho certeza. Não sabia o que ia acontecer, achou mesmo que eu poderia mudar a mente de trinta crianças que nunca haviam conhecido nada fora delas mesmas, que entendiam a associação como domínio.
Fui quebrado para sempre, uma mudança na sintonia das ondas e eu nunca mais consegui me conectar aos antigos amigos, havia experimentado o que era ser um indivíduo. Eles mesmos foram distorcidos com a minha ausência, você estava certo sobre meu papel direcionador, sem mim o grupo se desfez e viramos todos... humanos.
Com a solidão seria possível conviver, todos convivem, mas o problema que se tornou insustentável foi a amargura. Eu já conheci o que é ter os dois mundo: a identidade na coletividade ou a coletividade sem a ideia de identidade. Então não é possível continuar.
Tudo já está feito, provavelmente há três dias. Já estou enterrado, por favor não procure meus pais, será inútil.
Segue em anexo uma fração do meu diário que mantive durante minha mudança para a 5ºA, talvez possa te servir.”
Lendo o email, lembrei-me de uma das últimas vezes em que vi Nícolas, anos depois dele ser transferido de colégio por causa de um evento trágico que irei narrar um pouco mais adiante. Ele me procurou em meu apartamento, ainda éramos vizinhos, estava já bem diferente do que costumava ser, melancólico e conversava sem conseguir me olhar nos olhos como fazia antes. Tinha dezoito anos.
Ele me disse que havia entendido todos os problemas do mundo.
— Todos os problemas do mundo podem ser resumidos a duas forças, eu acho — disse na soleira, como se estivesse só passando para entregar uma mensagem — a identidade e a solidão. Quanto mais as pessoas procuram pela identidade, mais solitárias ficam e quanto mais elas elas procuram se livrar d solidão, mais perdem a identidade e desintegram o ser. Então não existe apenas um tipo de angústia, como disseram alguns filósofos, existem dois tipos e é por isso que ela está sempre lá. Se fosse só um tipo, poderíamos trabalhar para saná-la, mas não, são dois, uma contrária a outra. Isso é lógico — eu estava me esforçando para entender aquele monólogo repentino — como eu disse, todos os problemas do mundo podem ser entendidos assim, descobri isso na 5ºA e depois de pensar muito sobre o que aconteceu. Lembra da 5ºA? Eu lembro.
— Espera um segundo, entra, vamos nos sentar. Não estou conseguindo me concentrar assim.
Ainda de cabeça baixa ele se sentou sobre as almofadas do sofá e aceitou um copo com água. Parecia nervoso, balançava-se.
— Estou com pressa, só preciso te dizer isso. Tenho que ir. Quero te dizer dos problemas do mundo.
— Sim, pode falar.
— Vi na televisão um político que foi preso por corrupção. O jornal disse que ele já era muito rico, mas que mesmo assim continuava a elaborar esquemas de corrupção. Tentaram fazer uma estudo sobre a cabeça de pessoas que agem assim, mas erraram. Disseram que o poder vicia e que por isso esse tipo de coisa acontece. Não, estão errados, não entenderam as duas angústias.
— E você sabe explicar isso melhor? — perguntei tentando direcioná-lo, ele parecia que ia se perder a qualquer momento.
— Sim, consigo, é bem simples se entender as angústias. Ele é rico e poderoso, então está inserido entre semelhantes ricos e poderosos, esse é o grupo dele, o que vai tirar ele da solidão, o que resolve a primeira angústia. Mas ele também precisa resolver a segunda angústia, a da identidade. É ela que o instiga a ficar sempre mais rico e mais poderoso. Se o político corrupto ficar pobre, perderá o grupo e cairá na solidão, se ele não se destacar na riqueza e no poder, que é o modo de reconhecimento do seu grupo, ele perderá a identidade e será só mais um, então ele faz de tudo pra sanar a segunda angústia. É o que acontece também nas universidades, onde dizem que é um espaço de vaidade. Não tem nada a ver com vaidade, tem a ver com angústia. Como acreditam que todos os professores teriam propensão ao orgulho? Essa não é uma característica universal, as angústias sim. Nas universidades os acadêmicos fazem parte de um grupo, mas precisam se destacar, como o político corrupto. A diferença é que o destaque aqui é por meio do conhecimento, daí surge o que os outros entendem como vaidade. É por isso também que os acadêmicos não estão nem aí pro povo comum, pros jornalistas e pra qualquer outra pessoa fora dos seus grupos. Todo mundo quer se destacar para os semelhantes, porque o objetivo não é reconhecimento. O reconhecimento é só o meio pro fim, que é a satisfação da angústia da identidade, é não perder a si mesmo. Existe um jeito de perceber a angústia da identidade sendo rapidamente escoada do corpo, basta viajar. Quem sai da sua cidade natal e vai pra outro país, por exemplo, se vê livre da angústia da identidade, mas isso também não é solução, porque aos poucos a angústia da solidão cresce a pessoa se vê desesperada. Tudo... tudo pode ser explicado por essas duas angústias, professor. Cada irracionalidade que não conseguimos compreender, cada fenômeno social....
Depois de terminar, não escutou minhas considerações, levantou-se e foi embora. Durante dias fiquei digerindo tudo aquilo. Acho que Nícolas tinha razão. Lendo sua história na 5ºA consegui compreender ainda melhor o que ele quis dizer.
V
Agora chegou a hora de descrever o que aconteceu com Nícolas durante os três meses em que esteve na 5ºA.
Ele entrou na turma de pirralhos empolgado com o plano de conquistar Camilla, durante as duas primeiras semanas em seu diário, não havia outra coisa. Ele descrevia tudo o que ela fazia e achava cada uma das coisas o máximo. Ainda não tinha notado as violentas diferenças que existiam entre o antigo grupo e o novo. Na verdade, estudava com a 5º A durante as aulas, mas passava os intervalos e as tardes com os amigos da 5º B falando sobre como era bom estar próximo do seu amor. Na terceira semana, entretanto, ele pareceu notar algo e, incrivelmente, seu primeira tristeza não aconteceu entre os pirralhos, mas sim entre os amigos.
Nícolas descreveu uma cena que representa o rompimento do que chamou no seu email de coletividade individual.
Em um intervalo, como de costume, foi até a sala da 5ºB, chegando lá encontrou os pequenos concentrados num trabalho de geografia.
— Não, não foi isso que o professor perguntou — disse Vinícius — ele perguntou por que os países devem crescer e você está respondendo o porquê dos países investirem em educação e saúde.
— Mas é a mesma coisa! — disse irritada uma garota.
— Não é a mesma coisa.
Nícolas entrou no meio da discussão.
— Tivemos o mesmo trabalho — ele disse confiante — mas não tivemos tantos problemas. Os países precisam crescer para não ficarem para trás, quem não cresce, obviamente diminui, certo? Na verdade, só eu respondi, os meus colegas da A não gostam de participar dos trabalhos.
— Não, não é isso. O professor explicou isso que está falando — disse Vinícius — é que surgiu uma polêmica... é difícil explicar.
— Escuta aqui, é a mesma coisa...
— Qual foi a polêmica? — perguntou Nícolas.
Todos falaram ao mesmo tempo.
— Assim não consigo entender, um de cada vez, por favor.
— Ah, esquece, você não precisa saber, Nícolas. É coisa nossa — disse a garota.
Nícola descreveu-se subitamente arrepiado. Em seu relato disse que olhou espantado para Vinícius e suplicou mudo para que ele respirasse fundo e mudasse aquela situação, que parasse tudo que estava fazendo e o puxasse de novo para o grupo explicando-o a polêmica.
— É complicado — respondeu Vinícius ignorando-o e voltando à discussão.
Todos da turma estavam fechados numa roda e cada um discutia com seu par, como se houvesse uma organização perfeita de discordâncias. Nícolas, por outro lado, estava de fora procurando um espaço onde pudesse se encaixar ou um olhar convidativo.
Lendo o diário lembrei-me desse dia, fui eu o professor que entrou na 5ºB depois do intervalo e o vi ali, como uma criança sem voz no jantar dos adultos. Para piorar, disse ainda:
— Vamos, Nícolas, volte para sua sala.
Nessa época estava insatisfeito que ele ainda passasse os intervalos ali, achava crucial a dedicação total aos pirralhos para sucesso do plano.
Ele nunca mais entrou na 5ºB depois desse dia.
Depois de um mês na turma, Nícolas começou a relatar episódios de perseguição. Um nome aparecia com frequência no diário: Pedro, o líder de um quarteto perverso que entre outras coisas praticava assédio e vandalismo.
Num primeiro momento, Nícolas foi vítima de cuspe. Aparentemente eles escarragam na mão e depois passavam em sua nuca, isso nos intervalos ou nas aulas. Se me lembro bem, tinham um nome para isso, mas nem eu e nem Nícolas conseguimos recordar. “Era como um forma de comunicação, já que não faziam só comigo, praticavam esse gesto nojento entre eles. Talvez, a esta altura, estivessem só curiosos sobre mim, dependendo da forma como agisse, poderiam até mesmo ser convidado para integrar o grupo”, escreveu o pequeno gênio.
Nícolas, entretanto, tomou a pior atitude possível, ignorou-os e a laconicidade foi interpretada como agressão. Depois de dias, o convite singular deu lugar à brincadeiras ainda mais enfáticas de dominação. Sempre que se ausentava, o pequeno era surpeendido pelo sumiço dos materiais. Ignorar já não era uma opção, agora precisava se humilhar rastejando-se debaixo das carteiras por minutos para encontrar os livros. Todas as semanas isso se repetia e enquanto acostumava-se com a degradação, passava a estudá-la reparando que só ouvia quatro risadas, de Pedro e os outros três. O restante aguardava com aflição o término da cena.
A 5ºA parecia ter selecionado um líder. Claro que não como Nícolas foi da turma anterior, nada parecido com isso. Pedro dominava pelo medo e tinha opositores tão violentos quanto ele, amargurados por não poderem ser eles mesmos os opressores. Se não riam nada tinha a ver com a falta de graça, mas sim porque queriam que fossem eles os humilhantes. “Na época eu achava ótimo que Camilla não dava risadas de mim. Fantasiava um dia em que ela me falaria sobre tudo aquilo, como era ridículo e como eu agia certo ignorando as perseguições. Fui idiota, hoje sei disso, ela achava sim graça, mas não ria em parte porque tinha medo do Pedro e em parte porque lamentava não ser ela quem havia pregado a peça. Descobri isso quando tomei coragem num intervalo e fui dedicá-la pela primeira vez um comentário. Aproveitei que estava sozinha e com a confiança que me foi concedida por natureza — e depois quebrada pela sorte — disse que Pedro era um problema e que precisávamos discutir sobre o que fazer. Nessa hora ela riu e confesso que fiquei sem entender se eu tinha sido engraçado ou se a ideia havia sido tão bem recebida para alegrá-la daquele modo. Descobri algo sobre mim nesse dia: podia ser muito burro. Camilla não respondeu, afastou-se. No dia seguinte meus materiais sumiram de novo e dessa vez havia sido ela quem os escondera. Meu comentário deu a ela o direito de me humilhar. Obviamente esse direito não havia sido concedido por mim, mas por Pedro, que ficou sabendo e a permitiu tomar a posição do quinto carrasco.”
Nícolas continua a história revelando outro evento humilhante. Lembro-me muito bem desse dia e de novo agi errado.
Provavelmente alguém da antiga turma havia espalhado a paixão que Nícolas sentia por Camilla. Por causa disso, às sete horas em ponto, ele entrou no meu escritório com o rosto deformado, segurando como podia o choro. De imediato reparei que na bochecha esquerda existia a figura de um coração enjaulando as letras ‘N’ e ‘C’. Era bem evidente também as manchas avermelhadas ao longo de todo braço. Tinha experiência suficiente para entender o que havia acontecido antes mesmo que ele abrisse a boca: os delinquentes o seguraram e marcaram seu rosto com a caneta.
Para mim, na época, aquilo não passava de uma fase de transição, algo que com certeza ele teria que lidar antes que tomasse as rédeas e consertasse os pequenos demônios. Então fiz de tudo para lidar da melhor forma possível, bem, não da melhor, mas de um jeito passivo, que não prejudicasse a imagem de Nícolas. Tinha para mim que se punisse os agressores, dificultaria todo o plano.
— Esse tipo de comportamento é normal, crianças fazem esse tipo de coisa — ainda consigo me enxergar sendo patético.
“Saí do escritório transtornado”, ele escreveu no diário relembrando o dia. Sim, eu tinha notado, Nícolas.
Peguei Camilla matando aula, sentada sozinha no quiosque com o rosto também marcado pelo coração. Pedro não a havia poupado e de acordo com Nícolas isso só fez aumentar o ódio dela por ele. “Me odiava, evitava me olhar e sempre mantinha distância. As perseguições de antes cessaram, depois do coração tudo que ela queria era distância, não ser associada de forma alguma a mim. Mas ela canalizava seu ódio em outras pessoas, principalmente nas outras garotas. Chegou ao ponto de grudar chiclete nos cabelos de uma menina tímida que se sentava na primeira fileira, no outro dia ela chegou com os cabelos curtos e foi chamada de menino pela turma inteira. Dois dias depois deixou o colégio, não me lembro do nome dela.”
Um dia a professora de história fez uma pergunta ao Pedro e ele não soube responder, então começou a fazer piadas. Nícolas, impaciente, deu a respota, obviamente certa. No intervalo entre as aulas foi agredido. De novo foi segurado e recebeu um tapa no rosto, uma das unhas raspou em seu olho direito. Dessa forma, ele se apresentou mais uma vez — a última, por sinal — em meu escritório com um dos hemisférios oculares pintado por fibras vermelhas.
— Quero voltar.
Dessa vez não tinha vontade de chorar, estava repleto de ódio. Gostei do que vi.
— Não pode — disse e depois inventei uma justificativa igualmente patética, igual a todas as outras.
Ele foi obrigado a voltar para sala. Depois de um mês, aconteceu o evento trágico que o marcou por toda vida.
VI
Como eu disse, existiam na 5ºA alguns alunos que não participavam das brigas de gangues e eles eram a escória em termos de poder . Conviviam diariamente com as perseguições e rezevam para que o colega do lado fosse a vítima da semana. Suas vidas no colégio era uma constante vigília e um jogo político exaustivo para não chamar atenção.
Eram três os principais neutros e os que mais sofriam.
O primeiro dele era Rafael, um pequeno que havia sido criado por pais surdo-mudo e por isso tinha dificuldades na fala. Até ir ao colégio havia tido raro contato com a língua, depois só falava durante as aulas e, mesmo assim, se fortemente provocado pelos professores. Sua concepção de sociabilidade era singular sendo bem mais gentil que a maioria dos garotos da sua idade, fruto, naturalmente, de um lar que convive com a deficiência. Sempre que o professor ia dizer seu nome na chamada, Pedro gritava do fundo:
— Rafardado!
Depois riam quando ele respondia:
— Presente!
O segundo pequeno, Heitor, era doente. Quando foi matricula-lo no colégio sua mãe me explicou que tinha problemas hormonais e por isso mesmo com uma dieta rigorosa se mantinha acima do peso. Além disso tinha problemas para respirar, assistia às aulas com um aparelho de plástico entre as narinas. Se o tirasse, ficava sem fôlego e em segundos a respiração começava a arranhar. Era uma presa fácil. Quando Pedro viu aquele objeto diferente dentro do seu nariz, sua mente maligna logo pensou numa brincadeira: tirar e ver o que acontece. Fez isso na primeira semana de aula e depois gritou alegre:
— Ele ronca! É um porco! — aquilo virou um hábito.
A terceira pequena era uma garota negra e pequena, se chamava Paula. Desde a primeia vez que a vi, tinha acima dos lábios três fios bem finos e bem negros. Ela nem se dava conta deles até que os garotos começaram a chamá-la de macaca. Costumavam desenhar bigodes nas fotos dos livros e depois escreviam em forma de legenda, ‘Paula’. Essa sofria especialmente na mão de Camilla, que não desperdiçava uma oportunidade de humilhação. Como quando a prenderam dentro das grandes de um container que estava no pátio esperando ser recolhido e Camilla gritou que os circo estava no escola e tinha trazido consigo o macaco mais feio da África.
Nícolas observava todas essas todo o sofrimento desses pequenos e sabia que o único jeito de vencerem Pedro era pelo união. Mas ele estava mudado, não era o mesmo que pregava o amor na turma anterior, havia crescido nele o desejo de vingança. Foi assim que ele interpretou seu ânimo naquele momento:
“A fome da alma, é assim que Camus descreveu só aos vinte de dois anos a angústia da solidão. No conto, seu personagem vaga sozinho pelas ruas de praga tendo dentro de peito aquele tremor de quem se encontra desabrigado, numa terra de estranhos, enfim, um estrageiro. Era assim que eu me sentia naquele momento, ia ao colégio sentindo meu peito tremer, não havia com quem conversar, não era entendido, não tinha mais ninguém. Aos poucos a minha covardia chegou para o lado dividindo o espaço com a ferocidade.
Antes de dormir, não fantasiava mais as histórias de amor com Camilla ou meu futuro como um adolescente bem-sucedido, bonito e inteligente. Gostava de pensar em sangue e passei em claros muitas noites empolgado com ideia de fazer Pedro sofrer das mais diversas maneiras. É assustador pensar que tinha somente doze anos e conseguia imaginar tantas crueldades. Durante muitos dias pensando em como fazer isso, cheguei à conclusão que precisava de aliados. Esse sempre tinha sido a minha força, então bastava colocá-la em prática.
Pensando hoje sobre isso percebi que tinha mudado. Sem que percebesse, a moral de violência daquela turma havia se fixado em mim e eu fantasiava era com a ascensão dentro daquele sistema perverso. O tremor de ser o estrangeiro havia passado, eu sabia o que encontraria ali, todos já me conheciam e mesmo na solidão, havia, pelo menos, compreensão. Agora eu precisava da identidade, porque não era uma configuração sagrada como a que tinha, ali eu precisava subir, sobretudo por causa de minha natureza orgulhosa.
Passei um mês inteiro tentando convencer os oprimidos como eu a se juntarem a mim. Foi difícil aceitar quando eles recusaram. Rafael, Paula e Heitor, todos eles sofriam diariamente, mas me disseram categoricamente que não tinham qualquer intenção de lutar.
Paula me disse que sabia que não era uma macaca e que por isso nao se importava quando a chamavam daquele modo. Disse ainda que odiava a todos naquela escola, de tal forma que fingia estar sozinha quando estava lá dentro e sempre quando ia embora se alegrava vendo a mãe que tanto amava. Heitor jurou que não iria morrer sem o aparelho, que ele só servia para ‘facilitar’ a respiração e não me disse mais nada. Rafael assustou-se violentamente quando falei sobre vingança e não quis mais ficar perto de mim.
Fui tomado pelo ódio, xinguei os covardes e fiz sozinhos meus próprios planos. Deveria ter pensado mais. Porque aqueles que era tão perseguidos quanto eu não buscavam vingança? Qual era a diferença? Resignação, talvez. Confesso que ainda não sei, mas me arrependo do que fiz. Passei anos curioso sobre a sensação do que tinha causado, acho que esse é meu último desejo, conhecer pelo que ele passou.”
Nícolas, numa tarde de educação física, levou a arma de um tio para o colégio e estourou o crânio de Pedro. Passou os anos seguintes em instituições do governo, sua família se mudou eventualmente e bem... ele realizou o desejo de conhecer aquilo que causou.
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queria descobrir o tom q canto pois toco violao e queria saber qual tom se encaixa na minha voz como e msm o jeito que vc citou para descobrir o tom por si so? lrsorafael Veterano # abr/11 · votar obs: eu tenho um microfone e afinador sera que ajuda? Leopold Veterano # abr/11 · votar lrsorafael Sua voz não tem tom. Olá Renan, existem sim sub-classificações de todas as vozes, porém, para que vc tenha facilidade com tonalidades para a o seu tipo de voz e tb conheça os teus limites quando está fazendo os vocalizes ou cantando, basta saber que é tenor! 🙂 Se você vai em notas agudas, como ele fazia, ótimo. Minha voz as vezes chega até ser aspera não sei porque. Minha irmã fala q eu não consigo controlar meu volume, mas não é culpa minha, tipo de 0 a 10, eu diminuo 6 o volume e continua ainda pros outros muito alto, tipo, num 8. e quando eu solto todo o volume vai pra 11 HUAHSUAHU. O tipo de voz é um pouco complicado, pois não é só uma questão de extensão vocal (que é fácil descobrir com auxílio de um instrumento), mas também depende do timbre da sua voz. Para descobrir a sua extensão vocal, basta pegar um instrumento (piano, por exemplo) e tentar reproduzir notas seqüenciais. O que faz da sua voz única e especial? Depois de descobrir as limitações do seu alcance vocal, você pode experimentar diferentes estilos de canto para trazer à tona o melhor em sua voz. Talvez você tenha uma voz propícia para a ópera. Experimente o canto clássico. Ou, quem sabe, o tom agudo da sua voz fique perfeito para a música Saber que tipo de linguagem utilizar nos perfis que você possui nas Redes Sociais é tão importante quanto selecionar e promover seu conteúdo, escolher boas imagens e prestar atenção nos melhores horários para postagem.. A linguagem com a qual você vai interagir com seus fãs é o que determina a imagem e reputação que você terá nas mídias sociais. oi primeiro mezzo- soprano e soprano são tipos de vozes diferentes. a extensão vocal é muito importante para descobrir o tipo de voz, mais não é tudo, pois uma contralto pode ter a extensão de uma soprano, mais ainda assim ser uma contralto, pois a sonoridade das notas é o que mais conta, por exemplo um barítono alcança um sol3 mais não é o mesmo sol3 que um tenor atinge é Para saber em qual região sua voz está é bem simples, com a ajuda de um piano (se não tiver você pode baixar algum aplicativo que já está bom) basta começar a cantar as notas que estão bem confortáveis em sua voz e a partir dai você pode ir para as regiões mais graves depois para as mais agudas, você vai perceber que consegue cantar até uma certa nota, tanto no grave quanto no agudo. Em primeiro lugar, para descobrir a extensão vocal que classifica sua voz, você deve cantar, solfejar uma sílaba fácil tocando no teclado notas musicais correspondentes. → Siga o passo a passo sobre como descobrir sua extensão vocal: Comece tocando as notas mais graves da região esquerda nas teclas do teclado. Além dos ouvidos treinados de um professor, que podem ajudá-lo a identificar o seu tipo de voz, outra técnica utilizada é o acompanhamento das notas por um teclado. Vozes masculinas do tipo Tenor sentem-se mais confortáveis cantando oitavas entre o Dó 2 e o Ré 4, Barítonos entre o Sol 1 e o Lá 3 e Baixos do Dó 1 ao Fá 3.

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